sexta-feira, 21 de agosto de 2009

120, 150, 200km/h (siga o link, ouça, reflita!)

Caros alunos,
esta postagem, de caráter nitidamente pessoal, reflete um profundo conhecimento do pensamento de Pierre Levy, que será o foco de nossa próxima aula. Assim, esta semana, faremos algo diferente! Não serão os 3 primeiros a postar que ganharão 0,5. Mas aqui segue a primeira questão de nossa AP1, no valor de 2,0 (data de fechamento das postagens: 04/09/2009).
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Questão: O texto abaixo, retirado de um site da interenet, discute as noções de tempo-espaço e identidade no ciberespaço. Facilitei chaves de leitura, destacando algumas partes essenciais do texto, bastante discutidas na aula de ontem. Cada um de vocês deve postar um comentário, tematizando uma (ou mais) dessas chaves de leitura. Única exigência: escrevam seus comentários embasados nos textos disponibilizados. Repito: a correção levará em conta a sitematização e organização do CONHECIMENTO, mais do que as referências. _____________________________________________
CIBERESPAÇO, ESPAÇO CIBERNÉTICO, ESPAÇO VIRTUAL, ESPAÇO SIDERAL, DESIDERIUM, DESEJO...
por Joelma Chisté Linhares
...Começo a formular minha questão evocando o tempo. Em um carro a 40 Km/h já não conseguimos mais acompanhar as listras que demarcam a estrada. A velocidade com que avançam as descobertas tecnológicas produzem o sentimento de um tempo acelerado. Temos a nítida impressão que tudo acontece rápido demais e nos sentimos muitas vezes vagarosos para acompanhar este ritmo frenético, o que parece ser o primeiro sintoma, um indício das mudanças que estão se encaminhando. Diz um ditado popular que há tempo de plantar e tempo de colher. Talvez em tempos de um tempo online, esta diferenciação já não mais exista e, enquanto estou eu aqui, digitando este texto, exista um outro – e provavelmente o há – que tido esta mesma idéia já a tenha colocado na tela (eu ia dizer papel...) ou, então, neste mesmo momento em que tu lês o meu texto, ele já tenha se tornado um outro pelos efeitos que estas poucas e pretensiosas linhas podem ter te produzido. A velocidade desenfreada surge como prenúncio da virtualização do homem.
As nov@s tecnologias ditam a direção do ciberespaço e apontam para uma nova era cujas implicações na subjetividade humana pretendo levantar aqui. Estamos diante da virtualidade, da virtualização, do que é virtual, do que é e do que não é ao mesmo tempo, do nada e do tudo. Estamos diante das potencialidades de atualização. O virtual , por um lado, representa o novo, o desconhecido, um jogo de forças atuando no sentido de criar um nível de tensão X que provoque uma simulação, uma individuação. Por outro lado, este novo, quando tornado conhecido, desvela e introduz uma lógica que repete a experiência deste novo, porque ele mesmo funciona de acordo com uma lógica da desterritorialização, do devir, do processo: a lógica da virtualização. Podemos dizer que o virtual se apresenta como uma experiência de metaestabilidade e, ao mesmo tempo, é a própria metaestabilidade. O fim das certezas absolutas, o fim dos territórios demarcados, agora, tudo se resume ao espaço.
A comunicação entre os humanos é o que permite ao homem tornar-se cidadão. É através das diversas formas de linguagem que o homem consegue se organizar em sociedade, estabelecendo leis de convivência, firmando e transmitindo valores e conhecimentos. Tomemos, então, as técnicas de comunicação utilizadas pelo homem para entendermos a relação que este vem estabelecendo com o mundo e a nova relação que se delineia.
Podemos situar, historicamente, quatro níveis: o oral, o escrito , os meios de comunicação de massa e o que advém com a infovia, com a rede da informação. A oralidade, a forma de mediação entre os humanos que dispensava a escrita, tinha um caráter essencialmente democrático. Todos tinham sua vez como agentes transformadores. O conhecimento se constituía como um processo de vir a ser, na medida em que não havia forma de perpetuar a palavra falada. Quando nos dispomos a atualizar alguma idéia e usamos palavras para isso, não mais estamos falando sobre a coisa em si. A coisa é, como dizemos, re-produzida, produzida novamente, é re-inventada. Tudo estava centrado na enunciação, no ato presente e, sobretudo, na memória. Havia, pois, uma relação com a desterritorialização, com o fluxo e a simulação num nível mais ligado à concretude e ao pensamento mítico.
Com o advento da escrita no século V a.C., surgem novas formas de se relacionar com o mundo, novas formas de habitá-lo. A palavra passa a ser registrada. Substitui-se o fluxo e o olhar mágico em prol de um entendimento mais realístico guiado pela abstração. O que foi dito, já não pode mais ser desdito. A palavra impressa não se apaga e isso repercute profundamente na forma do homem de existir. Os escritos se separam do tempo e do espaço, criando uma noção de historicidade que não existia na oralidade.
Por ser essencialmente um ato individual, a escrita tem o poder de distanciar as pessoas do saber, elitizando e mumificando o conhecimento. Sustenta a busca pela universalidade, pelo objetivo, tornando-se estática. Quantas vezes, ainda hoje, em uma aula inaugural, ao nos defrontarmos com o autor de um livro que figura no programa de alguma disciplina, não nos vemos atônitos diante da percepção de um homem ou uma mulher que caminha, fala e se engasga como qualquer mortal? O autor de um livro, o pensador de uma idéia, pelo distanciamento que a escrita provoca, é elevado à posição de uma entidade superior e suporta um saber inquestionável. Um exemplo disso é o Caso Dora, escrito por Freud , que com todos os seus enganos e exageros foi usado durante anos no meio acadêmico para a formação de psicanalistas e só recebeu uma crítica adequada e à altura após cinqüenta e seis anos de publicado.
