sexta-feira, 25 de setembro de 2009

ATIVIDADE ALTERNATIVA PARA NOTA - AULA 25/09/2009

AOS ALUNOS QUE PARTICIPARAM DA AULA DE HOJE COMO OUVINTES, OU AQUELES QUE PRETENDEM REGISTRAR OS SEUS COMENTÁRIOS A RESPEITO DA ENTREVISTA COM FERNANDO BONASSI E LUCIA SANTAELLA, ESTE É O MOMENTO. O FÓRUM PARA AS POSTAGENS DOS ENSAIOS ESTARÁ ABERTO DE HOJE ATÉ A PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, 28/09/2009, ÀS 23:59min. POR FAVOR, VEJAM A DEFINIÇÃO DE ENSAIO EM http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensaio E TENTEM APROXIMAR SUAS REDAÇÕES DESTE GÊNERO TEXTUAL. LEMBREM-SE: ANTES DE ESCREVEREM, PESQUISEM IDEIAS, REVISITEM OS TEXTOS, FUCEM... VOCÊS FICARÃO SATISFEITOS COM O RESULTADO!! VAMOS LÁ... MÃOS À OBRA...

50 comentários:

  1. Sabado, 26 de Setembro de 2009 , 04.00 am

    Sem rodeios , e nem ambicionando uma falsa pretensão de isentar-me da responsabilidade agregada de ser universitário ,confesso não ter tido contato com o texto/vídeo antes do dia de hoje ( dia e hora virtual) ,por esse motivo não tive uma participação mais ativa no debate , por receio de ter uma participação medíocre e abaixo da média , o que não beneficiaria a qualidade,o ritmo do debate . Aproveito a deixa , e me embalo na velocidade virtual para contextualizar mais um capitulo do programa Crônica Viável que proporcionou mais um debate relacionado a “Orkut,Msn,Youtube,paquera e narcisismo na internet” , liderado por dois grandes “monstros” que cruzam o conhecimento social ,cultural e tecnológico , Fernando Bonassi (dramaturgo e escritor , completamente avesso ao second life e ao capitalismo) e Lucia Santaella(escritora e professora , munida de autoridade suficiente pois seus escritos são constantemente referencia na área comunicativa) e atrevo-me a criar um “avatar” e sentar bem no meio desse fogo cruzado .
    Nesse avatar potencializo que seja fiel a minha imagem , com as características psicológicas que definem-me , mas ate onde o avatar gerado por mim se aproxima do atual? Será que por “descuido” próprio exponha apenas uma parte do meu “eu” , ressaltando as qualidades enquanto que sutilmente diminuo os meus defeitos , de forma a massagear o ego próprio. Multiplas Identidades definiu a Santaella , e acrescento mais ainda , CAPITALISMO e MULTIPLAS IDENTIDADES , podia usar essas palavras como palavras – chave, pois “enxuga” todo esse texto na sua essência.
    “ O capitalismo engravida-se dele mesmo” e a internet é o resultado dessa gestação , e atualmente estamos acompanhando o crescimento pelos nossos olhos , como família , como sociedade , estamos a vê-lo florescer como na nossa adolescência : descobrem-se mudanças ,sentimentos,e começa-se a questionar o futuro .
    Epoca de mudanças , tudo muda , tudo se transforma na internet , a paixão , o tempo , o espaço , proliferamos tudo que adquirimos ao longo da nossa vida para o virtual , respiramos e transpiramos “essência” , cultura e identidade . Tudo que produzimos em demasia gera excesso e com isso temo que presenciamos uma “banalização da definição do amor” , o virtual possibilita não so a hibridização entre tempo e espaço mas também uma banalização de conceitos .
    Anonimato / Proteção / Fluidez . O Anonimato permitido pela virtualidade que nos faz ser pessoas mais atraentes, mas comunicativos, ou ate praticar crimes é o mesmo que nos vende como “pacote” , códigos binários que são mais fáceis de armazenar e transportar nossas informações para um Computador Central , que nos fornece um serviço de falsa Proteção que promete sigilo atravez de senhas e códigos que se mostram inuteis perante um sistema que rastreia e vigia os IPs dos nossos computadores visando o bom funcionamento de um sistema mais amplo , que não pode dar ao luxo de falhar ou atrasar , pois atraso na Fluidez informação significa perda de lucro econômico. E o capitalismo ganha forma. Nada é inocente ,ou esta no mundo virtual por acaso e “quando entra dinheiro no meio vem todas as restrinções do mundo atual” , ate jogos que inicialmente aparentavam ser apenas entretenimento se transformam em oportunidades de negocio , cito o exemplo do Second Life que esta assustando toda uma industria cultural.
    Será esse o futuro , reduzindo tudo a números e cifrões? Será o mundo virtual a única solução , o único “verdadeiro momento”? Não me atrevo a responder , despindo-me do meu avatar , deixo – vos com uma certeza, a mesma de Jobbs e Gates , “Se forem criar algo não o façam pelo dinheiro”.
    “Get a life!?” hehe
    Encerro assim meu ensaio , espero que tenha servido para nortear futuras discussões.
    Luis Augusto F.De Burgo

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  2. Burgo, vejo que a "mecanização das artes na fotografia", tema que estou satisfeito em acompanhar como orientador, tem, de certa forma, desmecanizado aquele aluno que encontrei pela primeira vez, no final de uma disciplina de Semiótica, se não me falha a memória "atual"...
    Bom, gostei bastante do seu texto, e regionalismos do português "brasileiro" e "africano" à parte, cuidado com algumas escorregadas na ORTO(grafia)DOXIA! rsrsrs

    Vou devolver-lhe uma pergunta para comentar sua postagem, e farei, vestindo-me do meu avatar no SL, o Prof. Galtier perguntaria: "Do you really believe virtuality banalizes love (as well other concepts like it)? Look around and see... love has already been banalized even before internet. Everybody loves (or "fucks") - and they don't know what is the difference. the same way, knowledge has been put so far from normal people, that we gave up knowing things... Theorists are too far from "real world"... They must be gods (if Gods do exist!!!)... There's a song that says 'We are family/I've got all my sisters with me/We are family/Get up everybody and sing', so... let's just stay together and do what they command. THIS IS BANALIZATION."

    Em outras palavras, só uma fonte tradicional, medrosa em perder seu poder hegemônico é que tem um interesse (quase thompsoniano)em fragmentar o novo através do EXPURGO. A net não é nossa inimiga, nessa perspectiva, ela é amiga, pois nos eleva à condição de superiores (se quisermos ser, ok, Edson? Essa vai para o comentário da turma da noite), pois nops faz ver o que não víamos apenas com o sentido da visão. Mas é uma opção nossa, também, nos colocarmos na posição de inferioridade, e sermos tão dominados quanto somos na realidade atual.
    Afinal, presos, somos todos nós - cabe-nos apenas escolher as melhores celas para habitar! Terminando com palavras já tomadas por você: GET A LIFE (a second, or even multiple)!

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  3. “Imagine um mundo onde você pode ser qualquer pessoa, ir a qualquer lugar, fazer qualquer coisa........”
    Esta é uma pequena frase do trailer do filme norte-americano, “Substitutos” em inglês “Surrogates”. O filme estreou ontem dia 25 de Setembro nos Estados Unidos, no Brasil estréia no dia 16 de outubro, aqui disponibilizo o trailer do filme no Youtube. http://www.youtube.com/watch?v=sR6f4kFFmNw
    O filme situa-se em 2017, e os humanos vivem em isolamento quase total, raramente deixando a segurança e o conforto de suas casas, graças a remotamente controlado corpos robóticos que servem como "substitutos", concebido como melhor aparência versões de seus operadores humanos.
    É um filme de ficção científica, más retrata muito bem, o que está acontecendo hoje no mundo virtual, e acredito que daqui a 50 ou 60 anos existiram robôs tão inteligentes como os humanos.
    Como seria se hoje nos tivéssemos esses substitutos, para fazerem todos nossos afazeres, estudar, trabalhar, cuidar de uma família, etc. Isso sim seria uma Second Life, fazer qualquer coisa, ir a qualquer lugar, ser qualquer pessoa, quem não desejaria ter um substituto.
    Há muitas semelhanças entre nosso second life e os substitutos, acredito que muitas pessoas criam seus avatares no second life para serem algo que não são e não conseguem ser na vida real, nos substitutos não é diferente, as pessoas seriam aquilo que não são e que não conseguem ser na vida real.
    Essa segunda vida hoje não está somente presente no second life, a internet propicia a muitas pessoas uma segunda vida. Através do Orkut, do MSN, Facebook, Twitter, salas de bate papo, entre outros, muita gente é um pessoa pessoalmente e outra pessoa na internet.
    Concordo plenamente com a idéia de Luiza Santaella, ela diz que os homens são mais travados. Os homens tem mais dificuldades de expressar seus sentimentos e através da virtualidade conseguem se abrir mais e expressar seus sentimentos, que não aconteceria no mundo real.
    Estamos em uma época onde amor, sexo e dinheiro faz parte do cotidiano das pessoas, más será que é possível se apaixonar por alguém e manter um relacionamento pela internet? É muito complicado acontecer isso, devido aos muitos golpes e crimes aplicados pela internet, principalmente com adolescentes e jovens, que se deixam influenciar por linda fala. Más há casos específicos de pessoas que se conheceram e se apaixonaram em salas de papo ou através do Orkut.
    Acredito sinceramente que é possível ser a mesma pessoa no mundo real e no virtual, não precisamos de Orkut, de MSN, de Second Life ou de Substitutos para mostrar alguém que não somos.

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  4. Ok Liam, concordo plenamente com suas últimas palavras, NÃO PRECISAMOS DE POSSIBILIDADES PARA NOS MOSTRARMOS, apenas de oportunidade - e esta se faz no ambiente virtual ou presencial.

    Tenho notado a dificuldade de muitos em sustentar o conceito de atual, no lugar de real. E acabo vendo vocês utilizarem o termo real, como oposto do virtual. Façamos o seguinte, TENTEMOS SUBSTITUIR real POR PRESENCIAL. Assim teremos REALIDADE VIRTUAL X REALIDADE PRESENCIAL, que é melhor do que o conceito errôneo realXvirtual. :)

    Outra coisa, não é Luzia Santaella, mas Lúcia Santaella...

    Muito bom comentário e posicionamento, Liam. Aproveito para anunciar o filme "AVATAR", que deve ser lançado no final desse ano!

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  5. Antes de mais nada ,agradeço pelas palavras , pois foram bastante inspiradoras ( quer os elogios "atuais" ,ou as exigencias do inicio), cada dia que passa estou mais convicto de que não podia escolher melhor orientador e isto fica explicito no meu tcc l,obrigado. Retomando o ensaio e deixando de lado o tradicional "puxa-saco" ehhe , concordo com o prf. quando este afirma que o grande vilão não é a internet , pois antes mesmo do "modismo" da internet ja celebravamos a banalização dos sentimentos e conceitos ,com carnavais e novelas . Em uma opinião bem pessoal atribuo a culpa dessa banalização e desapego ao atual sistema social , onde tudo é superficial e descartavel(capitalismo), e não me parece que podemos fugir desse sistema , pelo menos ate que alguem surja com uma nova "metamorfose social" . Algum de nós se candidata? ehheh boa sorte para todos nós.

