Car@s coleg@s do curso de Formação Continuada da UAB/UFC,
Querid@s (ex-)alun@s,
Usuári@s da rede,
Para o meu "diário de bordo", utilizarei-me do blog criado para a disciplina de Cybercultura, em uma IES onde lecionei há certo tempo, e onde ocorreram as avaliações (conforme os interessados podem consultar nas postagens anteriores).
Esta primeira anotação deve dizer respeito às minhas impressões como professor e tutor - e acrecento a monitoria de tutores que realizei em um projeto do Ministério do Planejamento, em 2010 - e não poderiam ser melhor descritas como nos comentários e sugestões de leitura propostas nesta disciplina... Fell free, y'all, to get into the reality between Professor Lins's (actual) and Professor Galtier's (virtual) worlds.
quarta-feira, 30 de março de 2011
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Exibição das DIONISÌACAS em Fortaleza!
Sem dúvida uma riqueza para o teatro cearense, que tem se mostrado esvaziado pelo sentimento de comédia do dia-a-dia, sem se preocupar especificamente com a ARTE DE FAZER TEATRO, que envolve uma gama multimídia APARENTEMENTE desconhecida nesta capital brasileira.
O Theatro José de Alencar (TJA) foi o palco escolhido para essas apresentações que já circularam o Brasil em diversos espaços, instalando o seu "Teatro de Arena", que já foi construído em uma favela em BH. E antes o fosse aqui, também, pois para contradizer a apresentação dos dois primeiros espetáculos (Taniko e Cacilda!!), o terceiro dia de apresentação mostrou um TOTAL DESPREPARO deste prédio em abrigar um evento de tamanha proporção. Artistas, estudantes e outros espectadores ficaram impossibilitados de assistir às BACANTES, pois o número de senhas havia esgotado bem antes do previsto. Isso porque, as mesmas estavam sendo vendidas POR CAMBISTAS na porta do teatro pelo valor de R$ 30,00. Sim, cambistas para um espetáculo gratuito, patrocinado pelo governo do estado!!!!
E um detalhe sério! As senhas eram em forma de pulseiras, coladas ao braço (uma vez coladas, ao retirá-las elas se rasgam). Foi divulgada a sua distribuição uma hora antes do espetáculo. Então, como conceber que cambistas tivessem em mãos essas pulseiras? O que me ofereceu tinha mais de 10 ainda para vendê-las. Confesso que não as comprei. Não pelo valor. Desculpe-me Zé Celso, mas a diretoria do teatro foi NEGLIGENTE neste dia. Mas pensei: porque eu pagaria para assistir, se vários estudantes aqui fora não teriam a mesma oportunidade? Se a ideia do teatro coletivo e democrático de Zé Celso é catártica, acho que vivenciamos esse desencanto pela atitude da Sra. Isabel, que por uma "porta-voz" recusou-se a ir até o portão de entrada dizer que o mesmo não seria aberto (mesmo tendo afirmado que esperássemos, que o mesmo seria aberto após a acomodação dos que já tinham entrado).
Espero que isso não se repita hoje, em O BANQUETE! E que deleitem-se os elitistas socráticos, herdeiros do essencialismo hipócrita e imbecilque mantem nossa sociedade (ou, pelo menos, grande parte dela) de olhos fechados para os valores distorcidos!
Che, Ghandi, Saramago, sofistas: onde andam os ecos de suas vozes????
sábado, 5 de dezembro de 2009
COMENTÁRIOS SOBRE AS APRESENTAÇÕES 04.12.2009
Hoje encerramos as apresentações da nossa disciplina de Cibercultura, neste segundo semestre de 2009. Como dito em sala, sinto-me satisfeito, pois conseguimos
finalizar uma cadeira com o propósito inicial, com um olhar crítico sobre o processo de socialização através das ferramentas disponíveis neste meio virtual.