Digamos, então, esforçando-nos para não cairmos em reducionismo e sem deixar de considerar a enorme contribuição desta evolução para a humanidade, que a era da palavra escrita aponta para um paradigma onde o modo de existir é predominantemente cristalizado, que se define pela ocupação de lugares determinados. É evidente que quando falamos na era da escrita e num modo de existir sedentário que a acompanha e lhe diz respeito, estamos fazendo uso de um modelo para explicar algo que, na verdade, além de ter sido fundamental, é determinado pela conjunção de múltiplos fatores.
Esta subjetividade que está em questão é uma subjetividade produzida pelos meios de produção capitalística, é o que Guatarri (1993) chama de máquina produtora de subjetividade industrializada. Já começamos a transitar aqui, no âmbito dos meios de comunicação de massa eletrônicos, onde a mídia – como um suporte tecno-intelectual da linguagem humana – é o grande instrumento de produção de desejo com seus modelos perfeitos de sucesso e felicidade. E na mesma medida em que gera desejo, se oferece como capaz de preencher os buracos que cria, destituindo o homem da possibilidade de fazer seu próprio caminho. Parece que em todas as direções encontramos lugares a serem ocupados. O jovem que só se sente aceito por calçar determinada marca de tênis, o leitor que é incapaz de produzir diferenças através do que lê, fazendo suas as palavras do escritor, ou aquele que é incapaz de enunciar a quem interesse suas críticas, o que acaba tendo o mesmo efeito.
Os meios de comunicação de massa, ao contrário do que acontecia na oralidade e na era da escrita, alcançam em tempo real um contingente imenso de indivíduos. Além disso, como externalizações das percepções humanas (televisão como um olho coletivo e o rádio como um ouvido coletivo), propagam interpretações parciais sustentadas em interesses bem definidos como se fossem verdades absolutas. A falta de exposição na mídia de outras posições que façam frente a este olhar parcial permite que ele seja captado sem nenhuma crítica como único possível, criando uma hegemonia, uma homogenização alienada, presa, territorializada. Temos aqui, como afirma Cândido(1999), a subjetividade passiva oriunda de um sistema de comunicação violador, intruso, unidirecional. O ápice da territorialização.
E, de repente, estamos nós perante a máquina... e pela máquina, perante a Internet, que não é nem a oralidade, nem a escrita, nem a televisão ou o rádio, nem o simples resultado do complemento destes suportes de comunicação. Sons, palavras e imagens num universo virtual. Ciberespaço, espaço cibernético, espaço virtual, espaço sideral, desiderium, desejo...
Vislumbramos uma nova relação com o mundo, com a cultura, com o conhecimento. O virtual, como escreve Lévy (1996), não se presta como contraponto ao real, de onde se conclui que o virtual não significa fora da realidade, como muitos apregoam. O virtual, por outro lado, se contrapõe ao atual, sendo que este não mantém uma relação de determinação com aquele. Isso quer dizer que uma atualização não nos leva de volta à virtualização que a gerou, ao contrário da relação do real com seu contraponto, o possível, que mantém uma relação de causa e efeito perfeitamente reversível, num processo linear, pré-determinado e, por isso, previsível.
A atualização é sempre inédita, inventiva e se constitui como território, em termos de uma resposta a um problema anterior. Virtualizar significa dissolver algo que se apresenta como atualização em um universo de diferenças. É sair da presença, é abandonar o território.
Significa potencializar esta atualização, no sentido de inscrevê-la em um todo maior, colocar nela uma interrogação que a faça tornar-se parte de um complexo problemático superior, o que levará, num espiral infinito, a novas atualizações e novas virtualizações. Este é um processo profundamente criativo cujos resultados surgem do inusitado jogo entre diferenças.
O texto digital constitui o protótipo da virtualização. O papel que podia amarelar-se com o passar dos tempos, a letra escrita à mão, a pressão no papel... Os significantes que habitavam o texto escrito perdem lugar. Na tela, eles são filtrados, substiuídos por outros significantes nada palpáveis. Um tipo de letra, uma imagem, um áudio, um texto formatado que me dirá deste outro tudo aquilo que posso construir a partir da rede de símbolos que me é transmitida. De concreto, só a máquina.
O primeiro indício da virtualização é a sensação de desassossego que sentimos frente às constantes mudanças. A velocidade do sistema online torna o tempo para tudo mais estreito. A rapidez com que uma idéia se atualiza e é substituída por outra, parece ser a mesma que faz com que tenhamos que nos reconstruir dia a dia. Se virtualizar-se é sair da presença, a velocidade é, então, um ingrediente efetivamente importante. Reflete claramente a descartabilidade das coisas no mundo atual.
De outra forma, como relata Lévy (1996), já percebemos a virtualização da sociedade nas novas tecnologias da comunicação, do transporte, da medicina, da economia e da política, repercutindo em uma subjetividade que prima pela mobilidade, que transita pelo diferente. A Internet, o enorme mercado do turismo, os transplantes de órgãos, as plásticas estéticas, o esporte em alta, o mercado do conhecimento e da informação... reflexos de uma virtualização que ainda entra em choque com um tipo de subjetividade que reluta, hesitante, em deixar o velho território, uma subjetividade às vezes saudosista, que teme correr riscos, uma subjetividade da propriedade privada. A subjetividade virtualizada se desprende da identidade, pois, apesar de se atualizar – que significa exatamente construir território, o que também é essencial – não mais se satisfaz em agarrar-se a ele. Está o tempo todo se deixando tocar pelo fluxo de forças que vibram constantemente em todos os sentidos. Uma subjetividade ativa, atuante, participativa, móvel, que ama a tempestade, a deseja e a provoca. O ciberespaço é o habitat do desejante.