    Luis Augusto Fortes de Burgo

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  6. Acompanhei o vídeo postado para o debate, e mais uma vez, fico me perguntando onde vamos parar ?. “Orkut,Msn,Youtube,paquera e narcisismo na internet” , comentado por Fernando Bonassi (dramaturgo e escritor , completamente avesso ao second life e ao capitalismo) e Lucia Santaella(escritora e professora), me deixaram pensativo em relação ao que o computador pode fazer em nossas mentes. No caso a internet. Hoje a internet é algo fundamental pra mim, no dia a dia, nas busca pro informaçãoes e nos relacioamentos. Mesmo sendo contra por exemplo ao Second Life, pois acho que é um simples jogo que muita gente leva muito a sério. Durante o debate fiquei surpreso com a aversão de Fernando Bonassi ao Seconde Life, segundo ele criado pra ser uma segunda vida, totalmente ao contrário da que seguimos e que para ele, está capitalista tanto quanto a que vivemos. Ele resume se era pra mudar? porque não mudamos. Lúcia é mais emblemática da importância do sentimento, curiosidade, da descoberta na hora da paquera, seja ela pelo cpu ou pessoalmente. O Orkut site mais acessado no brasil, também tem sua importancia pois é um dos únicos meios onde o internauta pode criar suas comunidades e expor seus pontos de vista, sem censura, ainda. O debate serviu pra mostrar que a coisa acontece om um avelocidade tão grande que não paramos pra analisar como estamos nos comportando dentro desse meio.

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  7. Caro Webert,
    Antes de qualquer coisa, gostaria de saber o motivo para manter os parênteses após os debatedores; seria para reforçar a colocação original de Burgo? Ou teria outra intenção...
    Após, coloco-me contra sua definição do SL como um jogo, pelo vários motivos e momentos já compartilhados em sala, agora, concordo plenamente que alguém pode usá-lo APENAS com esta finalidade. Para isso, reveja na entrevista, as especificações do “freqüentar” e “habitar”. O SL é um ambiente, e isso não o limita a um “jogo”. O uso que se faz desse ambiente é que pode torná-lo qualquer coisa – numa dimensão inferior a sua essência, ou superior! Veja o caso, do celular, por exemplo – hoje, ultrapassamos a sua funcionalidade essencial, não compramos mais o celular pelo motivo “falar com outras pessoas”, mas pelos atributos agregados a este aparelho (para maior fundamentação, confira o conceito de simulacro baudrillardiano).
    Outra questão é: as relações não circulam pela “CPU”. Não é deste elemento físico que se ocupa esta disciplina – e não quero aqui, nem desmerecer a questão técnica do ciberespaço, nem dizer que este bem material não é indispensável, de alguma forma, para esta ocorrência. Mas a questão aqui é: NOSSA DISCIPLINA SE OCUPA DA QUESTÃO SOCIOLÓGICA, POLÍTICA, ECONÔMICA, ANTROPOLÓGICA, COMUNICATIVA do processo, e não de sua análise de componentes de informática. Entender conceitos e adequar termos é indispensável para uma argumentação lógica, coesa e coerente.
    A questão do usar a possibilidade da mudança (no caso, o SL) para mudar algo (no caso, nossas atitudes e comportamentos) é uma escolha nossa. Se não o fazemos, e preferimos repetir na possibilidade do “vir a ser” o que somos na “atualidade” é o nosso objeto de discussão. Isso, temos feito desde nosso primeiro encontro em sala, e em todos os nossos debates no Blog. Isto sim, é o objeto desta disciplina.
    E, para terminar nosso “papo”, vc acha realmente, que o Orkut não tem censura? O que seria, então, as comunidades, onde para alguém ser aceito como membro, tem que esperar a aprovação do mediador? Fica a pergunta!

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  8. Anne Bezerra

    Concordo com o Bonassi e a Santaella quando ambos falam que o mundo virtual é movido pelo sistema capitalista do mundo real, pois requer que nos adaptemos a ele ou seremos excluídos. O que é uma pena, pois deveria ser um meio democrático onde pudéssemos expressar as nossas idéias e as nossas manifestações políticas de forma livre. O que acaba fazendo com que utilizemos esses espaços de uma forma errada. Ou você cria uma identidade virtual adaptada a esses espaços de forma a agradar o materialismo exigido ou, você viverá isolado dos demais. O ser humano independente de sua identidade o que ele mais deseja é ser desejado e por isso, ele faz questão de fazer a sua adaptação, a fim de se sentir incluído ao meio que ele está inserido. E, é por este motivo, que no MSN tratamos de postar a nossa melhor foto, no Orkut pertencer a uma comunidade a qual mais se identificamos e, assim, ampliamos o vinculo de amizades e relações amorosas, suprindo assim a ausência que tanto lhes faz a indiferença do mundo real.

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  9. Só jogando ideias...

    Bom, na aula não comentamos muito sobre o que esses últimos textos tato tem abordado, o ciberlove. Achei muito bacana o exemplo que o Bonassi, que é o da bicicleta. "Poder exercer seu mundo afetivo em outro lugar que não na pressão da conservadora da cidade." É nossa ponte de contato, que lógico tem sua perdas e ganhos. Perdemos a presença,porém, temos a pessoas ali a qualquer hora. A Santaella até cita: "De madrugada quando se perde o sono e manda uma mensagem... é uma presença-ausente".
    A internet é o nosso espaço de liberdade, onde quase todos nós realmente conseguimos ser nos mesmo, ou seja, termina sendo um mundo verdadeiro, um mundo onde temos coragem de falar e fazer o que pensamos, sem medo de ter alguém dizendo que estamos entrando em contradição, até porque " a construção da nossa identidade é um projeto inacabado sempre. É a nossa "arma" para liberar todo nosso imaginário, esquecer o mundo atual e todo sua burocracia.

    Ok... é isso =D

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  10. A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO NÃO-SER:
    um texto a partir da entrevista de Lúcia Santaella ao programa Cronicamente Viável, da TV UOL, acessada em 27.09.09.
    http://tvuol.uol.com.br/ult2448u275.jhtm

    1 A questão da presença, cujo sentido ampliarei para pertencimento, ganha contornos irônicos se considerarmos o seguinte: no mundo virtual somos membros de várias tribos de desconhecidos, e no mundo físico, desconhecemos o nosso próximo. Pessoas comuns, como o meu vizinho e o seu, tem histórias interessantes - vide o museudapessoa.COM - mas que não nos interessam. Pessoas distantes parecem nos atrair, hipnotizar. Como? Bem, devido a meu tempo exíguo vou ficar devendo os desdobramentos dessa pergunta - que explicar mesmo, nem Freud. Outro ponto irônico é a não-tribo - o título é meu, mas a idéia li em um livro do Pedro Demo.Não-tribos são coletividades temporárias, um "ficar" coletivo, pessoas que se encontram em um show, p.ex.

    2 Sobre uma identidade na internet, minha compreensão desse fenômeno, traduzida filmicamente, seria uma mistura de "efeito borboleta" com "corra, lola, corra". O indivíduo, essa pobre vítima da epistemologia, já foi definido a nível de pulsão sexual (freud),de hereditariedade mitológico-psíquica(jung) e física (darwin),de sociedade de massa (atomização, de frankfurt) , de relações sociais-comunicativas (inteligência coletiva), e agora, de integridade ("sociedade da espuma", versão turbinada da modernidade líquida). Tudo bem, o coletivismo é real, é moderno, é relevante, mas não é indiferente ao contexto, e se levarmos em conta a divisão histórica tradicional, temos aí uns 400 anos de capitalismo pela frente. Seria importante, também, resgatar, ou construir debates sobre a importância do indivíduo.

    3 Os mundos possíveis não estão nas ferramentas, seja lápis e papel para escrever, seja o SECOND LIFE. Os mundos possíveis estão em nossas mentes. É um grande engano associar geração de conteúdo apenas a fóruns, listas de discussão e blogs. Ferramentas de entretenimento também permitem GC. Mas se estamos condicionados a reproduzir o mundo físico, teremos um SECOND LIFE-seção Ceará infestado de bailes funk, casas de forró e campos de futebol soçaite. Geração de conteúdo relevante depende de uma cultura consciente (não digo livre) de muitos preconceitos, aberta ao novo. Essa cultura é generalizada? Não.

    4 Por outro lado, a busca e o uso exacerbado do mundo possível no virtual é a vitória da potência sobre o ato, do materialismo voraz e glutão que, ironicamente, não sabe desfrutar do material. E, principalmente, do imediato sobre a esperança. Na sala de aula foi citado que um avatar no SECONDLIFE poderia ser usado para que a pessoa aprendesse mais sobre si mesma, e consequentemente, tivesse mudanças de atitude para melhor, tanto no mundo virtual quanto no mundo físico. Uma pesquisa no GoogleTrends e em outros que-tais, revela que "o sonho acabou". Ninguém quer saber de estudar Música, salvar as baleias, ou de Desenvolvimento Pessoal. O que as pessoas querem mesmo é diversão (eufemismo meu. A palavra certa é sexo).

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  11. Concordo com Fernando Bonassi de que o Second Life é uma idéia capitalista, que acabamos criando um mundo virtual com a reprodução do mundo capitalista em que vivemos e particularmente não me interessei pelo Second Life por saber que há o dinheiro no jogo, pois onde há dinheiro há diferenças de classes, disputas econômicas e políticas,e eu me sentiria excluída se não estivesse comprando um apartamento ou casa, roupas novas e bonitas.
    Bonassi cita que a internet estimula as pessoas a falar de amor e que ela te permite dizer coisas que você não diria, de fazer coisas que você não faria e lembrei da discussão em sala, de que no meio virtual o homem se potencializa, muitos até trazem para o mundo real o que adquiriu no virtual, como exemplo aquele cara tímido que no site de bate-papo com nick bem criativo consegue se soltar com as meninas, sendo o mais procurado no bate-papo. Lucia completa citando que a internet veio acrescentar como um meio de paquera, mas com perdar e ganhos, como não ter a presença da pessoa, o calor humano, mas ao mesmo tempo ganhamos ao termos a troca de mensagens como por exemplo no msn naquela hora que perdemos o sono e é como se o outro estivesse lá.
    O orkut agregou muito às amizades, pois amigos que já até perdemos o contato, reencontramos-os pelo orkut. Acho interessante que muitos colocam as melhores fotos,depoimentos, incluem amigos que às vezes nem conversam direito, só para passar a imagem de ter muitos amigos adicionados, de que é uma pessoa popular. E ressaltando o que a Lucia Santaella fala referente ao orkut, o brasileiro realmente não se intimida de expor a sua vida privada. Quantos colocam tudo da sua vida, até endereço, telefone, para aonde vai, com quem vai estar? E muito se sabe de fatos que tem ocorrido devido essa exposição, como até sequestros, términos de namoros...

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  12. Internet, sites, msn, orkut, blogs...Esse assunto nos faz acreditar que não tenha limites no mundo da net.
    Um mundo completamente prático, cheio de inovações, promovendo e facilitando várias formas de interligações entre pessoas. Somos de certa forma até enfeitiçados por tantas descobertas, nos tornamos prisioneiros em nossa própria residência. Não precisamos ir às compras, visitar amigos e familiares (agora virou raridade), pesquisas em geral, pagamentos, acompanhamentos dos filhos nas escolas, jogos super emocionantes, músicas, filmes, álbuns decorados com todo tipo de aperfeiçoamento fotográfico, ufa!!!
    É isso aí, e não acaba aqui.
    Somos todos influenciados de certa forma, seguindo, ou tentando acompanhar tantas mudanças e avanços.
    E o preço da tecnologia? A forma que estamos reagindo, será que temos tempo, pra parar e pensar um pouco em nós como ser humano????