MANHÃ
Equipe TWITTER: Problemática bem desenvolvida e consistência no trabalho. Alguns pontos poderiam ser melhor abordados se remetessem a disciplinas
anteriores (nota X notícia, em redação de gêneros jornalísticos, por exemplo... já que pontuaram tão bem a questão do "yes, we créu" como formação de pauta). Peço que revejam a "importância" dada ao LEAD neste novo veículo informacional, onde a forma de ler e de
produzir textos tem que ser repensada... não podemos viver atrelados a modelos retrógrados, e pouco funcionais. Sem querer, vocês tocaram na disfunção
narcotizante da teoria funcionalista - e poderiam ter explorado-a. Parabéns pelo trabalho!
Equipe MYSPACE: Bom trabalho e boa pesquisa - SÓ UMA COREÇÃO, EM
RELAÇÃO AO MÉTODO: trata-se de ESTUDO DE
CASO e não Grupo Focal.
Equipe BLOG: Excelente pesquisa em termos de elaboração e apresentação. A comprovação do
desconhecimento da maioria presente ao fato do título de cidadã fortalezense conferido
à Dilma Rouseff, mostra como ainda utilizamos mal a Internet. Ainda
mais por comunicológos em formação! Vejam que se até a prefeita está atualizada em relação aos comentários, é realmente uma fonte de formação de opinião
pública - e que mostra ser fonte para outras mídias, seja pela prontidão nas informações postadas, seja pela facilidade de
leitura dessas mesmas informações.
NOITE
Equipe FLICKR: a equipe realmente acha que é um site para profissionais, e por isso,
talvez, não tenha dado tão certo no Brasil - como foi nos EUA? Ou o problema, repito, é que não somos uma nação que está incluída no meio digital... Temos
acesso e equipamento hoje em dia, mas ainda falta o "know-how". Outro ponto bem apresentado foi a
diferenção cultural em relação ao comportamento nas redes sociais atuais e virtuais entre nós, brasileiros, e os americanos, por
exemplo. Só que adjetivar uma de "calorosa" e outra de "fria", ressalta um certo
preconceito, pois está atribuindo valor... Pensem a respeito! No mais, um bom trabalho!
Equipe SECOND LIFE: Trabalho com boa fundamentação e coerente com a
problemática lançada - aliás, acompanhei o processo de construção quase que diariamente, através de e-mails com a equipe. A apresentação dos resultados tabulados
poderia ter sido bem melhor explanada - o que constitui o grande problema da apresentação - mas que não invalida, de maneira nenhuma, o trabalho de
pesquisa. Só um lembrete: preocupem-se mais com a dicção e os termos utilizados numa
apresentação oral - isso ajuda a "vender" o produto - e como publicitários, vocês precisarão dessa ferramenta. Gostei muito do progresso de
perceção do ambiente, que começou como um jogo até se tornar o que é hoje, mas a equipe AINDA se refere ao SL como um jogo - cuidado! No mais, meus sinceros
parabéns à equipe!
Equipe ORKUT 1: excelente pesquisa, ótima fundamentação, e trabalho muito bem estruturado... Cuidado com a exposição de imagens e dados
pessoais sem prévia autorização, isso comprova falta de ética na pesquisa. No mais, ótima apresentação!
Equipe ORKUT 2: Boa
problemática, ótima metodologia, porém a análise em si deixou a desejar... Os 5 perfis analisados poderiam ter sido mais bem explorados. Boa
fundamentação com DEBORD, no que se refere à espetacularização - relacionem isso com a questão da MEDIAÇÃO (tema central da
comunicação na modernidade).
Equipe YOUTUBE: ôooo trabalho suado... demorado... MAS QUE MERECEU O ESFORÇO! Ótima apresentação e
desenvolvimento... Imagino e questiono-me se tivessem levado o mesmo a sério há mais tempo... Seria um TCC??? A equipe está de
parabéns pelo resultado, porém merece um grande puxão de orelha pela falta de comprometimento no momento apropriado ao
desenvolvimento do mesmo.
Agradeço a tod@s desta disciplina, de ambas as turmas, pelos momentos de aprendizagem compartilhados. No mais, para o que precisarem, estamos por aqui... E lá pelo mundo atual, também!