72 comentários:

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  2. Sabemos que a troca de informações entre os humanos faz com que nos tornamos cidadões, nos organizando em sociedade. Toda convivência se base nas técnicas de comunicação, tendo elas quatros níveis: a oral, o escrito, os meios de comunicação em massa e informática. A oralidade tem um caráter popular, onde todos poderiam ser agentes transformadores, o fato é que não tinha como perpetuar a palavra falada, ou seja, estava centrada no ato presente. Já com vinda da escrita o que foi dito não mais poderia ser desdito, o tempo e o espaço já não mais precisa ser o presente. Baseada na escrita surge as "máquinas produtora de subjetividade industrializada"(Guatarri), ou seja, os meios de comunicação de massa, onde a mídia se torna o suporte humano, a partir deles se tem a inteligência, felicidade, sucesso, etc. O meio em que nos conduz a sentir desejos e ao mesmo tempo nos oferece. "Parece que todas as direções encontramos lugares a serem ocupados", todas essas direções só são apontadas, pois a mídia sabe que tem como oferecer o local, passando a ideia ao homem de que ele próprio faz seu caminho. Diferente dos outros níveis, a comunicação de massa atinge em tempo real milhares de invivíduos. Não devemos esquecer de que esses meios são prolongamentos humanos, ou seja, a televisão são nossos olhos e o rádio como nossos ouvidos. E agora temos a internet como nossa consciência, que nos permite ter uma nova visão do mundo, da cultura e o conhecimento. E diferente do que muitos pensam, o virtual não está fora da realidade. Deixamos claro que real é o fato e o virtual é a prática, ou seja, tudo o que podemos fazer no real podemos também fazer no virtual, mas em forma de representação. A internet é um meio que nos permite criar nossos próprios espaços, nossa própria identidade, onde podemos participar.

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  3. 1 É destacada a questão do novo. É preciso repensar essa palavra tão desgastada. Na internet o novo é tão constante que não se aplica mais, em certos casos, ao ineditismo. A cultura musical, p. ex., o que é novo na internet? A Feira da Música de Fortaleza, edição 2009, revelou um sem número de bandas cujo som é o menos “novidade” possível. O conteúdo compartilhado, assunto básico das conversas do evento, mostra a míríade de sons calcados em uma mistura já conhecida: sons antigos com produção hi-tech, ou música eletrônica com samples de bossa nova. O novo, na internet, é aplicável não apenas a novos tipos de relações, mas também às ferramentas e aos meios de produção dessas relações. Continuando com a música como exemplo, existem ferramentas que permitem a edição online de vídeo e música em redes sociais, e a linkagem de objetos entre sites. Apesar de nem sempre com o inédito da obra, mas com o inédito da forma de produção e interação, a criação do novo se torna cada vez mais disponível para todos.
    2 Outro ponto relacionado ao novo é a individualidade. A autora afirma que a atualização gerada pela virtualização não nos leva de volta à virtualização original. A escrita possibilitou o registro da palavra. O sentido do escrito está em nós mesmos, no contexto histórico, no tipo de narrativa e registro utilizado. Na internet, o tipo de registro tem ascendência sobre os outros fatores. Qual tipo de registro? O modificável, ou expandível. A Wikipedia,p.ex., permite que leitores adicionem conteúdo. **
    3 Esse tipo de registro do pensamento já é um passo adiante. Antes, era possível criar uma representação de nós mesmos. Agora essa representação é modificável – o eu coletivo. Para os antropólogos, a cultura não é um molde, uma fôrma, mas um conjunto de regras sobre o qual se podem jogar infinitas partidas e criar infinitos símbolos *. Aqui temos um ponto negativo: a perspectiva simbólica da cultura é anabolizada. Existem padrões de comportamento e linguagem, claro, mas a própria natureza da rede, e do contexto em que esta se insere, permitem uma recriação infinita E constante de símbolos, ícones e afins. Não se trata, nessa perspectiva, de discutir individualidade e coletividade,de individualismo ou de tribos segregacionistas, mas de um moto-perpétuo criativo que pode exaurir, não a criatividade humana,mas outros aspectos psicológicos importantes para a interação com o grupo e consigo mesmo.
    4 Encontramos também um efeito positivo: há um filósofo inglês, não lembro o nome (pesquisei na Superabril.com.br ,mas não encontrei), que tem uma teoria interessante sobre mente expandida. Para ele os utensílios são parte da nossa mente. A cibercultura trouxe o mundo das idéias para mais próximo de mais pessoas, que passaram a perceber o mundo – tanto o virtual como o real - como um conjunto de ferramentas. Pode ser um caminho para mudanças inimagináveis .
    5 Mas há outra vertente que podemos explorar. Redes sociais fornecem aplicativos de código aberto. O visitante do site Exemplo.com, provedor da rede social, captura nesta o código de um agregador de notícias, modifica e coloca em seu próprio site. É uma nova relação, que talvez não interesse à disciplina, mas que é importante citar: O usuário se tornando parceiro de criação.
    *Fleury, Maria Tereza L., Estória, Mitos, Heróis – Cultura
    Organizacional e Relações de Trabalho
    ** um autor interessante para ler, sobre a relação homem-tecnologia,é Arturo Escobar, que cita a existência de uma cibercultura antes do ciberespaço.