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  13. Second life – Um mundo virtual, onde você pode ter uma segunda vida, fazer compras, conhecer pessoas, lugares, paquerar, e tudo (ou quase tudo) que você faz na vida real.
    Eu estava olhando na internet sobre SL e pude perceber que as pessoas estão curtindo de montão essas virtualidades, até encontrei algumas novidades.
    Uma maneira de tocar o mundo virtual é algo de grande apelo e poderá revolucionar o mundo não só do entretenimento, mas também das cirurgias à distância, por exemplo. Seria o toque final da interatividade.
    Háptica é a palavra que resume a sensação do toque ou do tato. Equipamentos que possam provocar essa sensação dependem tanto da construção dos equipamentos propriamente ditos, como da programação dos computadores que os controlam. A empresa norte-americana Immersion lançou sua última palavra nesse tipo de equipamento, que permite ao usuário da "luva" tocar, puxar, empurrar, apertar e até mesmo esculpir objetos virtuais em um mundo gerado por computador.
    Embora os resultados sejam animadores, não espere encontrar a estranha luva em qualquer loja de computadores nos próximos anos. Os protótipos ainda custam na casa das dezenas de milhares de dólares.

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  14. Sem dúvida este é um assunto gostoso, cheio de opiniões e contradições, o que venho aqui é falar da sensibilidade, na minha adolescência, uma das estratégias de como se aproximar da garota certa, onde a margem de erro era mínima, era uma técnica pela qual não me recordo onde aprendi, mas bastante eficaz para mim, era a técnica pela qual batizei de “a técnica do lobo mau”, onde eu usava de sensibilidade para poder ter uma aproximação mais efetiva e por seguinte conquistadora, lembra da historinha da chapeuzinho vermelho, na parte em que ela pergunta para o lobo mau, onde este se fazendo de vovozinha, ela pergunta:
    __ Vovó! Por que suas orelhas estão tão grandes?
    __ É pra te ouvir melhor.
    __ Vovó! Para que esses olhos tão grandes?
    __ É para te ver melhor.
    __ Credo vovó, por que a senhora está com essa boca tão grande?
    __ É para te comer!!!
    Bom a estratégia é mais ou menos essa e a finalidade também(rsrsrs), primeiro eu olhava, tentava ver de alguma forma se ela ia responder ao meu olhar, com o mais simples gesto, depois, diante de alguma resposta, eu me aproximava, falava pouco, e escutava mais, depois ficava mais fácil de tirar alguma conclusão, “Mas isto é um traço da paquera. Quando você se aproxima de alguém, quando se está buscando seduzir alguém, você também se transforma. Você tem estratégias para obter este amor que você não tem." diz Fernando Bonassi. Mas isso tudo não passa apenas de sensibilidade, não preciso usar uma historia para conquistar garotas, mas de fato funcionava, e para um adolescente era como um jogo, se não desse certo agente começa de novo. Hoje com o avanço da tecnologia, e do grande acesso a internet, o que no meu tempo de adolescente, só era usado para fins profissionais e acadêmicos, hoje também usado para relacionamentos, as coisas estão aparentemente mais fáceis, hoje é mais fácil conhecer uma pessoa virtualmente do que pessoalmente, e apesar da técnica do lobo mau ser inútil para os dias de hoje, o nível de sensibilidade é o mesmo. “E os meios que aparecem para que a nós consigamos atingir este fim são múltiplos. E a Internet veio acrescentar mais um meio possível e com suas características próprias”, diz Lucia Santaella. E digo mais é bem mais fácil ver e escutar (o que no caso ler) pela internet uma pessoa, sites como Orkut, é um exemplo disso, onde o risco de conhecermos uma pessoa e falhar, dependendo das intenções, é bem menor. “Eu creio na possibilidade de se comunicar através da tela, longe da idéia de que esta tela seja constrangedora, ela é liberadora. Então para o homem esta liberação funciona.”,diz Lucia Santaella. Em fim, com argumentos do escritor e dramaturgo Fernando Bonassi e da professora Lucia Santaella do Centro de Investigação em Mídias Digitais, da PUC-SP, tenho a impressão, que a sensibilidade continua, os meios é que estão mudando, mas devemos ficar atentos aos seus riscos, pois quando falo de sensibilidade, estou me referindo no olho a olho, não adianta se mascarar de trás de uma tela e nem inventar historinhas (como a do lobo mau), pois uma hora a mascara cai.

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  15. 1-Concordo com o Liam, quando o mesmo fala que é possivel ser a mesma pessoa no mundo real e no virtual, mas será que não se tornaria mais atrativo ao usuário o mesmo experimentar outras personalidades?Outras vidas? A curiosidade do mesmo saber se seria mais aceito ou não pelos demais?É como Demi Getschko fala: No Second Life o indivíduo tímido se torna comunicativo, o indivíduo forte se torna delicado, ou seja, as pessoas sentem a vontade e/ou curiosidade de saber como elas seriam se tivessem outra vida.

    2-Achei perfeita a colocação da Anninha, quando a mesma diz que o ser humano independe de sua identidade, o que ele mais deseja é ser desejado.Lembrei do comentário feito em sala na última aula pelo professor.No Second Life o usuário não consegue por muito tempo ser a “fumacinha”, pois ele ver todos mas ninguém o ver, então quando ele é diferente de todos o mesmo resolve ser igual e vice-versa.

    3-Professor caso esteja errada em relação a minha pergunta me corrija. Ao ler o comentário da Midianne Alexandre me veio uma dúvida. Se a mesma optou por não participar do Second Life, por saber que o mesmo tinha em seu contexto um interesse capitalista, por que então ela se sentiria excluída por não poder comprar roupas novas, apartamento ou casas? As vezes somos capitalistas e não sabemos. A massa nos fez assim. Falamos muito sobre desigualdade social, que os ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, mas quem não queria esta com sua vida estabilizada, possuir o carro do ano, o celular de útima geração que ninguém tem, possuir a melhor casa do bairro??Estariamos então entre os ricos??Lutar pela democracia, desigualdade social e pela humanidade é realmente o certo, mas o capitalismo é bem tentador.

    4-Respondendo a pergunta da “Conquista”, onde a mesma relata que as inovações e facilidades multiplas que temos com o surgimento da internet, nos tornaram prisioneiros de nossas próprias casas, fazendo com que não tenhamos mas tempo p/ parar e pensar em nós como ser humano, acredito que com o surjimento da internet, realmente várias facilidades surgiram. O que o índividuo mas quer é não perder tempo, então o fato de o mesmo poder fazer quase tudo pela internet, impede a reflexão sobre o que é ser humano.Talvez não estejamos percebendo que poderiamos aproveitar uma compra no shooping, para levar o filho para tomar um sorvete e ter um diálogo, uma aproximação com o mesmo. A internet pode nos dar a ilusão de aproximação, mas olhando por outro lado ela tambem pode distânciar.
    “Sempre a maldição acompanha a bênção. “ Demi Getschko

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  16. Mais uma vez, satisfeito d+ com os comentários!

    Anne, suas pontuais, como sempre, claras e bem objetivas. Boa redação! Parabéns. E claro, a questão da democracia deve ser vista como uma prática, não como um fim. E aí, podemos entender melhor a questão da virtualização das coisas e como este processo está sendo deteriorado por forças hegemônicas.

    Kelly retoma a questão da ciberdemocracia proposta por Anne, com a noção do “espaço de liberdade” oferecido pela internet (e já, igualmente, contestado em outras postagens). Sua citação sobre a construção de nossa identidade ser um projeto sempre inacabado foi pontual: É NECESSÁRIO QUE NOS LEMBREMOS DESTA COLOCAÇÃO E NOS REMETAMOS ÀS QUESTÕES PROPOSTAS POR HALL, ELIAS, entre outros.

    Henrique, (por que ainda não está presente nos participantes do blog?). Como sempre, seus textos são didáticos, e ao mesmo tempo tensos e densos. ISSO É MUITO BOM, SEMPRE TENHO PRAZER EM LÊ-LOS... e ao revisitá-los, outras indagações me ocorrem. Por isso, adoro contestá-los algumas vezes, e atiçá-los em outras... Aí vamos nós: (Título: não-ser ou melhor seria dizer, “poder-ser” [devir]?). (1.) desconhecidos virtuais ou começamos as relações anonimamente, e vamos nos fazendo conhecer à proporção que nos socializamos atual ou virtualmente? E, na realidade atual, nos desconhecemos ou ignoramos a multiplicidade identitária tão peculiar à natureza humana? Sobre a não-tribo, talvez Bey com a sua teoria acerca da TAZ, discorde do DEMO (o Pedro!). (2.) Brilhante colocação. Difícil de fazer sozinho, e ainda mais, numa única disciplina, por isso necessitamos da integração do curso, indiferente da grade curricular que adotarmos. Professores, alunos, instituição e gestão devem estar voltados para uma mesma direção e num mesmo objetivo – a palavra de ordem deveria ser ABSTRAÇÃO, no sentido de compreender o todo através de suas partes e não FRAGMENTAÇÃO, perder-se do todo e, consequentemente, não entender as suas partes. Por isso, nossas discussões exigem, pelo menos, referências tão distintas acerca do homem e da sociedade na qual está inserido. Sobre a importância do indivíduo, sempre cito ELIAS. (3.) Isso! Virtualidade não está atrelado à tecnologia, mas teve uma extensão na sua forma com a mesma – já falamos sobre isto. Agora, muito se mitifica a esse respeito. FELINTO (2005) em “A religião das máquinas”, discute um pouco sobre isso. Boa leitura! (4.) Neste mesmo debate em sala foi repetido o já citado tantas outras vezes> O PROBLEMA ESTÁ NO USO, NÃO NA FERRAMENTA, ou seja, de novo o indivíduo e suas concepções, atitudes e valores. Em grupos diferentes, você encontra pessoas diferentes e se relaciona de maneira diferente. Pode até ser que o sexo seja o primeiro encantamento (utilizando-me das palavras da Dany (codinome Conquista), pela questão da fantasia, até. Mas se você ultrapassa essa fase, vem o entusiasmo (etmologicamente significando ter deus em si), que o faz voltar-se para si numa perspectiva de melhorar-se cada vez mais. A pergunta é: em que sociedade eu vivo, como construo meus valores, e qual a importância das coisas para mim? A essa resposta, associe o comportamento virtual de uma pessoa.

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  17. Midiane, boa síntese dos textos e boas colocações, mas faltou uma discussão maior.

    Entendo também (e respeito) seu posicionamento em relação ao SL, mas onde está o fazer diferente proposto pelo Getschko? Não seria a omissão uma forma de utilizar o potencial virtual humano, (que poderia estar ser expressando, inclusive no SL) de forma diferente, se contrapondo aos valores impostos? O que seria (se é que existiria) Woodstock se todos pensassem assim? Nossa omissão, nesse caso, se justifica por ser virtual? E na vida pública, no nosso exercício de cidadania, como se explica essa omissão? O que defende a "mentira" da virtualidade, o que diria a respeito da chamada vida "real" (entendida por nós como presencial, ou atual)?


