quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ESPAÇO ABERTO!

CAROS, ESTE EPAÇO FOI ABERTO PARA NOSSAS DÚVIDAS, PERGUNTAS, SUGESTÕES, ETC. ENTÃO, QUALQUER ASSUNTO QUE ACHAREM PERTINENTE SER DISCUTIDO OU COMPARTILHADO VALE A PENA ESTAR PRESENTE AQUI.

15 comentários:

  1. Começo eu, com um e-mail que recebi da Gigi, Cleigiane... Que está querendo apimentar nossas discussões sobre virtualidade, discussões essas que ela, por razões compreensíveis, só participou até então, virtualmente. :)
    Vamos ao e-mail:

    de:Cleigiane de Medeiros Borges
    para:Lins
    data: 27 de agosto de 2009 19:41
    assunto: Dúvida conceitual

    Querido,

    Lendo sobre o conceito da linha tênue que diferencia virtual e atual, Deleuze cita várias vezes a palavra individuação. E exatamente isso que preciso saber, o que é individuação e qual a diferença entre individuação e individualização. Quanto à virtual e atual, acho que tá dando para acompanhar a partir do conceito de ser/existir.

    Beijos

    Atenciosamente,

    Cleigiane de M. Borges

    Minha resposta:

    Minha amiga,
    vc está indo fundo nas suas leituras... isto deixa-me bastante feliz!! Vamos lá!
    Primeiro, ótima referência a questão da comparação SER/EXISTIR e VIRTUAL/ATUAL... Gilles Deleuze fala disso muito claramente.

    Individuação... Aí foi forte!!! Vamos lá, o conceito foi criado por Yung, nosso "suiço complicante", e em linhas gerais, significa o processo pelo qual o indivíduo atinge a sua maturidade de consciência, ou seja, consegue-se liberar daqueles valores e normas impostas pela cultura particular e engaja-se mais com as condutas construídas a partir do "self" (peguei agora o conceito de Freud, pra complicar mais... rsrsrs). Então, a partir daí, analisamos dois pontos: (1) o homem então vai entrar em conflito com seu meio? Para Yung, não, porque ele aprendeu a se adequar a ele, entretanto desses processos de adequação podem surgir (2) os problemas psiquícos (frustração, depressão, neuroses, etc) quando essa adequação exige uma força muito grande para o indivíduo ir contra o seu "self" em detrimento do coletivo.

    Para Individualização, vou pegar um autor mais próximo dos nossos estudos, Nobert Elias. Em A sociedade dos indivíduos, esse autor considera a individualização como um processo resultante da interdependência entre INDIVÍDUOS e SOCIEDADE, a partir das auto-imagens e das imagens atribuidas a esses indivíduos (que, por sua vez constituem grupos, tribos, instituções com habitus próprios e forças ideológicas diluídas no próprio meio social).

    Espero ter ajudado!

    Prof. J. Lins Jr.
    Especialista em Planejamento e Gestão em Educação
    Áreas de Estudo: (Ciber)CULTURA, SEMIÓTICA E ANÁLISE DO DISCURSO

    ResponderExcluir
  2. Tá assim que li, não entendi nada, isso foi a tarde.
    Hoje a noite, achou que deu para entender melhor. Assim a individuação, completamente ligada a cultura, enfim meus valores, etc...
    Individualização é um tipo de sub-cultura?
    Acho que não ficou muito claro ainda.

    ResponderExcluir
  3. Não Kelly, a individualização é exatamente o processo cultural, no qual estamos conectados diretamente ao meio. Norbert Elias, em "A sociedade dos indivíduos", diz que não podemos entender cultura separando INDIVÍDUO de SOCIEDADE, assim, trata-se de uma relação interdependente (veja o post de Andrea, na 1ª questão da prova).
    Individuação, ao contrário, partindo da concepção de Yung, é uma capacidade individual de escolha, adquirida com a consciência, que pode resultar em "reações contrárias ao que é esperado", podendo gerar daí uma ação "ilícita", por exemplo. Ou a supressão dessa individuação, ou seja, a conformação cega aos valores vigentes, pode levar às neuroses. Não se trata, portanto, nem de sub nem de contra-cultura.

    ResponderExcluir
  4. Caros companheiros de jornada nessa viagem que é a cibercultura, na aula 07, do dia 11/09, faremos uma discusão sobre a invasão de privacidade na rede. Para isso, teremos como base uma matéria que saiu recentemente na revista Galileu. O link da matéria é: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG86945-7855-215-1,00-BE MVINDOS+A+GOOGLELANDIA.html


    PS: É importante que todos leiam o texto, para que o debate seja proveitoso.

    Abraço.
    Jaque Amorim

    ResponderExcluir
  5. Achei bastante interessante essa leitura sobre Inteligência Coletiva, por Levy numa entrevista para o portal UOL.
    Já que estamos no ciberespaço, façamos jus e aproveitemos a ferramenta de hipertextualização. Boa leitura!