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  4. Para mim nesse momento, será um tanto difícl manter um nível de discussão igual ao do restante da turma, levando em consideração, que ainda não consegui participar dos debates em sala.
    Mas vamos lá... baseada nos textos que li sobre noções de tempo-espaço e identidade no ciberespaço, pude perceber alguns pontos que penso ser merecedores de destaque.
    Falando em cybercultura, questões como a correlação contemporânea entre as categorias sociedade, cultura e natureza, baseados no pensamento de Morin, em que a realidade é compreendida de forma hologramática - a cultura está nas pessoas, que estão na cultura. Isso independe um tempo imediato, ou de um plano real exato, porque a socialização via rede, cria passagens dimensioanis, que independem de localização geográfica e temporal.

    Por ser um conjunto de técnicas materiais e intelectuais, de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem nesse espaço, a cybercultura proporciona um desenvolvimento moral e social, dentro de um cyberespaço ilimitado, que regem suas relações a ponto de construir uma cultura própria deste espaço.

    Pierr Levy diz que as redes de computadores não substituem os encontros físicos, mas os completam e adicionam. Os grupos só se interessam em constituir-se como comunidade virtual para aproximar-se do ideal coletivo inteligente de forma mais rápida e ser mais capaz de aprender e inventar a fim de atingir a inteligência coletiva.

    Dessa forma entao, me parece impossivel não dizer que o progresso das novas tecnologias tem gerado transformações socioculturais, que de alguma forma estabelecem algum tipo de vínculo com a ação do sujeito contemporâneo. Para reafirmar isso, cito uma definição de Wellman que diz que
    "a Rede é a Rede: transcende a distância, costuma ter natureza assíncrona, combina a rápida disseminação da comunicação de massa com a penetração da comunicação pessoal, e permitem afiliações em múltiplas comunidades parciais."

    Através da socialização adquirimos capacidade de desempenhar papéis, de partilhar um sistema simbólico de significados ou códigos culturais, de construção de identidade e auto-imagem.

    Como diz a autora, no inicio do nosso texto de estudo, a comunicação entre os humanos é o que permite ao homem tornar-se cidadão.

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  5. Putz! Começamos bem!!! Vamos lá! Que esses comentários sejam tomados como uma proposta prática de compreensão do conceito de autoria, partindo de uma perspectiva maiêutica (socrática), até as discussões mais recentes sobre os registros no ciberespaço. Assim, pontuações devem ser vistas como o que sempre foram - REFLEXÕES - e não, imposições academicamente herméticas, herdadas de uma tradição sempre hegemônica!
    Kelly, mais uma vez, parabéns! Você sempre na dianteira, dando o primeiro passo. Isso é muito bom, confesso que gosto. Sua resposta está coerente com a discussão, sim. Mas eu percebo uma pequena "fuga" de objetividade apenas, ou seja, você retomou conceitos mas não centrou a sua discussão no que pretendia realmente dizer, dá uma olhada nisso, acredito que você conseguirá deixar mais clara a RIQUEZA de seu texto! O seu último parágrafo é, simplesmente, brilhante. E remete-nos ao "NOSSO ERRO" de tentar reproduzir em outros processos - no caso, o virtual - os mesmos valores vigentes no processo atual. Novos meios necessitam novas interpretações - Cf. o comentário a respeito da postagem de Andrea. (Ah! 1- cidadÃos, ok?, e 2- surgeM as máquinas produtoraS...) :)

    Henrique, é sempre bom, organizar as idéias em tópicos (isso me lembra, inclusive, uma das leituras mais difíceis de minha vida: David Hume)rsrs. A sua colocação sobre o "novo" é muito bem recebida, e mostra que o que vc coloca no ponto 5, é interessante à disciplina, sim! Sugiro, inclusive, que você apresente, na aula "O NASCIMENTO DA CYBERCULTURA", uma síntese do pensamento de Escobar. Algo simples, em 20 minutos! Seria, então, o segundo aluno a trazer um ponto de discussão para o grupo. No ponto 2 (que linka o 1 e o 5), um esclarecimento sobre o binômio modificável/expandível seria interessante. E para melhor compreendê-lo, sugiro que se trace um esboço dos conceitos aristotélicos de essência/atributo e ato/potência, passando pelo conceito de Indústria Cultural (apresentado pela Andrea), até chegar nas discussões de autoria no ciberespaço. Seu ponto 3, TORNA-SE UMA LEITURA OBRIGATÓRIA PARA TODOS OS ALUNOS DA DISCIPLINA, pois pontua reflexões elaboradas em sala. No pornto 4, precisamos ver quem seria esse filosófo, pois me vem dois à mente, Roger Bacon (sec. XIII ou XIV, não estou seguro), que fala sobre a questão econômica e John Lock (sec. XVIII, com certeza), que traz os ideais liberais da instrução para uma sociedade melhor.
    Reparem aqui, que várias possibilidades de hypertexto já apareceram. "Google it!"

    Andrea, para sua justificativa inicial, você está no caminho certo! Sobre a visão de Morin, ela está de acordo com a de Elias, conforme indicação de leitura colocada em sala da obra "A sociedade dos indivíduos". Confira! Sua pontuação sobre INTELIGÊNCIA COLETIVA é fundamental para nossas discussões e deve ser visitada pelo Henrique, a partir das indicações acima. Seu último parágrafo nos direciona à condição de eternos pesquisadores e, na profissão em formação, da necessidade da apropriação de ferramentas e dos processos de conhecimento - e a tecnologia é uma dessas ferramentas, que origina novos processos (e, novas maneiras de compreendê-los - Cf. a questão do "nosso erro", pontuada nas anotações sobre o post de Kelly).

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  6. Somos bombardeados diariamente por um grande numero de informações, a toda hora são descobertas novas tecnologias, é cobrada uma maior interatividade com maior qualidade e velocidade na troca de informações, mas Todos têm acesso de forma igual à tão visada rede? Está o homem preparado para tal revolução tecnológica?