    Dany (codinome, Conquista), primeiro de tudo, assim como o Henrique, por que ainda não se integrou ao nosso Blog?
    De novo, voltamos à questão do prisioneiro... Acho ótimo! Inclusive, encontrei um texto que será colocado em breve à disposição dos senhores e senhoras. Por enquanto, ficamos com o Gabriel (aquele que pensa!!!):

    "Eu tô aqui à toa sem saber qual é a boa sem saber aonde eu vou
    (achar algum remédio, que faça algum efeito contra a falta de respeito e dê um jeito nesse tédio).
    Alguma vitamina, que force uma mudança nessa falta de assunto e dê um break na rotina.
    Repetição!
    Eu tô cansado de ficar aqui parado só nessa masturbação mental.
    Prefiro algo mais original.
    Masturbação mental!
    Tá me fazendo mal, tá me fazendo mal!
    [...]
    Hoje eu acordei meio indisposto.
    E resolvi ouvir um som bem diferente pra poder mudar o gosto.
    Indigesto!
    E me peguei assobiando aquela música cafona que eu detesto, mas que me emociona, porque me lembra alguém que me fez bem e depois me pôs na lona.
    Fazer o quê?
    A gente cospe no prato que come, pra depois querer comer no prato que cuspiu.
    [...]
    Mas pra ter liberdade de verdade eu aprendi a desaprender o que só me prendia.
    A mente é livre, livre mente, a gente é livre, Deus me livre dessa rebeldia que fala e não diz nada.
    Ouvi dizer que a vida recomeça a cada dia e aprendi essa piada.
    Depois talvez esqueça.
    O mundo muda, tudo muda, todo mundo muda mas só mudo minha cabeça se for melhor pra mim (quando eu achar que é, e se eu tiver afim).
    [...]
    Sempre invento um movimento cada vez mais diferente.
    Não que eu só acerte, mas errar também faz parte em qualquer parte eu não vou ficar inerte, esperando a morte.
    [...]
    Eu vou gozar a vida do jeito que eu quiser.
    E se eu fizer cagada, eu sei limpar.
    Não vem cagando regra. Na regra que cê caga eu vou pisar.
    Não vem ditando norma... Pensando bem, tô pensando de outra forma.
    Você acha que é loucura? Eu acho que é careta.
    A vida é muito curta pra ficar nessa punheta.
    Masturbação mental!
    Tá me fazendo mal, tá me fazendo mal!
    Masturbação mental!
    Se isso for normal eu quero ser anormal!"
    A importância do ser humano é, outra vez, colocada (veja o ponto 2 do Henrique e minha indicação de leitura).

    Sobre a questão do SL ser jogo (que eu discordo categoricamente), você pontual muito bem com o exemplo médico. E vai além quando discute o caráter antidemocrático que vem se estabelecendo no/através do ciberespaço, com as "dezenas de milhares de dólares", que tais luvas cirúrgicas custam.


    Philipe, não acho que a palavra mais apropriada a sua colocação seja "inútil", mas antes penso em "adequada". Sim, trata-se de adequar as estratégias aos contextos e às ferramentas disponíveis: Maquiavel chama a atenção para isso com a estreita relação entre VIRTU e FORTUNA (em referência às deusas gregas e suas características sobre os homens).
    Quanto aos riscos, eles estiveram sempre presentes, não vieram com a tecnologia.

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  18. Tabatta,
    (1) Será que não temos as nossas "multiplas" identidades na vida atual/presencial? Elas só existem na virtualidade proposta pela tecnologia? Assumir essa posição, seria negar a virtualidade como inerente ao ser humano, e limitá-la a uma questão tecnológica - o que seria errado! (2) idepende ou independentemente?; (3) Acho que o "alexandre" entrou nesse comentário por engano. rsrsrsrs. Mas penso que a resposta é simples: A TENTAÇÃO NÃO CONSOME A TODOS! Por isso temos os nomes na história, aqueles que se diferenciaram da maioria... Que fizeram diferente (ex. Cristo, Ghandi, de certa forma Angelina Jolie, etc). Mas, para isso, NÃO PODEMOS NOS OMITIR, É PRECISO RESISTIR, que foi o que repliquei a Midianne. (4) Isso mesmo! A palavra é ILUSÃO. Boa citação de getschko para finalizar seu texto. Parabéns!

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  19. O conceito de relação que existia está sendo quebrado pelas novas relações em que a sociedade está inserida no novo mundo, no ciberespaço. Nele experimentamos as várias possibilidades que o mundo tecnológico nos concede. É a tal da teoria dos vários mundos possíveis, que Santaela cita no texto. Esse novo mundo é múltiplo e essa multiplicidade é uma extensão do próprio homem fragmentado do mundo atual. E o desejo que a sociedade antiga tinha em tornar-se uno? Tal desejo é desmanchado na identidade do homem pós-moderno que está em constante transformação. No ciberespaço eu sou várias. Sou quem eu desejar ser, definindo novas regras existentes apenas no mundo virtual. E esse novo eu, virtual, múltiplo, estabelece novas formas de relações sociais nesse lugar ou não-lugar em que o virtual existe, de fato, e eu posso ser várias. No SL pode-se escolher a fisionomias, roupas, nacionalidades, idades e formas diversas. É o mundo das possibilidades!! No Orkut, sou eu! É minha foto mas, minha foto da forma que eu quis colocar (a melhor foto), o perfil que julgo ser o mais Cult, as comunidades que podem dizer muito sobre mim, ou, que foram colocadas lá para que pensem que dizem muito sobre mim. O atual se aproxima do real mais no Orkut do que no SL? Depende de quem está manuseando tanto o real quanto o virtual. As formas de relações sociais mudaram? Sim, mudaram. Para pior ou melhor? Depende do ponto de vista. Para mim melhorou. O mundo virtual, digo, as novas tecnologias possibilita que eu converse mais com amigos que estão longe através do e-mail, no horário de trabalho, por exemplo. Permite que eu visite novos lugares sem sair da minha casa, e acompanhada, com amigos que podem estar do outro lado mundo! Tenho um mundo de possibilidades!!

    Jaque Amorim.

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  20. O paradoxo virtual. E o que fazer com o virtual, como se comportar frente a ele? Podemos ainda rejeitá-lo mas já não podemos ignorá-lo. Ele nos cerca por todos os lados: da passagem de ônibus paga com um PassCard até os namoros em sites de ralacionamento, passando pela encontro de avatares que se aproximam cada vez mais da matéria física tangível, do mundo dito "atual". As divagações filosóficas acerca do virtual e, sobretudo, das novas tcnologias que exarcebam as potencialidade humanas através do virtual são inúmeras, mas uma, que parece simples e lógica, é a que mais me intriga: onde termina o atual e onde começa o atual? Crises de identidade, de comportamento, sensação de acanhamento frente à imensidão virtual, são esses alguns problemas gerados pelas relações (ou pela falta delas) no ambiente virtual. Eu tinha uma vizinha (bonitinha até) e nós pouco nos falávamos, só um "oi" aqui ou ali. Meses atrás, ela se mudou para outro estado e, para minha surpresa, nos esbarramos em uma esquinha virtual qualquer. Ali começou um relacionamento diferente e, desde então, nos falamos quase que diariamente. E então acho que foi a partir dali que comecei a entender um pouco melhor a realidade virtual. Percebi que há certas coisas que só poderão acontecer de fato em um ou outro ambiente, por mais que se aproximem. E talvez seja isso o que o virtual nos ofereça: a possibilidade de vivermos, por alguns momentos, em um outro mundo, potencialmente melhor. Porém, nós, com nossa mesquinhez reducionista, tranferimos para o virtual tanto que há de bom como o que há de ruim no atual.

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  21. O sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando fragmentado, composto não de uma única, mas de varias identidades, algumas vezes contraditórias ou não-resolvidas. Correspondentemente, as identidades, que compunham as paisagens sociais, e que asseguravam nossa conformidade subjetiva com as necessidades objetivas da cultura, estão entrando em colapso, com resultado de mudanças estruturais e institucionais. O próprio processo de identificação, através do qual nos projetamos em nossas identidades culturais, tornou-se mais provisório, variável e problemático.
    É o que a globalização em seu estado atual tem produzido, é a convergência dos estilos de vida das sociedades e das culturas, gerando assim resultados diferentes de identidades. A dinamização e a contínua mudança das sociedades modernas são aspectos peculiares que lhes distinguem das sociedades tradicionais. Nestas, venera-se o passado e exalta-se os seus símbolos visto que os mesmos trazem em si a experiência de gerações e a tornam sucessivas. Já nas primeiras, as práticas sociais são processadas e reprocessadas a luz da novas informações repassadas que acabam por alterar seu caráter.

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  22. Namoro 20... OPS!
    Namoro 2.0

    A nova geração do amor, um sentimento, mais livre, as possibilidades virtuais o fizeram assim. Antes de existir a internet alguém já havia pronunciado ou escutado alguém dizer que possuía uma relação aberta? Acredito que eram raros os casos, e hoje porque as relações estão quase sempre dispostas no Orkut e Par Perfeito desta forma?
    Simples o ambiente virtual no permite esta liberdade, não há necessidade de comprometimento concreto, apenas uma internet-relação. A discussão entre Bonassi e Santaella sobre a nova forma de amar, é sem dúvida uma visão machista e feminista, exponho assim porque ambos refletem principalmente sobre o ponto de vista do seu eu.
    Bonassi fala de uma maneira “Macho de ser”, enquanto Santaella usa pureza nas palavras, é contida, declara com feminilidade.( Estabeleceram uma boa relação como o tema).
    Sobre essa premissa destaco que os dois relatam abertamente aquilo que a sociedade julga ser correto, ao homem cabe ser forte e macho, a mulher fragilidade e delicadeza em seus atos. Não podendo haver uma interação entre o racional(H) e ao emocional(M). Esta modalidade quebra o padrão.
    Então como enxergamos essa mudança na forma de relação entre casais? A necessidade de ter pelo menos virtualmente vários casos, vários amores? Antes isso poderia ser apenas uma necessidade masculina, mas atualmente com o uso da internet, de seus sites de relacionamentos, essa visão foi ou está sendo extinta, isso porque a necessidade de conquista é também feminina, abriram as portas.
    Hoje uma relação iniciada pelo pedido de uma mulher, é natural.
    Essa reação de naturalidade pode ter sido conseqüência do mundo virtual, da forma de interação deste universo. Mais uma prova que o virtual é um pedaço do real, pois transporta a ele suas características, ou retira? Voltei novamente ao embate, quem nasceu 1º o ovo ou a Galinha? Os protozoários, disse-nos Lins.
    Então o que ocorre hoje, em que tudo se transforma, evolui.
    Isso! Evolução.
    Opa! E a evolução proporciona a desagregação da união conjugal perpetuada pela sociedade Cristã? Se pensarmos com Cristãos, sim, pois a infidelidade é passiva do ser humano, (isso mesmo, somos Umanos, Herramos!). Mais ainda, pensar já nos remete a uma falha conjugal, então vamos ser apenas animais, sem a distinção de racional/irracional, nem assim nos livramos, visto que são apoucas as espécies fiéis.
    Estabeleci essa inquietude para expressar, que não acredito ser novidade essa “nova” forma de se relacionar, ter ou desejar vários, ou apenas um, quem sabe em cada universo. Isso sempre existiu, a diferença é que tornamos natural. A gente muda o mundo mesmo.