    Link: http://webinsider.uol.com.br/index.php/2002/09/09/a-inteligencia-coletiva-segundo-pierre-levy/

    ResponderExcluir
  6. Após ter comentado a respeito da 1ª questão da ap1, começei a pensar em uma questão que acho q pode ser interessante discutir. Qual seria a diferença entre um gênio e um visionário? Será que aqueles que são considerados gênios são realmente gênios ou será que foram apenas visionários, ou seja, pessoas que possuiam uma visão avançada para a sua época, capazes de enxergar além das fronteiras de seu tempo?

    ResponderExcluir
  7. Gigi, valeu pela indicação... Quer um tempinho em sala para discussão? Em caso afirmativo, especifique o dia após a aula do dia 11/09.

    Marcus, bom questionamento!! Inclusive, acredito que podemos fazer essa discussão, sim! Para iniciá-la, faço só uma pequena introdução: acredito que a diferença maior vai estar na questão terminológica, se pensarmos "cientificamente", pois até antes de Gardner (com a Teoria das IM - Inteligências Múltiplas), a genialidade estava relacionada ao fator QI. Hoje sabemos que isto se refere muito mais aos processos como nos relacionamos em/com o mundo do que com cálculos lógicos e linguísticos. Então, não teriam sido todos os "gênios" visionários? (Ou algum deles saiu de uma "lâmpada mágica" e fez coisas IMPOSSÌVEIS de serem realizadas por outros?)

    ResponderExcluir
  8. Olha Prof.. vou ser bem sincera:assim que li os termos INDIVIDUAÇÃO e INDIVIDUALIZAÇÃO imaginei que fossem conceitos um pouco parecidos, se não idênticos.
    Pelo que entendi a Individuação seria uma espécie de um sujeito que, apesar de ter crescido em meio aos valores impostos pela sociedade, ele consegue se "desprender" a partir do momento em que atinge sua maturidade. A partir disso,volta-se para o seu "Eu". Já a Individualização, que se
    trata da "interdependência entre INDIVÍDUOS E SOCIEDADES", a relação entre eles permanece após a maturidade. Lins, está correto meu entendimento? (Desculpe, caso tenha falado bobagens.)

    ResponderExcluir
  9. Karina e-mail:karina.sara@hotmail.com Assim como o Ciberespaço não pode ser totalmente homogêneo, pois a sociedade é complexa e vive sempre de forma intensa. Então como explicar o fluxo e o olhar mágico? E como criar uma noção de historicidade que não existe na oralidade? Pois pelo que pude entender, não dá para o ser humano conviver e lidar com essas diferenças no seu dia-a-dia de forma fácil e prática, afinal vivemos numa sociedade que está sempre mudando e evoluindo.

    Como me explica isso, para que fique entendido de maneira clara e objetiva, Lins?

    ResponderExcluir
  10. Fluxo e olhar mágico ==> próprios de uma era caótica, onde não prevalecia a razão, e sim a mitologia. As explicações vinham por associações a fenômenos da natureza.
    A abstração que a autora fala é o surgimento da razão, com a experiência filosófica... O início da era acadêmica.
    Historicidade surge com a escrita. Por que? Ora, antes, a palavra falada se perdia com o tempo, não havia registro. História = registro. As mudanças sociais são registradas, por isso percebemos o presente e o passado... E podemos arriscar palpites sobre o futuro.
    O ciberespaço está em constante mudança, mudanças que se constituem a partir das trocas entre usuários, assim valores são, o tempo todo, desconstruídos e reconstruidos, pois os usuários nem sempre são os mesmos. Assim, a voz de um passa a ser as muitas vozes de vários.
    Espero ter respondido suas 3 colocações!

    ResponderExcluir
  11. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  12. Roberta, desculpe-me por não postar sua resposta na sequência dos comentários! Me passei rsrsrs!
    Sim, vc está absolutamente certa! Parabéns pela conclusão!

    ResponderExcluir
  13. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  14. Então, se vc retira os "mestres virtuais", mantendo o ciberespaço, onde fica a transmissão de informações? Porque há interação, ainda que não fisicamente (pelo menos, como conhecemos até hoje), mas as trocas são feitas: em tempo e espaços não-atuais. Percebe?
    Ser autodidata não anula, em hipótese alguma a relação necessária entre os seres humanos, seja qual for a circunstância - PRECISAMOS, SIM, RESSIGNIFICAR NOSSOS CONCEITOS PARA, ENTÃO, UTILIZÁ-LOS NUMA OUTRA REALIDADE - que muitos insistem em ver como futurista, ou pior, fictícia.
    Mas a discussão é válida! E está aberta!
    Abs.

    ResponderExcluir
  15. Legal o comentário (e a poesia) da "Cris" e da "Liv", segundo o post abaixo:

    KeLLy__ disse...
    Poxa Lins, adorei esses últimos textos, inclusive o do Ferréz, carambra muito bom. Adorei o blog dele, eu não conhecia =( Obrigada por me mostrar. =)
    Aaaa... sei que é besta, mas no meu blog tem uma suuuuuuuuper pequena poesia para você! Feita por mim e a Livinha! kkkkkkkkkk... Abraços!
    2 de Outubro de 2009 12:36

    Segue o link do blog das meninas para vcs acompanharem:
    http://porissojornalistaprecisadediploma.blogspot.com/

    ResponderExcluir