    A oralidade, primeira forma de comunicação humana, não era o suficiente para a perpetuação do conhecimento era necessário mais o surgimento do alfabeto e a palavra escrita foi um grande avanço para que isso acontecesse, mas como a autora afirma isso causou um distanciamento era necessário o feedback a interatividade, foi então que a tecnologia ajudou e muito nesse sentido com o surgimento do rádio depois a televisão e o tão visado mundo globalizado da comunicação em tempo real, a vida virtual chegava acabando com a limitações de tempo e espaço.

    O mundo virtual existe desde que o homem passou a falar e a trocar pensamentos o surgimento da REDE foi o que “concretizou” o virtual trouxe um novo mundo de possibilidades como a educação a distancia, lazer e principalmente surgimento das redes sociais, pois como a autora afirma A comunicação entre os humanos é o que permite ao homem tornar-se cidadão, e o que seria do virtual se não fosse o homem para interagir, a vida no mundo virtual trouxe muitos questionamentos, como um colega afirmou em discussão em sala falta o calor nas relações, são muitos os críticos que afirmam que a internet distância as pessoas, Mark slouka é um crítico ferrenho com relação ao uso do computador afirmando que a vida online não passa de uma fuga da vida real. Embora existam muitos críticos sobre a vida virtual mais ainda são os entusiastas dessa “nova” era na comunicação.


    O computador é um importante elemento para o desenvolvimento sociocultural do homem possibilitando viagens aos mais diferentes lugares, hoje podemos conversar com varias pessoas de diferentes lugares ao mesmo tempo, na REDE todos têm espaço, mas embora a internet ofereça infinitas possibilidades nem todos têm acesso a essa arma tecnológica, de acordo com pesquisa feita pelo de instituto brasileiro de geografia e estatística em 2007 o uso da internet esta 20,2%, 11,4 milhões dos lares Brasileiros, número ainda muito pequeno, podemos constatar que o mundo virtual, através da rede mundial de computadores, ainda não é de conhecimento e domínio de todos os brasileiros fica visível a desleal relação da inclusão digital no país.
    Eveline Carvalho

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  7. Eveline, bom comentário! Gostei de sua visão sobre a "concretização" do virtual... Polêmica! 20% de usuários na rede!!!! Você foi no cerne de nossas discussões! Como podemos falar em conhecimento, acesso a pesquisa e dados comprobatórios sobre a utilização da virtualidade oferecida pelo ciberespaço, se menos de 1/4 de nosso país não está inserido nessa realidade? Talvez, daí, o comentário em sala sobre a "falta de calor humano" no mundo virtual, não pelo contato físico propriamente dito, mas pelo número de pessoas envolvidas no processo.

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  8. Antes de mais nada queria felicitar o prof. Lins pois o tema não podia ser mais atual , pois hoje em dia a tecnologia esta tão integrada na nossa vida que nossos conceitos de convívio social, de liberdade e de espaço precisam ser redefinidos . Contemporaneamente presenciamos a substituição da conversa com o vizinho sendo substituída pela videoconferência em um chat , nano – tecnologia prolonga e aumenta a nossa qualidade de vida , dessa forma podemos concluir que a tecnologia atualmente não é usada apenas pelo homem , mas ela esta presente no aspeto fisico e tambem no aspeto psicologico humano , pensamos de forma mecanica , resultado da sociedade tecnologica e produtiva que estamos inseridos nela . È a era do “hi-tech” substituindo o que antigamente algums autores chamariam de era “hi-touch” , a tecnologia esta facilitando a comunicação mas ela esta incorporando e recriando nossos conceitos , a ideia da virtualização e de um mundo cibernético foi utilizada pela primeira vez em 1948 por Norbert Wiener em seu livro Cybernetics onde ele retratava um mundo onde as tecnologias controlavam a comunicação , os humanos e os animais , podemos concluir então que o virtual , virtualização e a atualização não nasceu com a descoberta do computador e da internet , pelo contrario só veio efetivar um processo que já estava em andamento. Esse processo que tomei a liberdade de denominar de “capitalismo tecnológico”que é o que presenciamos no nosso dia-a-dia ,as idéias de consumo e de atualização se assemelham com o contraponto entre Virtual e Atual , vivemos em uma eterna busca por uma “satisfação virtual” que a sociedade de consumo nos impõe para que não nos sentimos desatualizados e no momento que esse virtual se torna concreto e tangível , retomamos ao inicio e estabelecemos (ou pensamos estabelecer ,pois quem dita o que consumimos não somos nós é a sociedade de consumo) uma nova busca por novas virtualizações e atualizações , um processo infindo que percorremos para que não nos sentirmos “excluídos” . Em poucas palavras posso definir a virtualização como sendo a potencialização de uma atualização . Munido da liberdade , do poder de criação e reecriação de conhecimento que o mundo digital , isso so possivel devido a minha inclusão na web 2.0 que contrariamente a era da comunicação escrita onde não tínhamos o poder de criar mas sim só reproduzíamos as idéias de outros autores , atrevo-me a comparar a Virtualização , a ideia de um cartão de credito onde a concretude da realidade se materializa ao fazermos o saque em dinheiro de um caixa eletrônico para fazermos uma compra , ao contrario do que acontece quando fazemos a compra com o cartão de credito de forma que nunca vemos o dinheiro ,ou pegamos nele ,mas que de certa forma materializa naquilo que adquirimos , em ambos os casos o cartão de credito é virtual pois o dinheiro tem de ser devolvido ao banco , e o processo e cíclico a par do que acontece com a virtualização onde nada é palpavel ,nada é realmente nosso , tudo esta "estocado" e uma rede de simbolos que o que realmente nos pertence é a maquina apenas.