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  23. Só mais algumas dúvidas.
    No Orkut existe liberdade?
    O Second life é uma representação literal de seu nome?
    Sexo virtual é terapia?
    O amor virtual é platônico?
    Amor é sexo ou Sexo é amor?
    Poxa, quantas dúvidas, o melhor é tentar responde-las.
    Orkut é um espaço virtual, portanto livre. Isso era para ser na prática, mas como ainda não foram separadas as leis (se é que existem), ainda funcionamos como atuais no ciberespaço. A liberdade não é livre, existem mecanismos de proteção, ou seja a grade da janela se transportou para o virtual.
    SECOND LIFE, como o próprio significado do nome, segunda vida, mais uma vez os erros da primeira? Mesmo multiplicando, continuamos como produto do nosso fracasso social, o capitalismo. O Second Life evidencia o que a primeira vida tenta esconder.
    Se sexo virtual é terapia, então muitos estão sendo tratados neste exato momento. Adorei a idéia de Bonassi com relação a este assunto. Quem fala mais, faz melhor?
    Depende se for um tímido convicto, é difícil, mas para o geral, serve. E olha que além de analise é prevenção contra DSTs, ganhar e dar prazer sem doenças ou gravidez é lucro. Detectado um problema, e quem vai proliferar o mundo, os protozoários?
    Já pensaram nisso? Se o sexo passar a ser virtual, não haverá mais evolução humana, os provetas que o digam.
    Amor virtual é platonismo?
    Se considerarmos a falta do Touch, sim, pois vem a ser uma relação sem contato físico, a principio. E uma relação sem toque é amor atual platônico. Mas Santaella é clara em suas palavras, o que seria do amor se não fosse o platônico.
    Amor é sexo ou Sexo é amor?
    Parece ser uma redundância, mas separe as frases e pergunte a homens e mulheres separadamente, perceberá a diferença. Ao homem Sexo é amor, as mulheres Amor é sexo, ou será o inverso? Pense!
    Aos homens digo, façam sexo com amor, o resultado, a mulher dará.
    O espaço do blog é pequeno para meus questionamentos atuais.
    Vou ter que abrir a boca na sala.

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  24. Muito bem pensado, o texto do Gabriel aquele o pensador.

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  25. Jaque, a teoria dos mundos possíveis te parece tão distante das questões que envolvem as identidades múltiplas, oriundas da fragmentação do homem pós-moderno? Leia(m) estes textos abaixo:

    http://www.relativa.com.br/livros_template.asp?Codigo_Produto=20331&Livro=Cultura%20global%20e%20identidade%20individual

    http://www.uazuay.edu.ec/bibliotecas/cibercultura/Cultura%20global%20e%20identidade%20individual.pdf

    http://www.espacoacademico.com.br/079/79gruman.htm

    Vários pontos a mais (NO MEU CONCEITO) pela visão positiva em relação à virtualidade. Parabéns!


    Marcus, todo seu texto está ótimo... Mas ele se choca com a expressão "por alguns momentos", quando esta é usada para se referir a uma prática virtual. Esqueceu que essa dimensão temporal é válida apenas para a realidade presencial/atual? O problema não está no momento, mas na quantidade ("alguns") deles. Pense nisso!


    Cameron, A questão das identidades é discutida há muito tempo (veja as indicações na replica a Jaqueline).
    Globalização!!!!!! Aí está outro conceito tão antigo, e, ao mesmo tempo, tão desconhecido por nós... Tomemos gosto em decifrá-lo, ou ele (e suas consequências) nos devorará(ão).


    R@f@... (ainda em êxtase virtual com a leitura de sua postagem!!!)
    [...]
    Adorei o senso de humor e o sarcasmo inteligente no título do primeiro bloco postado.
    ÓTIMA PONTUAÇÃO EM RELAÇÃO AO SEXISMO... Ninguém tinha atentado (ou pelo menos, registrado) esta analogia entre conceitos e debatedores - BOA VISÃO HIPERTEXTUAL!
    A ironia inteligente continua em 'Herros Umanos' e me faz parar e recomeçar a leitura, pois me perdi nos pensamentos de um e-mail recebido do Grecco há poucos instantes atuais: sei fazer pedras, mas não sei atirá-las* (um surto virtual? Parece que sim, mas em se tratando de Lins, isso é natural!!) Aliás, por falar em natural, "tornar natural" é uma forte arma que pode ser usada pela força hegemônica para a dominação ideológica (thompsonianamente** falando).
    Suas perguntas, no segundo bloco postado, foram retóricas, pois você, brilhantemente, as respondeu (novamente, voltei àquele comentário, o que me causou outro surto virtual de ausência atual).
    Só me resta, então, agradecer por essas postagens, e concluir que houve sim, uma maturidade acadêmica dos conteúdos da disciplina, da nossa primeira atividade até agora. E concordo com você: os pouco mais de 4 mil caracteres aqui se tornaram poucos para você. Então, abra mesmo a boca em sala de aula.

    * O email falava de textos sobre discussões acerca de assuntos relativos ao ciberespaço, e a tal citação tratava da resposta de Adorno em relação ao não envolvimento dos alunos em discussões polêmicas/políticas.
    ** THOMPSON, J.B. Ideologia e cultura moserna: Teoria social critica na área dos meios de comunicação de
    massa. São Paulo: Vozes, 1995.

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  26. Constatando o "óbvio", como discutido em sala de aula, o virtual como ambiente de simulação sentimental na máquina. Concordo com o professor, é comparar seis com meia dúzia, mas gostaria de pegar essa idéia para a seguinte discussão. Quando falamos de sentimentos, falamos de pessoas, assim como quando falamos de comportamento, obsessões e etc. Muitas vezes vemos as pessoas falarem da internet como um ambiente de alienação, ou um ambiente que vai acabar com os relacionamentos, assim como outros a defendem com unhas e dentes, não podendo viver sem esse meio. Já outros dizem que isso é exagero, e a internet é uma mera ferramenta. Concordo com isso, a internet é uma ferramenta poderosa de informação e geração de conteúdo, que também pode ser usada como simulação, e o melhor, de simulação "simulada" por pessoas reais, o que faz tal artifício ainda mais coerente com o mundo em que vivemos. Mas acho complicado aqueles que tentam compreender o comportamento das pessoas estudando as tecnologias de um ponto de vista técnico. Como disse, estamos tratando de pessoas, gente. E existem pessoas e pessoas. Um rapaz se relacionar "simuladamente" e ver aquilo apenas como algo imediato e esquecer depois, é algo dele. Terão pessoas que verão aquilo como uma forma de continuar sua vida, serão dependentes dele. Assim como há pessoas que tem obsessão por objetos, há pessoas que tem obsessão por simuladores, e estes com uma vantagem, são mais parecidos com eles e, no caso da internet, simulam a realidade. Enfim, só para citar o texto que vemos, as pessoas criticam de um lado e do outro, umas consideram brincadeira e outras não, o fato de se relacionar. Muitos tentam estudar esse comportamento do ponto de vista da ferramenta, mas como ressaltei, mais de uma vez. Estamos estudando pessoas, e pessoas são uma coisa difícil de definir.

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  27. Júlia Dávila


    As pessoas buscam a internet para liberar seus vários ‘eu’ ocultos, pessoas tímidas de difícil comunicação com o sexo oposto, pessoas insatisfeitas com seu corpo, para fazer amizade e por vários outros motivos. A internet possibilita a oportunidade das pessoas experimentarem formas de ser, falar e agir em um determinado grupo que lhe chama a atenção. É como Fernando Bonassi fala em seu texto a Internet te permite dizer coisas que você não diria fazer coisas que você não faria e engendrar idéias e identidades que você não teria. Esta coisa do horário, de ser on-line, de estar sempre aberta, de poder escrever uma mensagem fora do horário convencional, requalifica esta relação.
    A internet nos apresenta um mundo de pessoas para conhecer e se relacionar da forma que desejarmos, ela coloca no meio das pessoas uma plataforma de contato que tem os ganhos e as perdas de ser uma coisa virtual.
    São varias as formas de relacionamento na internet os mais conhecidos são Orkut, twitter, msn, second life e etc.
    O mais importante é que a internet permite que qualquer cidadão comum, não apenas os que estão aqui ou na rede, recoloque o tema do afeto no seu cotidiano. Porque esta nuvem do anonimato é a chave da sedução. Ao entrar no jogo da sedução, nós preparamos a nossa identidade. Nos requalificamos para apresentar o melhor possível. Nenhuma plataforma tecnológica que viabiliza isto poderia ser um problema, porque o que ela faz é justamente isso, a sedução é um projeto melhora de si próprio. E acho que os homens são mais travados do que as mulheres por fatores de criação, de encaminhamento dentro da sociedade. Então o Orkut tem uma coisa que é poder entrar em contato com muitas pessoas, com toda a proteção e partilhando um tema ou não. O que acho mais bacana do Orkut é justamente encará-lo seriamente, porque é o primeiro espaço livre que se tem. Mas é um dos poucos espaços ainda livres em que se pode promover discussões sem características rigorosas, sem o rigor dos vários ambientes sociais. Permite que as pessoas entrem em contato e se manifestem politicamente. Especialmente a indústria cultural ao olhar para isso. O Orkut é isso, tem muito de realidade. Lá se põe fotos, se você quer se expor, escolhe a sua melhor foto. Encontra velhos amigos. Começa a paquerar o namorado da sua amiga. Os namoros que às vezes acabam. Namoradas que obrigam o namorado a tirar o lugar dele no Orkut, deletar, apagar tudo porque de repente ele pode ser visitado por qualquer pessoa que começa a mandar mensagens para ele.
    E para os jovens é uma maravilha, por que se vai caminhando por coisas completamente imprevistas.

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  28. Proteção e amor na internet.

    Fernando Bonassi e Lucia Santaella desenvolvem, em suas participações, novas maneiras de encarar tópicos discutidos por nós na disciplina. E acrescentam, ainda, fatores para averiguação.

    O ciberespaço caracteriza-se por liberdade. Cada indivíduo é dono de suas escolhas e pode criar uma série de rostos diferentes na rede. Por exemplo, uma pessoa tem o poder de inventar várias contas de correio eletrônico e com elas fazer várias páginas no orkut. Em cada uma dessas páginas pode ter preferências diferenciadas. Esta é uma ilustração simplista para tratar de aspectos complexos. A internet é ferramenta de expansão para várias "faces" do ser humano. Tanta liberdade oferece um contingente de riscos. Desse processo podem surgir os cibercrimes.

    Mas, devemos lembrar também da proteção oferecida pelo mundo virtual. Nenhum indivíduo é obrigado a entrar em sites de relacionamento ou em salas de bate-papo. Ninguém é obrigado a abrir um email portador de vírus. As pessoas fazem suas próprias escolhas e traçam seus caminhos dentro da internet. No mundo atual, diversas vezes, somos induzidos a conversar com pessoas ou tomar atitudes indesejadas. No virtual, às vezes basta somente ativar o status off-line. Dessa maneira, o virtual é utilizado como maneira de preservar imagens. Os autores falam da relação entre pessoas tímidas e a rede mundial. Afinal, a proteção oferecida pela internet facilita e amplia possibilidades. Liberdade e proteção são fatores que andam juntos no universo virtual. Devemos lembrar, das variadas maneiras de encarar essas palavras. Orkut e Second Life recebem inúmeras definições. Alguns habitam e outros simplesmente freqüentam estas ferramentas. As visões e formas de utilização, ainda que massificadas, podem se distinguir. Liberdade existe, no entanto, estamos condicionados aos fatores da rede. A proteção, por sua vez, é insuficiente em algumas situações.

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  29. Acabei ficando sem tempo para contriburi com o meu ponto de vista, mas durante as minhas pesquisas encontrei um material legal e recomendo aos meus colegas. http://www.scribd.com/doc/2620279/cibercultura
    Um abraço a todos.