Abraços virtuais!
Prof. Lins
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
COMENTÁRIOS SOBRE AS APRESENTAÇÕES 27.11.2009
Continuando o processo de análise das apresentações - e desculpando-me, mais uma vez, por estar sem voz durante estas apresentações, mas satisfeito com os trabalhos desenvolvidos, esboço os comentários deste dia de seminário.
MANHÃ
Equipe TWITTER: A equipe conseguiu delimitar bem a problemática e desenvolveu o trabalho com uma base teórica sólida. Senti falta da explicação de quantos usuários foram entrevistados, bem como vocês devem expor as considerações finais de um relatório e não as "conclusões". O funk, embora rico para a discussão, foi mal utilizado, o que o
deixou sem funcionalidade. Àqueles com o poder da oratória, cuidado para não "atropelar" os colegas que falam menos nas apresentações orais. Embora com alguns problemas nas referências, a equipe está de parabéns! Nota máxima.
Equipe SECOND LIFE: NÃO PRECISA DIZER QUE ESSE TEMA É O MEU XODÓ (risos), mas vi uma excelente pesquisa, embora alguns participantes deveriam ter se exposto mais na apresentação. Uma excelente comparação sobre a construção de avatares - sobre os "SIMPSONS", lembrem-se que BART é um anagrama de "brat" (traquino, peralta, em inglês - e que cai bem para o seu criador, e o personagem que ele personifica). Boa fundamentação da psicanálise freudiana e junguiana, ainda que limitada - fato totalmente compreensível, dado o tempo de pesquisa. Faltou uma precisão na aplicação dos questionários e uma distinção entre usuários brasileiros e estrangeiros. Por fim, a
"Alegoria da Caverna" é uma obra platônica e não socrática (pelo menos no registro da autoria, pois sabemos que Platão foi o primeiro discipulo do Grande Mestre a sistematizar seu pensamento). Nota máxima!
Equipe ORKUT: Bom trabalho. Duas coisas que os prejudicou foram: (1) a má delimitação do tema e (2) a amostra viciada. Mas, como combinado, não os julgaria por esses critérios metodológicos, o objetivo, dado o pouco tempo que tivemos para a realização desta atividade, era introduzi-los no mundo da pesquisa acadêmica. E nisto, a equipe está de parabéns, pois mostrou uma metodologia sistematizada e coerente com o estudo foi aplicada. Boa fundamentação para desenvolver a problemática. Nota máxima!
Equipe FLOG: A apresentação deixou a desejar. Houve discordância de material apresentado entre os dois componentes da equipe. Não houve trabalho realizado em
conjunto. A avaliação seguirá outros procedimentos.
NOITE
Equipe FACEBOOK: a equipe se confundiu um pouco na elaboração dos slides, mas, como já dissemos, a avaliação não inclui o rigor da MTC. A fundamentação poderia estar mais sólidamente construída, mas satisfaziam às necessidades. Bom trabalho, no geral. Nota máxima!
Equipe BLOG: Trabalho sem fundamentação e não coerente com a problemática lançada. Um excelente apresentação do tema recortado (repito, o recorte de vocês foi bom, mas não houve pesquisa - faltou um levantamento bibliográfico, uma busca de referências, etc.) - mas cuja análise ficou apenas na dimensão empírica. Damião mostrou uma grande facilidade para as exposições orais - deve aproveitar desta facilidade para apresentar suas
pesquisas bem fundamentadas - mas isso requer tempo, participação e comprometimento. pode-se perceber a reação positiva a um trabalho bem fundamentado, quando este gera discussão entre a turma - o que não foi o caso. Faltou por parte da dupla a busca pela orientação oferecida.