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  9. A comunicação virtual é um elemento de um processo que abrange toda a vida social: “Um movimento geral de virtualização afeta hoje não apenas a informação e a comunicação mas também os corpos, o funcionamento econômico , os quadros coletivos da sensibilidade ou o exercício da inteligência. A virtualização atinge mesmo as modalidades do estar junto, a constituição do “nós”: comunidades virtuais, empresas virtuais, democracia virtual... Embora a digitalização das mensagens e a extensão do ciberespaço desempenhem um papel capital na mutação em curso, trata-se de uma onda de fundo que ultrapassa amplamente a informatização.”(Pierre Lévy)
    O mesmo rejeita a polarização virtual/real, trabalhando com a diferenciação entre o real e o possível e entre o atual e o virtual.

    Em relação a virtualização da sociedade nas novas tecnologias, no inicio dos tempos da comunicação, havia uma pluralidade de sociedades, de cultura oral, vivendo fechadas em si mesmas. Com a escrita e, em seguida, com a imprensa, abriu-se uma nova perspectiva, universal, de comunicação e difusão de conhecimentos.
    Atualmente, com a cibercultura, conseguimos atingir a universalidade e a diversidade de comunidades, com pontos de vista por vezes desiguais e conflitantes. Com a virtualização e a globalização da sociedade, o processo de produção da informação e do conhecimento deixou de ser hierárquico para se tornar interativo.

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  10. Para um começo simples,sobre a virtualização preciso citar e elogiar a infra-estrutura do ciber-espaço. Graças a ele a virtualização não é vista como algo estranho, desconhecido, por uns e outros não. Isto é o proprio virtual ao contrario do que muitos pensam ela não se resume apenas na ilusão ou fantasia. Com ela nasceu um poderoso ser, num circulo de jogo de processo de criação, pode ser tanto de conhecimento, relacionamento, e contribui para poder ampliar uma visão sobre o futuro. Só que a moeda gira em torno de dois lados, constantemente a virtualização é acusada de crise na convivência humana. Mas que crise é essa? A falta de presença fisica ou high touch, ou a demasiada presença do high tech que esta suprindo algumas base da essência humana, que o touch esta perdendo. A virtualização não se resume apenas no campo de relacionamentos, ela esta presente em todos os lados, fechando as brechas que o proprio homem abre. Como os seus desejos, fantasias, conhecimentos. Só que com esse novo mundo esta surgindo uma nova forma de agregar valor e conhecimento atraves da inteligência coletiva como cita o Pierre Lévy. A troca e a cooperação de conhecimentos,ideias,pensamentos ate cura para enfermidade, no seu tempo, no seu canto,com a sua ideia, contribui para elaborar um conhecimento mais profundo. O que estamos presenciando é uma nova forma de cultura, batizada por alguns criticos e teoricos, como a Cibercultura. É a cultura contemporrânea associada a tecnologias digítais,simulação,realidade virtual, que cria este novo processo de relação.
    (LEMOS, 2002:17) explica que as novas tecnologias tornam-se vetores de novas formas de agregação social.Não temos como negar a conexão virtual, esta mais densa entre os individuos. E a carateristica disso é a procura pelo "estar juntos" "reuniões em tribos", como uma marca indiscutivel da socialidade contemporrânea. Fast life que a virtualização oferece encheu todos os campos da cultura moderna, como tambem comunidade virtuais, jogos virtuais e imaginario, tudo que acontece no dia dia e leva a agregação de valor, seja qual for o valor (banal ou
    elite).

    LÉVY " afirma que estamos apenas no início de uma nova etapa de evolução cultural".

    Fast life bring future soon. I guess.

    blessing

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  11. Ôpa! Mais três comentários interessantes aqui... Burgo, sua comparação de HI-TECH x HI-TOUCH (retomada pelo Edson), além de ser propícia para o momento da discussão, retoma colocações que foram feitas na turma da noite, e isso mostra que nossa linguagem está caminhando a bons passos. Outro ponto positivo para você é o fato de ter trazido à tona mais uma referência, Cybernetics (WEINER, 1948), obra não obrigatória para essa disciplina, mas interessante para os interessados na área. Gostei muito da sua ousadia em "capitalismo tecnológico", porém precisa ser melhor desenvolvido como conceito, para não parecer o velho termo conhecido adjetivado pela modernidade, ok? Fechamento brilhante com a comparação do cartão de crédito. Vejo a turma progredir à "virtual leaps".

    Tabatta, parabéns pelo seu resumo do texto, conciso e pontual, mas faltou mais de "você" no texto... Suas idéias. Mas está claro que tem um bom potencial para redatora ou criadora de slogan: sintetiza idéias de maneira lúcida, clara! Objetividade não é para muitos (eu me incluo, nesses muitos, muitas vezs...)
    Entretanto, coloco uma pergunta para você se sentir motivada a responder posteriormente: será mesmo que essa produção de informação e conhecimento a qual você se refere JÁ deixou de ser hierarquizada, ou ela ainda está na esfera da virtualização, com a potencialidade de deixar de ser? Será que para isso acontecer, não somos nós os manipuladores da virtualidade que temos que agir nesse sentido? Então, onde está realmente, a linha que separa atual e virtual.

    Edson, começo retomando que virtual não é APENAS ilusão... Virtual NÃO É ILUSÃO DE MANEIRA NENHUMA! É potência, devir, possibilidade - então não pode ser mensurado nessa perspectiva!
    Rapaz, você coloca aqui um TEMA INÉDITO para um TCC: "a virtualização como processo de solucionar a fragmatação humana causada pelo capitalismo", ou seja a retomada das primeiras comunidades tribais, realizada agora em forma de HI-TECH e não HI-TOUCH. Perfeito! Se alguém se candidatar a desenvolver o tema, podem contar com minha ajuda!
    Finalizo, não menosprezando o comentário de Levy, mas utilizando do mesmo sarcasmo que o próprio autor utiliza com quem diz que virtual é consequência da tecnologia. Essa nova etapa da evolução cultural é óbvia demais para ser colocada com ênfase steven spielberguiana.