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  30. O verdadeiro eu

    No texto de Demi Getskho ele fala em como o Second Life consegue transformar o tímido em comunicativo e o forte em delicado, Santaela também toca no assunto ao falar que a internet "destrava" os "travados". Se pensarmos bem, veremos que a Internet é o meio mais libertador e democrático que existe, pois lá, todos podem dividir informações, dar opiniões, indiferentes de quais sejam.
    Em meu texto anterior, ressaltei que em programas como o Second Life dão uma gama de possibilidades para você se tornar quem quiser e como quiser. Enquanto que do lado de cá você pode ser um simples funcionário, no SL você pode ser uma pessoa melhor sucedida.

    Acredito que apesar do fator distância, a Internet possui o poder de aproximar as pessoas e permitir que elas se conheçam melhor e descubram afinidades maiores. O próprio Orkut é um exemplo, algo tão simples como uma comunidade que você e uma segunda pessoa possuam em comum já é algo que pode ajudar em uma aprloximação.

    Na verdade, creio que a Internet permite que você revele todos os seus "eus", seu lado mais tímido, o mais desbocado, o mais engraçado, dessa forma, é possível realmente conhecer uma pessoa. Mas a questão que coloco agora é a seguinte: até onde vale a pena possuir tamanha liberdade de expressão?

    Certamente muitos de vocês já devem ter assistido ou lido matérias onde pessoas aparentemente normais na vida real mostravam sua verdadeira face no mundo virtual como pedófilos ou racistas. Mas não somente em casos extremos como estes, a liberdade do usuário as vezes pode sair mais cara do que ele imagina. Hoje em dia, quando nos candidatamos a uma vaga para trabalhar em uma empresa, é quase certo que seremos monitorados (seja por Orkut, Twitter, etc), pois eles precisam saber com quem vão trabalhar. Quem sabe se um comentário que seja, não pode ser o responsável por perdermos a vaga?
    Qual a saída então? Continuar a usurfruir da sedutora promessa de liberdade e anonimato da Internet ou seguir nessa "segunda vida" da mesma forma que na primeira?

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  31. “A internet te permite dizer coisas que você não diria, fazer coisas que você não faria e engendrar idéias e identidades que você não teria” Diaz Bonassi.

    Acredito que mais que querer ser uma pessoa diferente da sua vida atual é também uma questão de curiosidade.

    Você tem a opção de criar uma conta/identidade que condiz com o seu eu verdadeiro ou a opção de ser diferente.

    Muitas pessoas ao ingressarem no espaço virtual desejam transmitir a mesma personalidade que tem no seu espaço real, enquanto outras preferem ser “fakes”; adotam traços, ideais e valores que não condizem com sua verdadeira personalidade.

    Creio que o que leva a pessoa em manter a própria personalidade ou não é o que ela está procurando no espaço virtual.
    Se está no mundo virtual procurando novas amizades, observando oportunidades de empregos ou à procura de um relacionamento afetivo, por exemplo; a pessoa transmitirá suas verdadeiras características.

    Agora no caso de só querer brincar, tirar onda com os outros, a pessoa pode criar identidades falsas, falar besteiras, enganar pessoas, enfim..

    Como também o internauta pode procurar o espaço virtual por curiosidade. É tímido, é feio, é fora dos padrões imposto por pessoas que se acham superior a ele, no ciberespaço tem a liberdade de se mostrar o oposto e conquistar espaço e aceitação que não teria na vida real, é a forma de potencializar-se, mesmo que não passe de uma ilusão.

    Bonassi fala: “ a internet tem esse valor. Ela coloca no meio das pessoas uma plataforma de contato que tem ganhos e as perdas de ser uma coisa virtual”.

    Ganhos no sentido de você mudar um pouco de suas características por algo bom que beneficie a você e ao próximo, sem alterar sua essência humana e sua personalidade. E perdas, no caso de você usar a liberdade que o mundo virtual oferece para desfrutar de malícia e desrespeito com os outros, assim acaba deixando a internet como um meio não confiável .

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  32. Lendo ativamente as postagens deste blog sobre o assunto, deveríamos antes de qualquer coisa perceber a fidelidade que muitos tratam se referindo ao assunto de tamanha relevância e poder de debate. Percebo que mundo deu voltas e voltas. A comunicação humana já passou pelos sinais de fumaça, ruídos de tambores, mensageiros que viajavam longas distâncias para a entrega de uma carta, correio aéreo, telégrafo, telefone.... e hoje podemos nos comunicar em tempo real através da internet. Com a nova tecnologia, a maneira dos encontros amorosos também mudou.
    O assunto é de tamanha relevância e ganha peso quando lemos ativamente a entrevista de Fernando Bonasi e Lúcia Santaella. Esta ultima já iuvido falar em seu nome nas aulas de semniótica. E desde as suas colocações percebo falando de forma expressiva própria que é possível sim se apaixonar por idéias inventadas, sem dono, ou cujo dono não é o mesmo corpo que as tecla no microcomputador. Podemos inventar uma outra identidade ou utilizar frases de outras pessoas. Vivemos numa nova era, onde encontrar-se no cyberespaço, trocar idéias com pessoas do outro lado do mundo sem nunca tê-las encontrado fisicamente, fazer sexo e apaixonar-se através de um chat não é mais ficção-científica. É realidade.
    Mas afinal, será que as pessoas fazem isso porque estão sozinhas, para facilitar o primeiro encontro ou por que é um novo método de comunicação? Para a psicóloga, as relações "virtuais" não substituem os encontros físicos nem as viagens. Podem sim auxiliá-las na preparação. "Não temos a resposta certa (e estamos numa era em que não existe somente uma resposta correta...), mas nos casos de encontros amorosos, eles podem dar certo ou não, podem ser muito bons ou dramáticos. E podem ser também muito lúdicos e cheios de sonhos. Ou pesadelos. Psicologia a parte, e colocando novamente em pauta a questão da comunicação, percebo ainda referindo-me as o pensamento de Santaella em sua entrevista que a internet interfere em todas as idades. E nesses momentos em tiro para postar os meus trabalhos presenciei uma situação interessante como o meu filho de seis anos. Na verdade eu não me considero uma pessoa antipática, mas quando se tem 40 anos seus círculo social se limita a pessoas do seu trabalho, ou seja por algum infortunio do destino você pode estar em uma escola só para homens, ou pior uma escola de crentes, você vai conhecer pessoas diferentes se não abordando elas na rua ou shoppings da vida? Na internet é claro, nunca vou me esquecer a primeira vez que eu entrei no mirc e tinha um monte de gente no canal e meu filho inocentemente perguntou: “pai todos esses nomezinhos ai são pessoas?”Para minha surpresa, era verdade, fiquei automaticamente deslumbrado com aquilo imagina mais de 500 pessoas no mesmo lugar dispostas a teoricamente conversar com você, era como ser o dono de uma festa gigante, com a clara diferença de que não tinha bebida e você obviamente, pelo menos não por ali.
    Alguns dias atrás se aventurando no incrivel mundo dos bate papos online eu já era expert no assunto, frequentava várias salas ao mesmo tempo e me dava ao luxo de conversar com até SEIS MULHERES simultaneamente de forma descontraida e , na minha opinião, inteligente. Acabou que papo vai papo vem conheci algumas pessoas que conhecia virtualmente no mundo real, e cheguei até a namorar com uma menina da minha cidade que conheci no mircão. Até hoje mesmo com a falencia do mirc , ainda temos o famigerado MSN. Perceber a intenet como veiculo de ligação insantea e frisar que todos os nossas vontades pode está a nosso alcance através dela.

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  33. Me chamem de Nerd, me chamem de tudo (só não xinguem minha mãe ou minha cobra, a Jecebel). Mas não posso negar o quanto a Internet me faz parecer mais forte e compenetrado em atingir meus objetivos. Vim do interior do Ceará atrás de cursar uma faculdade e com uma relativamente boa experiência de Sebrae a procura de um emprego. Coisas boas estão acontecendo mas, claro: sempre há um espírito de imediatismo em quem muda de ambiente tão bruscamente. Sabemos que em 2 meses não há tempo pra praticamente muita evolução no seu novo contexto. O bom é que essas evoluções estão até acontecendo. Cada coisa na sua hora, mesmo que a melhor hora fosse agora, ou não. Começo hoje a perceber que existe um mundo muito maior daquilo que pensava por causa da internet e lendo ativamente preferenciamente a entrevista da Santaella, compreendo a partir deste momento o qkuanto esse meio participa ativamente de nossas vidas.
    O fato é que normalmente as pessoas dizem: “nossa, você vai pra Fortaleza, largando todo o seu conforto em Pereiro, abrindo mão de uma proposta de emprego do SENAC daqui, pra morar sozinho e começar do zero? Eu tenho pós-graduaçao em vicencia ” Sim, a resposta é sim. Afinal eu tenho um cérebro e, ao contrário das pessoas que não arriscam, pretendo usá-lo. É legal criar ao menos a ilusão de que você manda em sua própria vida. Eu sempre tive alguns sonhos. Com o perdão do parafraseamento de alguns amigo, se eu tivesse uma lista de 30 sonhos, o sonho de número 1 seria conhecer o mundo, as novas culturas.. ainda lembro que meus amigos me dizia na adolescência: O meu sonho de número 20 seria fazer sexo com a Débora Falabella. O meu sonho de número 30 seria um pônei não fazer sexo com um pônei, mas ter um pônei de estimação, pra ficar bem claro. Desculpa, . Mas não era isso que eu queria falar.
    O que quero dizer é que o tal do notebook com internet sem fio banda larga me tira do contexto que há 15 anos era o esteriótipo: se mudar para uma cidade estranha, sem conhecer ninguém, sem ao menos ter o que fazer de dia senão chorar e pensar que Deus tá jogando The Sims com sua vida, com a impressão de que a vida nada mais é que uma brincadeira de mau gosto. O fato de eu participar de um blog com várias visitas, ter pessoas com quem conversar pelo MSN, entrar no www.easyfilmes.com e apertar só um “play” pra assistir qualquer filme que se possa pensar, pode baixar The Office à vontade já ajuda. Fora também que pela Internet, dá pra procurar bares, shoppings, eventos, shows e várias opções, caso você resolva ter uma vida. Às vezes é bom ter uma vida também, acreditem.
    O fato é que depois do que sonhei hoje, eu tinha que postar aqui. Sonhei que havia sido preso com drogas e dirigindo bêbado. Acordei calminho, voltei a dormir como uma criança.
    Depois sonhei que haviam roubado meu notebook. Acordei tenso e com a sensação de alívio de ter sido só um sonho.
    Afinal, até nos meus sonhos mais trágicos, eu posso usar meu notebook e internet na cadeia.

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  34. Fernando Bonassi de que o Second Life é uma idéia capitalista, que acabamos criando um mundo virtual com a reprodução do mundo capitalista em que vivemos, cita que a internet estimula as pessoas a falar de amor e que ela te permite dizer coisas que você não diria, de fazer coisas que você não faria.
    Em sala chegamos a falar sobre isso, onde a Roberta até mesmo deu seu exemplo de quando mais jovem, ainda na adolescência, onde proibida de sair com amigos, se entretinha na internet. Conversava com pessoas, o que naquele momento não lhe era permitido. Porém foi desta maneira que conseguiu ser uma pessoa mais extrovertida, perdendo em parte a timidez, porque aquele meio lhe proporcionou isso.
    Então o orkut, msn, Second Life que Fernando Bonassi fica avesso, ele tem muito a acrescentar em nossa vida. E como o dito por Santaella que fala sobre as vantagens e desvantagens relacionadas a esta globalização e quase unificação entre IDEAL e VIRTUAL. Onde hoje por parte perdemos o contato físico, mas por outro lado ganhamos o mundo sem precisar sair de casa, e através dele pode ser criado novos vínculos ou manter os já distantes.