Equipe TWITTER: Questionar a funcionalidade desta ferramenta como rede social ou rede de notícias, não exclui uma das possibilidades, mas a problemática foi bem delimitada e desenvolvida. Parabéns ao Tom e Eveline, que demonstraram, na apresentação, um domínio no aporte teórico. Os slides foram muito bem construídos. A equipe está de parabéns! Nota máxima
À grande maioria que apresentou seus seminários nesta data, meus parabéns! Mostraram o fruto de uma pesquisa realizada. Já disse que a formação profissional é algo que exige tempo, dedicação e comprometimento. Engajar-se com o processo de conhecer é viver a vida, e não apenas "passar" por ela.
Um forte abraço!
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
COMENTÁRIOS SOBRE AS APRESENTAÇÕES 20.11.2009
MANHÃ
Equipe FLIRCK: excelente apresentação em relação à organização da equipe, diagramação do material, e domínio do conteúdo. O recorte da pesquisa foi claro e objetivo, o que fez com que a metodologia escolhida se adequasse bem, resultando em considerações finais pertinentes. Embora, fosse tema para uma outra pesquisa, a equipe colocou um questionamento interessante, retomado pela equipe que trabalhou o Facebook: por que a necessidade de se responder a uma mensagem representada por uma imagem com uma linguagem verbal? Por que é tão difícil construir um comentário com uma outra imagem? Fica aqui, mais uma prova de que, estudar os recursos semióticos (da imagem, também) é algo necessário para os comunicólogos em formação... Afinal, embora a lei diga que jornalista não precisa de diploma, e que um pedaço de papel REALMENTE não garante uma formação adequada, não há como se profissionalizar senão houver essa interação entre ALUNOxACADEMIA. A equipe está de parabéns! Nota máxima.
Equipe FACEBOOK: excelente pesquisa, comprovada através do trabalho escrito e pelo acompanhamento via MSN, com um dos componentes, embora a apresentação falhou na questão do material de apresentação. Foi especificado que as equipes deveriam apresentar seus relatórios em POWER POINT, explicitando cada uma das etapas da pesquisa e seus resultados. E que deveria ser entregue, no final, uma cópia impressa do relatório e um CD com uma versão digital, os slides e qualquer outro material utilizado. A seleção do 'corpus' foi pertinente com o tema e a fundamentação teórica foi adequada: uma boa junção dos estudos culturais com a análise da imagem estática. Nas considerações finais, Manuela colocou algo interessante para se refletir: "[...] as pessoas reagem, à primeira vista, às imagens postadas de maneira mais emocional do que racional [...]". Não seria essa, uma característica tribal pertinente a essas comunidades virtuais da web 2.0? A
racionalização é uma manifestação que veio com o processo civilizatório, o que não quer dizer que as culturas primitivas não tinham as suas formas de interpretar e as suas manifestações culturais. Interessante perceber como nós nos prendemos à questão da escrita, o que nos leva à necessidade de revisitar o texto de Joelma Chisté Linhares, postado em 21 de agosto neste blog.
Equipe ORKUT: O trabalho foi bem apresentado, as considerações finais foram condizentes com a proposta do estudo, e a apresentação foi bastante dinâmica e interativa. A equipe pecou apenas na escolha da metodologia: não se trata de uma pesquisa de Grupo Focal, mas um Estudo de Caso. Mas cuidado com a exposição dos conceitos (ou como eles são percebidos pela massa) de REAL, ATUAL/PRESENCIAL e VIRTUAL. Ao apresentar "PRINTS" de sites, etc, cuidem para fragmentar a imagem daquela parte apresentada para que fique mais fácil de visualização. E lembrem-se: falar sobre experiências próprias (empirismo) é o início do
conhecimento científico, ou seja, da pesquisa, mas não podemos nos fundamentar nessas experiências - as argumentações ficam vazias. Entretanto, acompanhei o desenvolvimento do trabalho e percebi o empenho dos componentes. Ainda aguardo o material a ser entregue!
Equipe BLOG: excelente apresentação! Um recorte bem feito e coerente com a pesquisa: o blog-coluna esportivo de Milton Neves (http://blog.miltonneves.ig.com.br). Tanto a fundamentação, quanto a diagramação e a apresentação do trabalho estão de parabéns! Conceitos como "democracia", "meio/mediações/moderação" foram bem interpretados. A equipe está de parabéns! Nota máxima.