    CAROS, APROVEITANDO O FERIADO, E A QUANTIDADE DE ALUNOS QUE POSTARAM ATÉ AGORA, PRORROGO O PRAZO DE POSTAGEM PARA ATÉ 07/09/2009, 23:59.

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  12. Após ler o texto,observei que a autora faz uma comparaçãodo entre o virtual e a oralidade, a partir do momento em que ela afirma que tanto um quanto o outro tem relação com a desterritorialização,não são estático;não são palpáveis mas nem por isso deixam de existir ou ser uma forma de interação entre indivíduos.
    Ela afirma que a partir do momento que nasce a escrita há um rompimento da democracia que havia na oralidade, por que "... o que foi dito,já não pode mais ser desdito."
    Mas e não pode ser discutido ou criticado? A escrita não pode ser o ponto final mas sim o ponto de partida para novas abordagens e estudos sobre determinados assuntos.
    Quando chega ao assunto comunicação de massa vejo novemente a comparação inicial,o que me foi transmitido neste texto foi que o virtual (independente da questão real-irreal) vêm trazer de volta a democracia que foi perdida, se tornar um ESPAÇO onde o indivíduo pode expor seus pensamentos. Neste ponto eu concordo.

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  13. "Vislumbramos uma nova relação com o mundo, com a cultura, com o conhecimento. O virtual, como escreve Lévy (1996), não se presta como contraponto ao real, de onde se conclui que o virtual não significa fora da realidade, como muitos apregoam. O virtual, por outro lado, se contrapõe ao atual, sendo que este não mantém uma relação de determinação com aquele".
    Dentro deste contexto vem a questão sobre o que é real e o que é virtual. O que um tem a ver com o outro. Desde o surgimento da linguegam escrita os acontecimentos chegam de forma rápida. A tecnologia chega de forma acelerada ao ponto de assustar. Somos bombardeados diariamente com informações diversas e mal temos tempo para saber tudo, algo passa, apenas... são tantas informações que não conseguimos guardar todas. Aprendemos muito, não tem como afirmar do contrário. O espaço real deu lugar ao virtual e muitas vezes os dois se confundem. Já não sabemos em qual espaço nos encontramos. Fazemos confidências por meio virtual, vivemos como se ela fosse real. Nos transformamos até, vivemos outra vida que não é exatamente a nossa! Nos comunicamos com mais facilidade e assim, o real já não é o oposto do virtual, os dois passam a ser a mesma coisa, já que um influencia o outro. Um acontecimento no mundo virtual, torna-se real no momento em que reflete na vida real. As fofocas surgidas do virtual agora já interfere na vida real e assim, os prejuízos são reais. Não existe uma lei para julgar esse crime ainda.

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  14. Os Homens utilizam-se da comunica para alimentar a mente de novidade e informações tornando assim capazes de inventar/reinventar. Inicialmente a oralidade era a forma de mediação entre os humanos, não havia forma de perpetuar a palavra tudo estaria centrado na comunicação oral, no presente, na memória das pessoas, com o advento da escrita surgem novas formas de relacionamento no mundo, a oralidade para a ser registrada e o dito não pode ser desdito, cria-se então noção de historicidade, mas pelo fato da escrita ser individual ela distancia as pessoas do saber, elitizando o conhecimento por falta de acesso do publico generalizado, esse distanciamento da escrita elevou a posição de entidade superior o autor de um livro, mas felizmente a Radio e a televisão apareceram como meios de comunicação em massa resolvendo o problema de acesso a informação, diferente do oral e da escrita a comunicação de massa está ao alcança a tempo real muitos indivíduos mas apresenta-se com semelhança a oralidade e a escrita como um sistema de comunicação unidirecional o que era visto como um problema a ser resolvido, as pessoas necessitavam de questionar e criticar as informações recebidas pelos meios de comunicação, o ideal seria transformar esse sistema bidirecional. Graças ao desenvolvimento tecnológico da comunicação o Homem depara-se perante a Internet através do computador, e nos anos 90, web 1.0, a primeira geração de Internet continua sendo unidirecional, por não ser interativo o usuário continua sendo um mero espectador, portanto a web 1.0 era apenas mais um espaço de leitura, ainda o usuário não estava satisfeito, queria deixar de ser um mero telespectador e participar no espetáculo, a web 2.0 surgiu possibilitando a construção coletiva do conhecimento ajudando o homem ter uma nova visão do mundo e da cultura, o homem se virtualizou, sai da presença, abandona o território e passa a comunicar em ciberespaços tridimensionais que estão em constante mudança divido a atualização em um universo de diferenças que geram questionamentos a serem respondidas, passamos a ser muito mais participativos, atuantes e criticos.
    As cartas que passavam messes atravessando oceanos transportando textos escritos perdem lugar para textos digital, utilizando o email que permitiu compor, enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de comunicação que faz tudo acontecer em frações de segundos, a velocidade torna-se efetivamente importante colocando o espaço em segundo plano, o tempo se torna na principal dimensão da vida humana. Precisamos ficar muito atentos porque tudo esta acontecendo muito rapido e na terceira geração da web o computador podera compreender o significado de texto e imagens para advinhar o que queremos, e com todo mundo participando, ganharam importância as ferramentas que permitem encontrar, no meio do caos de informações, aquilo que é relevante para o usuário. O sistema passa a pensar. Portanto tudo se torna cada vez mais rapido e facil. Para onde a humanidade caminha? Será que é para uma vida totalmente virtual? O hi-tech e o hi-touch estão invertendo as suas posições na vida do Homem.
    Por Evandro dos Santos