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  35. Concordo com meus colegas que afirmam que não precisamos da Internet para mostrar a nossa "Second Life".
    Na vida real já possuímos "Multiples Lifes", que as exibimos diversas vezes durante o nosso dia.

    Exemplo: Quando vamos para uma entrevista de emprego, é comum e totalmente compreensível encorporamos um "eu" mais lapidado, mais cheio de virtudes. Por mais que tentemos agir naturalmente, a ocasião nos tendecia a moldarmos nossa personalidade. Ou quando estamos em uma igreja, por mais que você não processe a fé, você molda sua personalidade para que todos saibam, ou pensem, que você é uma pessoa que se encaixa aos moldes daquele tipo de grupo.

    Partindo desse ponto, o que os usuários do Orkut, ou outros sites de relacionamento, ou o Second Life fazem, seria a mesma coisa do que já fazemos na vida real. Você expõe sua personalidade, da forma como quiser, com a proteção que só a virtualidade te permite.

    Durante o programa, os entrevistados, tanto o Bonassi, como a Santaella, explicam de uma forma muito peculiar este tipo de comportamento. Santaella o faz de uma forma mais acadêmica. Já o Bonassi traz para o linguajar mais informal aquilo que a gente faz com tanta naturalidade e nem notamos.

    Confesso que achava uma besteira a questão da virtualidade. Viver uma segunda vida atrás de uma tela. Mas ao ler os textos nas aulas e ao estudar e refletir sobre o assunto, me senti hipócrita. Vi que o que fazemos na vida real é muito mais sujo do que o que a virtualidade propõe.

    O tema de internet eh muito novo e mais novo ainda é o fato das pessoas se relacionarem por ela. Mas já podemos ter uma introdução acadêmica sobre o assunto.

    Acho que a grande chave para termos uma vida virtual saudável é estarmos sempre nos atualizando sabre as informações acerca do tema e sendo crítico com o que lemos.

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  36. A virtualidade pode ser considerada uma forma de potencializar o indíviduo,por exemplo o sujeito que precisa vencer a timidez na hora da conquista, que não iria conseguir fazer o mesmo na vida presente, que precisaria até mesmo de umas aulas de conquista e respirar fundo pra ter o autocontrole na hora de conversar. O E-love está ai, sites de encontros, bate-papos de encontros, pares perfeitos da vida ou quem sabe somente pra conseguir sexo e encontros mais fácil. Conheci casos reais de casais que se conheceram na internet e hoje tem um relacionamento duradouro, mas também vi mais casos de gente que usa os meios pra chegar aos fins de maneira mais rápida, conquistar mulheres que na vida presente não chegariam nem perto, isso é que é potencializar a conquista. Na vida presente somos capazes de ser múltiplos (filhos, pais, estudantes, trabalhador), ser ter vários avatares. Então, quanto mais na vida virtual, pois então somos capazes de medir as palavras ou não, dizer o que os outros querem que falemos, mostrar a coragem que não temos presencialmente, realmente potencializar nossas características, isso me lembra um sujeito que tomou algumas e começou a se soltar, falar pelos cotovelos e dar em cima da primeira mulher que ele viu. Então a virtualidade também pode ser encarada como uma forma de soltar as amarras da timidez e das sanções sociais, longe dos olhares reprovadores, da censura e das diferenças sociais, não somos mais quem podemos ser, e sim quem quisermos ser, não temos dupla personalidade, podemos ter tantas quanto quisermos. Eu diria que é uma mão na roda pra alguns e um perigo para outros, como tudo na vida há sempre o lado bom e mau, na virtualidade não seria diferente.

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  37. Como já foi citado em outras postagens, ficou claro que as possibilidades disponíveis nos cibermundo são novas maneiras de ser, são atualizações das coisas reais sob uma nova óptica, a do virtual. Não seria diferente com o amor, esse que está presente nas discussões significativas filosóficas desde a antiguidade. “Em seus diálogos, Sócrates dizia que o amor era a única coisa que ele podia entender e falar com conhecimento de causa. Platão compara-o a uma caçada (comparação aplicada também ao ato de conhecer) e distinguia três tipos de amor: o amor terreno, do corpo; o amor da alma, celestial (que leva ao conhecimento e o produz); e outro que é a mistura dos dois. Em todo caso o amor, em Platão, é o desejo por algo que não se possui”, (Wikipédia). Portanto, percebe-se que a essência do amor é, em si, virtual. Se utilizarmos a segunda regra do método de intuição (reencontar a articulação do real) de Bergson (1999) em sua obra “Matéria e Memória”, que trata da busca da diferança de natureza e de grau das coisas, revisada em “Bergsonismo” por Deleuze (1999) , vesmo que não há uma diferença de natureza do amor citado por Sócrates do vivenciado no ciberespaço, pelo simples fato de que, mesmo ao atualizar-se na experiência humana concreta, ele ainda continuará sendo virtual, porque não há amor concreto, há manifestações de amor através de gestos como, um beijo, um abraço, sorriso, etc. Então essas discussões a respeito se pode ou não acontecer o amor virtual, acredito que deve ser um tanto quanto relativa, visto as experiências citas nos artigos lidos. Assim como há experiências bem sucedididas, outras já são de fracasso. E assim o é na vida real também. É apenas uma maneira “nova” de amar. O Ciberespaço ressalta a subjetividade humana, isso visto de um ângulo positivo é extremamente válido como ressalta Fernando Bonassi: “O amor sempre foi um interesse comum de todos(...). Mas nunca tivemos tanto estímulos para falar do afeto como a internet coloca. E isto é um enorme ganho civilizatório com relação às gerações anteriores.” É válido colocar a explosão de redes sociais que surgiram nos últimos anos. Mais do que nunca as pessoas querem se relacionar, e a internet possibilita essa interação visto que não há barreiras geográficas e temporais. Resumimos todas essas atualizações feitas no ciberespaço, mais uma vez citando o processo de individuação humana que, uma das consequências (ou seriam caracteísticas?), é a individualização. Por isso questiona-se acerca do ciberespaço, porque até o sexo (prazer) é feito de forma individual - levando em consideração que o conceito de sexo real, para consumar-se, é necessário, pelo menos, dois (ou mais) indivíduos. Agora é claro que entram todos os questionamentos à respeito de como isso é colocado no ciberespaço, como ele é “usado”, tanto pelo usuário quanto pelos empresário que viram nessa necessidade atual do homem se relacionar virtualmnte, uma possibilidade de lucrar.

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  38. BRUNA VIEIRA GONDIM.
    .
    Opa, será que eu mudei, ou será que eu vivo em constante mudança?
    Ou melhor, dizer:
    Será que eu sou de tal forma, ou só neste exato momento que estou sendo isso agora?

    Aí eu te digo:
    EU NÃO SOU, EU ESTOU.
    Estou de acordo com as mudanças, com o local, com as experiências do momento.
    Me cansa a mesmice, a falta do que dizer, quem não reclama está conformado com tudo.

    E há pessoas que não reclamam na REALIDADE PRESENCIAL, e só reclamam na REALIDADE VIRTUAL, e a INTERNET nos proporciona a capacidade de adquirirmos a coragem de sermos aquilo no qual desejamos ser.

    Com a internet temos a oportunidade da Acessibilidade a Liberdade, podemos ir e vir para onde quisermos e possamos imaginar, sem precisarmos passar por censura, passamos a ter o livre acesso as discussões.

    Segundo o texto de Fernando Bonassi:
    "o mundo virtual neste momento é o único mundo verdadeiro que temos, pelo menos em relação a política"

    E por que nós fingirmos ser o que não somos
    ou será que nós somos o que não fingirmos ser?
    Nós passamos a adquirir várias identidades, criando vários personagens de nós mesmos.

    Se bem que você poderia até dizer que esses personagens são como refúgios de meus problemas, ou melhor, dizer que são refúgios de meus medos?

    Então posso questionar que a RALIDADE VIRTUAL é o refúgio do MUNDO REAL, pois o MUNDO REAL acaba também se tornando verdadeiro, mas sem que estejamos presentes de corpo, e passando a ser de suma importância para nós, pois o importante é a interatividade com o mundo, a participação com o agora, isso é a PRESENÇA VIRTUAL.

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  39. Favor desconsiderar os erros de digitação. Grata!

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  40. O tema abordado por Fernando Bonassi, “contatos na rede”, diz respeito a essa tendência da possibilidade de conhecer nova pessoa através da WEB. Eu vejo da seguinte forma: é uma faca de dois gumes, pode ser simples e prazerosa ou complexa e terrível, dependendo do nível que essa ferramenta atua sobre o usuário, por permissão deste, é bom que se diga, para não pôr a culpa na WEB.

    Ela é interessante a partir de que pessoas passam a conhecer e se relacionar com um maior numero de pessoas. Viabilizando um relacionamento, a principio virtual, mas facilmente possível passar a ser presencial, basta aquela “velha” atitude de pedir o telefone e marcar um encontro. Ou então por livre e espontânea vontade manter em um nível virtual, afinal a internet é um dos melhores espaços para usar o livre arbítrio.

    O que me deixa intrigado é como uma simples, dentre várias, ferramenta de entretenimento pode ser tão importante para um individuo que passa ser um meio de vida, o melhor meio para se relacionar com alguém. Os motivos como violência na cidade, fobias sociais, ou outros são justificáveis, mas será se a vida não é um motivo para reagir a essas adversidades? Avalie melhor se uma pessoa, por mais formosa que seja, no espaço virtual é mais interessante que uma nem tão bela, mas palpável, onde podemos sentir o cheiro, tocar, olhar nos olhos... ou então ir a uma festa ou uma praia no mundo virtual é mais prazeroso que o mundo atual, onde podemos sentir a brisa da praia ou tomar umas geladas, dançar, paquerar em uma festa onde estamos presentes fisicamente? É necessário avaliar bem antes de se afundar na WEB, utilize-a como apenas mais uma ferramenta de entretenimento, no caso, sem excessos, pois o principio do vicio é o habito!

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  41. Lucas, pessoas são difíceis de serem definidas, sim... Mas para isso há ciências específicas. Nosso interesse na cibercultura é entender as relações sociais a partir de um meio/ferramenta específicos - por isso o ciberespaço é ao mesmo tempo um não-lugar e um meio para ocorrências factuais. Engano-me ou todo seu discurso recai sobre a questão do uso do/no ciberespaço?

    Julia, identidades que não teríamos ou que gostaríamos de ter (menos ou mais ressaltadas), ou ainda mais, que gostaríamos de desenvolver?
    A sedução e o preparo da identidade - na conquista, queremos ser sempre vitoriosos, não é verdade? Ou alguém "joga para perder"? Então, essa "simulação" acontece em qualquer realidade - de novo, a diferença estará nos recursos próprios de cada realidade, virtual ou atual/presencial.
    Só uma pergunta repetida (veja a réplica para Webert): você realmente acha que o orkut seja uma ferramenta de livre expressão?