NOITE
Equipe ORKUT: a equipe se confundiu um pouco nos slides, na sua elaboração e digitação - fato que foi justificado pela Vivalda como sendo resultante do pouco tempo que houve para sua digitação (o que não justifica, dado o tempo que esse trabalho foi anunciado). A fundamentação do trabalho deixou um pouco a desejar (por tratarem da questão de identidade, senti falta de HALL e GIDDENS), mas as análises foram bem sistemáticas e pertinentes com a metodologia proposta. As considerações finais (e NÃO conclusões, ok turma?!) foram coerentes com a problemática. Uma colocação bem pertinente da equipe: "[...] comunidade [...] gera código e estruturas próprias [...]". Em relação a isso, revejam os comentários feitos sobre as duas primeiras apresentações da turma da manhã. Bom trabalho, no geral.
Equipe MySPACE: Trabalho bem fundamentado e coerente. Um excelente apresentação, Andrea mostrou segurança e domínio do assunto. O tema abordado gera discussões sobre as questões de direitos autorais e questões mercadológicas do consumo de música/arquivos de música, no que diz respeito ao download, que poderia ter sido abordado pela equipe. Em relação ao método, "visitar perfis e observar..." não é um método, mas são procedimentos. Assim, acredito que o método utilizado pela equipe foi o Estudo de Caso. Uma colocação em relação à fundamentação teórica: vocês disseram que Lemos (se não me engano) fala que "a sociabilidade do ciberespaço é uma forma de contracultura", em relação a isso, sugiro a leitura de um artigo do próprio Lemos em (http://www.facom.ufba.br/pesq/cyber/lemos/cibersoc.html), acredito, inclusive, que este artigo vai orientar algumas colocações do Edson, propostas na apresentação anterior sobre sociedade do espetáculo. Foquem a leitura na parte do texto que fala sobre a ciber-socialidade,
especificamente. Boa diagramação dos slides. A equipe está de parabéns! Nota máxima.
Equipe BLOG: A equipe está de parabéns! Nota máxima, sem outro comentário a fazer, senão a questão da utilização da voz. Quando pensa-se em uma apresentação para um público (independente do tamanho deste), deve-se pensar em ser ouvido. Então, se o apresentador não tem um recurso vocal potente, deve utilizar-se de recursos eletrônicos. Acredito que a audiência perdeu alguns pontos do excelente trabalho por esse motivo - o que foi uma pena, pois a equipe se propôs a analisar a utilização deste blog por parte dos alunos da disciplina. Em termos gerais, as conclusões foram 80% de utilização eficiente da ferramenta, entretanto apenas 68% utilizaram-no de maneira eficaz (com comentários questionadores, debatedores ou sintetizadores, descartando os de natureza reativa, ou sem contribuição). Para chegar a
esse resultado, a equipe se valeu de uma pesquisa em educação à distância, com um cálculo estatístico, analisado a partir de duas postagens, considerando apenas o conteúdo (vide critérios acima) dos alunos, descartando a participação do professor. Enfim, trata-se de um trabalho relevante, que peço a Henrique e à turma disponibilizar a quem se interessar.
A todos os que apresentaram seus seminários nesta data, meus parabéns! Todos mostraram o fruto de uma pesquisa realizada. O grau de maturidade acadêmica não deve ser motivo para prepotência ou baixa-estima, antes, a certeza de que a formação profissional é algo que exige tempo, dedicação e comprometimento. E, como crente no processo de construção coletiva do saber, coloco-me à disposição dos que queiram participar deste processo.