    Isabel... Entusiasmei-me com seu texto. Parabéns!
    Se para criar páginas diferentes no orkut, precisamos de contas de email diferentes, estamos realmente livres? (Volto a pergunta para Webert e Júlia). Ou, multiplicando, sem nos darmos conta, mais identidades a cada nova possibilidade de "vir-a-ser" [algo novo]?
    Tomar atitude a partir das nossas escolhas pessoais - esso deve conduzir a um comportamento ético, correto? Vou propor uma discussão polêmica: muitas propagandas virtuais são construídas com as mesmas ferramentas dos vírus cibernéticos, com a diferença de não lesarem partes físicas do PC ou usurparem informações pessoais/confidenciais. Apenas divulgam produtos, marcas e serviços. Então, estes criadores seriam éticos, e aqueles que criam os mesmos instrumentos só que com a intenção de lesar pessoas/máquinas não o seriam? Ora, se ser ético é comportar-se de acordo com seus valores, onde estaria a diferença entre um comportamento ético e outro anti-ético, uma vez que para muitas pessoas, pop-ups que surgem do nada podem ser tão inconvenientes quanto um software malicioso? No fato do 'cibercriminoso' dos marketings virtuais estarem a serviço do Sr. Capitalismo, enquanto que os hackers estão a serviço deles mesmos?

    Evandro, sentimos falta de sua contribuição, mas valeu a sugestão do texto do Lemos.

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  42. Camilla, pessoas "aparentemente" normais na vida "real", e que mostram sua verdadeira face como pedófilos ou racistas no mundo virtual seriam mais éticas em que realidade? Parece-me, segundo a réplica para Isabel, que na virtualidade, não estaria certo? Então, onde estariam fingindo ser o que não são - na pressão (prisão) da vida atual, ou na liberdade do mundo virtual? Qual a saída, então, para a felicidade, ser ético ou fingido? E que preço pagamos por um comportamento ou pelo outro?

    Anatália, muito oportuna e clara sua colocação sobre o uso na/da internet, tema que não nos abandona, perceberam? E que no dia de hoje, eu tenho trazido para um novo enfoque - a ciberética.

    Walney, antes de comentar suas duas pontuações mais discutidas, revise o seu texto antes de salvá-lo; isso evita problemas de coerência e coesão.
    No seu texto, você retoma a discussão de autoria, debatida no dia 18/09. Outra colocação interessante feita por você é o fato do virtual não substituir o atual, mas expandi-lo. Já tratamos disso em sala, também.

    Damião, "criar a ilusão de que você manda em sua vida": de novo o tema da prisão, o qual tenho um texto para compartilhar em breve. Aguardem!
    Mas, meu caro Damião, precisarei ler sua postagem mais algumas vezes para entendê-la na plenitude (se isto for possível, claro! Pode ser um texto surreal ou dadaísta, e tal feito seria impossível). Porém, cuidado na redação se a intenção não tiver sido esta.

    Tamisa, você fez o mesmo que Roberta em sala (inclusive, com o exemplo citado), relatou experiência, mas não argumentou uma ideia. Igualmente o fez com a questão das perdas e ganhos. Veja que é importante não apenas citar ou exemplificar, mas definir, contrapor ideias.

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  43. Gabriel, na igreja, podemos proCessar a fé (e deveríamos fazê-lo com mais frequência, na minha opinião), mas acho que você quis dizer proFessar.
    De novo, a questão da naturalidade (= fazer as coisas sem se dar conta) nos chama a atenção para as formas de manipulação da ideologia (THOMPSON, 1995. Cf. réplica a R@f@).

    Patrício, suas colocações me remeteram à indicação do filme proposto pelo Liam !Substitutos" e um outro, ao qual assiti na década de 80: "Amores Eletrônicos" (Electric Dreams). Seguem a sinopse e alguns vídeos, para tomarem conhecimento:

    Sinopse: Dos primórdios da Era do Computador Pessoal surge essa comédia que força todos as barras para contar a história de um triângulo amoroso formado por um homem, uma mulher e um PC.
    Um atrapalhado arquiteto que precisa se organizar e, para isso, necessita de mais tecnologia em sua vida, principalmente porque está projetando um tijolo à prova de terremotos admite que precisa de um computador para isso.
    Tudo vai mais ou menos bem, até que seu computador começa a paquerar a nova vizinha, uma violoncelista. Quando Miles se apaixona por Madeline, ele tem em seu PC, o seu maior rival.

    Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=Ek08KvgqFGM&feature=related

    Inteligência Artificial: http://www.youtube.com/watch?v=in_ZVmckrmU&feature=related

    Song 1: http://www.youtube.com/watch?v=3OLEAeky8is&feature=related

    Song 2: http://www.youtube.com/watch?v=xv-v2Z0tAHw

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  44. Cleigiane, como sempre, postagens bem fundamentadas e referenciadas. Parabéns!
    Retomo as indicações do filme que indiquei no comentário acima, e transponho para a discussão levantada acerca do platonismo. Neste filme de 1984, você(s) não consegue(m) enxergar uma dupla identidade antecipada de um arquiteto atrapalhado e um galanteador (através do computador apaixonado), que poderia ser facilmente visto como a sua manifestação virtual - já que não concebemos, aqui, a questão da inteligência artificial - e este conflito final que resulta na destruição de uma destas identidades? Visão, aliás, bem típica do pessimismo dos anos 80.

    Bruna, vejo que você retoma o questionamento que propus à Julia.
    ERm relação à oportunidade de liberdade, sim... Creio que o ciberespaço traz essa possibilidade. A questão é: ELA É EFETIVADA?
    Seus últimos capítulos requerem mais de uma leitura (assim como a postagem de Damião)...

    Afonsino, voltamos à velha discussão: a atuação da ferramenta sobre o usuário, ou o uso que este faz daquela? Tentarei simplificar a compreensão: UM MACHADO É UTILIZADO PARA CORTAR MADEIRA, SE UTILIZADO PARA MATAR UMA PESSOA, FOI INFLUÊNCIA DO MACHADO SOBRE O CRIMINOSO, OU FOI O USO QUE O CRIMINOSO FEZ DO MACHADO/DEU AO MACHADO?
    Quanto à questão da supremacia do contato físico, do cheiro e das carícias em relação aos encontros (ou sexo) virtuais, o que você coloca como critério para comparação são parâmetros incompatíveis: mundo presencial (sensações a partir dos sentidos --> matéria); mundo virtual (sensações a partir do intelecto [e que podem, inclusive, se estenderem ao corpo físico] --> abstrações). Ambas são formas de conhecer, experimentar, já dizia Platão.
    Concluindo, se o princípio do vício é o hábito, este será, com certeza, o princípio da virtude, também, pois não existiria virtude ou vício sem ação. O problema volta, então, para a questão do USO.

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  45. A única coisa que acredito que posso acrescentar a mais é que não acho certo colocar o capitalismo como culpado de tudo... Tudo que é ruim é culpa do capitalismo, respeito as opiniões dos sutores a respeito da secregação mas coloco que isto talvez não seja culpa apenas do sistema que somos inseridos, acredito que é natural do ser humano a individualidade, e na maioria das vezes está individualidade tende para um egocentrismo e ambição exagerados, o que culmina em preconceitos e segregação, então não acho certo culpar o capitalismo por isso, melhor culpar o modo com que os humanos lidam com os semelhantes, eu faço parte dos adéptos das idéis do Maquiavel, onde o homel é mau por natureza, quem sabe meu comentário não seja um pouco tendencioso...

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  46. "Acrescentar a mais..."
    "segregação"
    cuidados são necessários, não sou contra a uma nova forma de linguagem que se adeque aos meios, p. ex. usar vc ou tb, pode ser bastante útil neste novo tempo que utilizamos, mas cuidado com a grafia e acentuação. Pontuação, mais ainda. Não a que conhecemos, ou melhor, como conhecemos, mas como a utilizaremos para minimizar os ruídos. NÃO QUE EU NÃO COMETA ERROS, ESTAMOS TODOS APTOS A ISSO - e que bom! SOMOS HUMANOS!! Aprendemos, melhor ainda. Mas cuidados são necessários.

    Qto a sua discordância, podemos aprofundá-la, sem dúvida. Mas embasando-nos em quem? Maquiavel e Hobbes (de maneiras distintas veem essa natureza ruim do homem numa outra perspectiva, NÃO DO PONTO DE VISTA DO INDIVIDUALISMO, mas da questão instintiva do PODER, do ter, do possuir - que só pode se manifestar na interação, ou seja sem a diferença, como alguém pode se sentir melhor ou pior? Instinto e individualismo, são então, coisas distintas.

    Assim, não contrariando Rousseau (nesta questão, apenas), nem defendendo os clássicos citados (também apenas nesta questão), não vejo como o sistema no qual vivemos não ser o responsável primeiro por essa condição - que, claro, é alimentada, mantida e possibilitada por nós, seus manipuladores.

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  47. Essa necessidade de comunicação e convivência com seres serve como catalisador para busca de comunicação. Os significativos avanços tecnológicos das comunicações permitem que as pessoas estejam em contato permanente com familiares ou profissionais que desejam contatar. Percebe-se que a comunicação é uma necessidade intrínseca do homem. Esse mesmo avanço da tecnologia tem também proporcionado a (re-)criação de mundos virtuais a partir do real e tem sido cada vez maior a quantidade de pessoas que interagem com o mundo virtual. Esse artigo explora o porquê do mundo virtual e aponta necessidades de inclusão digital para que toda sociedade possa se beneficiar deste recurso. O virtual é bom para aqueles que estão distantes (em outras cidades e países) de amigos ou familiares assim como de profissionais, pois a Internet e redes de telecomunicações aproximam essas pessoas, permitindo-lhe a comunicação. Note o quanto a comunicação virtual proporciona aos usuários, ela tem o poder de aproximar as pessoas. E isso é muito válido desde que seja benéfico ao usar. Tudo tem seu lado bom e ruim então depende de como se usa.

    Por outro lado, vale observar que virtual é tudo que susceptível de ser real, de se concretizar, mas não se concretiza. Por exemplo, o beijo e o abraço virtual simplesmente não existem. Não existe o toque, não existe o contato e nada se concretiza. Além disso, o virtual é artificial. No virtual, você vive num mundo do faz de contas.


    O tempo não pára e, portanto, empregar bem o tempo é mais que arte, é sabedoria. A vida é feita de escolhas. Você faz suas escolhas e suas escolhas fazem você. Portanto, é preciso escolher bem como vamos dedicar nosso tempo, seja no mundo real ou virtual.

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  48. Ok, professor, confesso que em alguns momentos ainda tenho dificuldades em conseguir estabelecer diferenças na relação tempo-espaço entre virtual e atual, o que, às vezes, acaba por comprometer a análise mais efetiva, sobretudo do virtual, uma vez que não houve um desprendimento de valores e práticas do atual. Tentarei melhorar isso. Obrigado.

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  49. Sexo, afeto e tecnologia tem dado pauta para muitas discussões e estudos sobre o tema.
    Esse debate a respeito de realcionamentos amoros na rede nos leva a refletir sobre uma sociedade que exige competência profissional para trabalhar com as incertezas do mercado e incapaz de tratar de relações afetivas pessoais.
    Essa incapacidade que as pessoas tem de formar vínculos, acabam favorecendo que essas relações sejam substituídas por relações virtuais onde pessoas se conectam, e se desconectam, sem a necessidade de formação de vínculo.
    Mesmo assim, com relações que se iniciam sem o contato físico e visual, a ansiedade não desaparece, apenas se constitui de outra forma.
    Mesmo que a pessoa esteja resguardada das sensações que o vínculo da vida real acarreta, os riscos e a dor permanecem, acrescidos da sensação de vazio e da "ilusão" de que o outro pode estar sempre lá. Porque na rede, a impressão de tempo e espaço não são exata, e muitas vezes, acordar no meio da madrugada, ligar o computador e escrever uma mensagem, cria uma sensação de falsa presença do outro.

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