Um forte abraço!
sábado, 7 de novembro de 2009
SOBRE MÚSICA ELETRÔNICA (AULAS 30/10 e 06/11)
Após nossa aula sobre música eletrônica, ciberpunk e cidades virtuais, gostaria de pontuar algumas poucas reflexões:
1- SOBRE MÚSICA ELETRÔNICA, PERCUSSÃO E MOVIMENTO: por que temos aquela sensação de que não podemos ficar parados ao ouvirmos o "batidão"? Então é isso, música eletrônica está associada à batida. Batida nos leva aos mais primitivos dos instrumentos musicais, os instrumentos de percussão. Na verdade, pode-se fazer percussão com qualquer objeto, obtendo dos sons mais baixos e graves, aos mais altos e agudos; do toque de duas pedras ao badalar de um sino, encontramos percussão. Então, os povos primitivos usavam desse recurso sonoro para suas celebrações ritualísticas, ou melhor dizendo, para as comemorações tribais. Os atabaques do candomblé, o berimbau da capoeira e os tambores do samba não nos deixam quietos, se não nos movimentamos de início, logo nos vem imagens de situações de uso desses instrumentos (eis a virtualidade!). E isso, também, não é difícil de entender. Ora, de forma simplista, podemos dizer que a música é composta de melodia e ritmo. E esse segundo elemento está diretamente ligado ao movimento, ao corpo, ao sentir. Por isso a música eletrônica é contagiante - até mesmo para quem não a admira, e a denomina de "bate-estaca", numa tentativa onomatopéica de verbalizar o barulho de uma estaca sendo enterrada. Em sala, acompánhamos o desenvolvimento da música eletrônica de 1857 até os dias atuais. Vimos como esse movimento pós-guerra foi obsorvido pela "indústria cultural", e como a música eletrônica acompanhou esse processo a partir dos anos 80 (Vangelis, Jean Michel Jarre, Kraftwerk, as grandes bandas dos anos 80 como A-HA, Pet Shop Boys, Erasure, etc, Paul van Dyk e os hits atuais). Vimos, também, os diferentes estilos
e suas origens GOA, HOUSE, PROGRESSIVE, PSY TRANCE, etc.
2- SOBRE RAVES & COMPORTAMENTO: o ponto de partida é que não podemos entender o fenômeno "rave", a partir dos Indoors, PVTs ou clubs que conhecemos hoje em dia - e que faz parte de grande parte da população jovem. Estes últimos são realizadas, geralmente em espaços privados fechados e organizadas por um promoter, com um tema definido. Os flies que as divulgam mostram uma preocupação gráfica em tornar atrativa e competitiva aquela atividade em relações à outras no espaço urbano. Geralmente há fotos de jovens com um padrão estético de god ou goddess e atrações conhecidas - sem contar com brindes, sorteios e promoções (cardápio clonado, ingresso clonado, etc). As raves surgem num contexto diferente, ao ar livre, com panfletos informando apenas local e data, sem autoria de iniciativa - apenas uma tentativa de agrupar pessoas para estarem mais próximas da natureza e dançarem por mais de 8 horas seguidas ao som da música eletrônica. Então qual o motivo de, em um determinado momento (e em várias localidades do planeta), estes movimentos culturais terem sido proibidos. Atentem para o que escrevemos: PROIBIÇÃO DE UM MOVIMENTO CULTURAL. Por causa do comportamento das pessoas que iam a essas "festas tribais". Isso mesmo, uma sociedade civilizada não pode conceber um comportamento tribal, porque este não serviria a fins econômicos imediatos. Mas não era essa a justificativa dada para o comportamento. Atribuiu-se, então, essa proibição pela questão do uso de drogas. E, de novo, nos deparamos com uma contradição de uma sociedade dominadora, porque as drogas às quais nos referimos aqui, são as ilícitas, já que as "lícitas", a saber, cigarro e álcool, também eram utilizadas nas festas "civilizadas". Bom, não vou continuar esta digressão, porque senão fugimos do nosso tema central, mas é importante ver o quão nós somos afastados das verdadeiras essências das coisas - aquilo que Baudrillard chama de simulacro.
Então rave se tornou lugar de comportamentos ilícitos, não é? Entretanto, a massificação das identidades culturais, a anulação dos indivíduos, a exploração dos meios de trabalho e de lazer não são atos ilícitos? Muito bem. E quem disse que as raves são "locais de droga"? Por que não vê-las como o local onde se livra das drogas do cotidiano: opressões, desapropriações, stress de uma sociedade capitalista doente? Mas as drogas ilíctas estão lá - isso é fato. Mas não são da rave, isto também é fato! São, então, trazidas para as raves. E de onde são trazidas? De algum lugar imaginário, que só existe na cabeça dos frequentadores das raves? Ou dos centro urbanos, onde esses frequentadores de raves vivem? Se pararmos para analisar detalhadamente as coisas com suas causas e consequências (o que, dificilmente, um sistema capitalista nos permite fazer), perceberemos que há uma tentativa de encobrir as falhas de um sistema, delegando indivíduos "responsáveis" por essas falhas. Então, não vamos analisar por que as drogas existem, mas sim culpar a quem as utiliza. Ora, isso não é, outra vez incoerente, num sistema capitalista? Sim, pois o que é produzido deve ser consumido - qual a função da Publicidade e Propaganda se não for movimentar o comércio? Então, sabendo que o comércio da droga existe, é mais "conveniente" para o sistema, enquadrá-lo em um determinado setor ou grupo, do que torná-lo público. Aliás, palavra evitada no sistema capitalista - e, paradoxalmente, a essência das raves: transcender é a palavra de ordem. Escritores e políticos norte-americanos viveram esse movimento transcendental sem imaginar que seu país se tornaria o império materialista que é hoje: Thoureau, Emersom e Walt Whitman - sim, o Whitman do "Capitain, my Capitain!". então, caros amigos, não vejamos a rave como um local de "promiscuidade" ou "criminalidade", mas de pureza e elevação espiritual. Claro que não estou falando das pseudo-raves que vemos hoje em dia, já que elas deixaram de ser um movimento contra-cultural, como citou um aluno em sala e em postagens, para ser aceita pela sociedade. Um movimento que deixou de ser naturalista para se tornar urbano. Aproveito para dizer que, de acordo com Stuart Hall, defendo que as raves deixaram de ser movimentos contraculturais e passaram a movimentos sociais, pois o caratér de radicalidade foi perdido (ou simbioticamente assimilado pelo sistema, a ponto de ser apenas mais uma festa a se ir). Assim, termino esta reflexão com uma pergunta: qual a diferença entre: (1) ir a uma rave, (2) ir a um culto religioso, qualquer que seja ele, (3) ler um livro de auto-ajuda, e (4) consultar um terapeuta? O que poderia ser uma pergunta sem propósito, acaba direcionando a fragmentação de uma sociedade dita civilizada para o princípio tribal da cibercultura: não há diferença, pois todas as práticas conduzem a um bem-viver; a diferença vai ser institucional, no caso das igrejas (2), do comércio (3) ou da academia (4).
Aguardo comentários!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
FINALIZAÇÃO DE NOTAS DA AP1
CAROS ALUNOS,
HOJE CONCLUIMOS A NOSSA PRIMEIRA ETAPA NA DISCIPLINA COM O TEXTO POSTADO NO FÓRUM DO PORTAL ACADEMUS. TRATA-SE DA ÚLTIMA ENTREVISTA ANALISADA DO "CRONICAMENTE VIÁVEL" (NOBLAT e FERRÉZ).
ÀQUELES ALUNOS QUE NÃO PARTICIPARAM DA AULA, OU AINDA, ÀQUELES QUE POR VENTURA NÃO PUDEREM ENREGAR A AVALIAÇÃO OPTATIVA ATÉ ÀS 23h59min DE HOJE, PODEM POSTAR SEUS COMENTÁRIOS ACERCA DESTE DEBATE AQUI, NESTE ESPAÇO. (VALOR DA ATIVIDADE: ATÉ 2,0).
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
PROPOSTA PARA A SEMANA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - FANOR
Galera, acabei de pensar uma coisa... A Semana de Comunicação Social está chegando. Proponho aos alunos ABAIXO INDICADOS, a formação de uma mesa redonda com o tema "(DEZ)VANTAGENS DA VIRTUALIDADE A PARTIR DE CONCEITOS ATUAIS: CONTRA-POSIÇÕES E RE-SIGNIFICAÇÕES NECESSÁRIAS".
ALEXANDRE GRECCO
JOSE HENRIQUE
ISABEL COSTA
THIAGO OCCIUZZI
MARCUS VINÍCIUS
FERNANDA SOUZA
EVANDRO EVORA
LUZIA MONALISA
EDSON FIDALGO
LUIS BURGO
Este que vos fala presidirá a mesa. (15 minutos para cada participante. TOPAM?)
Acredito que vocês tem conteúdo para esta empreitada pelos trabalhos desenvolvidos em sala e nas postagens. Faço todo o suporte de orientador que se fizer necessário.
Os demais alunos não estão sendo esquecidos, por favor: NO DRAMA, PLEASE! (ROFL = rolling on the floor laughing / "ciberlinguagem"). Trata-se de uma forma de edificar o que vem sendo construído por esses alunos ao longo da disciplina.
Tenho certeza que estas discussões ajudarão em muito, os trabalhos finais da disciplina.
Então? Desafio (não é o ACTIVIA) lançado! E com um grande desejo de que seja abraçado por todos. Aguardo posicionamentos!
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
ATIVIDADE ALTERNATIVA PARA NOTA - AULA 25/09/2009
AOS ALUNOS QUE PARTICIPARAM DA AULA DE HOJE COMO OUVINTES, OU AQUELES QUE PRETENDEM REGISTRAR OS SEUS COMENTÁRIOS A RESPEITO DA ENTREVISTA COM FERNANDO BONASSI E LUCIA SANTAELLA, ESTE É O MOMENTO.
O FÓRUM PARA AS POSTAGENS DOS ENSAIOS ESTARÁ ABERTO DE HOJE ATÉ A PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, 28/09/2009, ÀS 23:59min.
POR FAVOR, VEJAM A DEFINIÇÃO DE ENSAIO EM http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio E TENTEM APROXIMAR SUAS REDAÇÕES DESTE GÊNERO TEXTUAL.
LEMBREM-SE: ANTES DE ESCREVEREM, PESQUISEM IDEIAS, REVISITEM OS TEXTOS, FUCEM... VOCÊS FICARÃO SATISFEITOS COM O RESULTADO!!
VAMOS LÁ... MÃOS À OBRA...
terça-feira, 15 de setembro de 2009
ATIVIDADE PARA OS ALUNOS QUE NÃO PODERÃO ESTAR NA AULA DO DIA 18/09
CAROS ALUNOS, NOSSA AULA DO DIA 18/09/2009 TERÁ UM DEBATE COM BASE NO DEBATE ANEXADO A ESTE LINK.
OS ALUNOS QUE NÃO PODERÃO ESTAR PRESENTES À AULA, NÃO SERÃO PREJUDICADOS EM NOTA, PODERÃO CONSEGUIR ATÉ OS (2,0) DA ATIVIDADE POSTANDO UM PEQUENO ENSAIO A PARTIR DO PONTO DE VISTA DE UM DOS ENTREVISTADOS. (ver definição e estrutura de ensaio em : http://www.ciberduvidas.com/pergunta.php?id=11443 "O termo ensaio deve-se a Michel de Montaigne (1533-1592), que publicou o seu livro «Les Essais» em 1580, e representa um género literário caracterizado, na sua origem, por um estilo dialogante, intimista, divagante e não sistematizado, baseado na liberdade individual, na reflexão sobre os negócios do mundo, e na busca de um pensamento original. [...] Por definição, um ensaio não tem estrutura predefinida. Basta-lhe que, tal como recomenda o bem senso, tenha princípio (introdução), meio (exposição e argumentação) e fim (conclusão)"
DATA LIMITE PARA ESTA POSTAGEM: 18/09/2009 23:59'
Assinar:
Postagens (Atom)