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  15. Bem Boa Noite a todos!! Gostei muito do texto, achei ele atual e interessante. Descreve muito bem alguns dos acontecimetos que vivenciamos hoje em dia.
    Como a autora bem falou, as novas tecnologias ditam a direção do Ciberespaço. Vamos pensar bem, podemos encotrar novas tecnologias em qualquer lugar. Apesar do Brasil estar um pouco atrasado em relação a paises como Estados Unidos, Japão, Alemanha, Inglaterra entre outros, onde podemos encontrar novas tecnologias em qualquer lugar. Talvez seja uma questão cultural, nesses paises principalmente nos Estados Unidos, pessoas andam nas ruas com os celulares 3G, iPhones, SmarthPhones, iPods, netbooks, entram no ambiente virtual indo para o trabalho, atualizam o twitter, facebook, my space, entre outros. Más também para se manter em contato com familiares, com o patrão que espera seu funcionario impacientemente.
    Más voltando a nossa realidade, podemos afirmar que as novas tecnologias estão chegando ao Brasil bem rápido, pena que não são acessiveis para a maioria da população. Más que brasileiro não tem celular mesmo que seja daqueles baratinhos de 20 reais, ou quem não tem orkut e msn. Todos somos influenciados pelas novas tecnologias.
    Mudando um pouco de assunto, quem ainda hoje envia cartas escritas para os familiares, amigos e etc?? Quase ninguém, poucas pessoas no mundo inteiro. Podemos afirmar que a oralidade e a escrita estão em estinção, não duvido que daqui a uns 10 ou 20 anos, os alunos das escolas primaria estarão aprendendo a escrever com lapís e papel, más também como escrever com os dedos num teclado de computador.
    Sinceramente não vejo problemas nas novas tecnologias, a raça humana sempre se desenvolveu, o ser humano sempre quer coisas novas, quer novidades e a tecnologia sempre responde aos desejos das pessoas.

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  16. Concordo plenamente com a autora quando ela diz que ``as novas tecnologias ditam a direção do Ciberespaço``. Com essas novas tecnologias o internauta passou de mero espectador para peça fundamental do processo midiático, com o desenvolvimento de varias ferramentas hoje é possível qualquer individuo ser uma ``mídia independente``, o Ciberespaço tem dado ainda mais, a oportunidade de pessoas que se dizem comum, terem a oportunidade de expressarem suas angustias, seus pensamentos, seus perfis e etc...
    Por outro lado podemos observar que, na medida em que o Ciberespaço vai dando mais espaço e oportunidades para que as pessoas se comuniquem entre si, através de suas ``mídias independentes``, a oralidade vai sendo deixada de lado. Os relacionamentos interpessoais estão cada vez mais perdendo o seu valor, as pessoas já não se dão o trabalho de expressar suas necessidades se não for na frente da tela de um computador.


    Queria deixar uma questão a parte a ser comentada por você Lins, é o seguinte A internet começou a ser popularizada nos anos 90, porque as pessoas conseguem manusear de forma estupenda as ferramentas da internet como os jogos online, blogs, twiter, facebook, etc... Ferramentas em outros idiomas que seria teoricamente um empecilho os internautas conseguem rapidamente o manuseio da ferramenta. Porque essa mesma facilidade não se aplica quando levamos esse mundo do Ciberespaço para o meio acadêmico, ou seja porque a esmagadora maioria dos internautas não conseguem usar a internet como ferramenta de estudo?

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  17. "O primeiro indício da virtualização é a sensação de desassossego que sentimos frente às constantes mudanças." Realmente, com as inovações nos vários campos se tornando cada vez mais aceleradas, o indivídio tem, pelo menos em algum momento, a sensação de que, por mais informado que ele esteja acerca tanto dos fatos cotidianos como de grandes tendências, sempre as evoluções parecem (e de fato estão) a frente de seu conhecimento. A impressão é a de que uma máquina (ou um sistema) está em desenfreada metamorfose, e o individuo, vendo-se de certa forma passivo e não querendo ser ultrapassado, busca nesse próprio sistema as possíveis soluções que o façam ao menos minimizar a sensação de anacronismo e estranheza frente à ininterrupta inovação. Em uma analogia um tanto quanto exótica, seria como a cobra que oferece a substância para a cura de seu próprio veneno. É aquilo que Levy(1996) vê como uma espécie de retroalimentação com base na idéia de "inteligência coletiva", onde estar interligado com tal inteligência pode dar um certo apoio para estar "forte" diante das transformações, sendo que, por outro lado, é essa mesma troca de experiências e conhecimentos que fomentará o cenário para novas necessidades que, por sua vez, exigirão mais INOVAÇÕES.

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  18. Em tempos de um tempo on line... (desde já o texto me intriga e me desafia!)
    O volume e a amplitude de possibilidades do virtual acelera a(s) vida(s) e com isso temos a sensação atual e virtual de que o tempo diminui. Então, se no real a noção de tempo é simétrica - cada fração de segundo é exatamente igual e exata -, no virtual essa noção é, e pode ser cada vez mais, quebrada a cada momento.
    Eis que nos surge “o fim das certezas absolutas, dos territórios demarcados, agora, tudo se resume ao espaço.” A palavra “espaço” aqui me soa como o oposto do resumo, pois é a própria possibilidade dos desdobramentos, numa relação todos – todos.
    A questão da oralidade foi um dos pontos que mais me chamou a atenção, também pelo fato de eu até então nunca ter feito essa relação, essa comparação e diferenciação. Perceber como a comunicação oral foi absorvida e tão modificada pela TV (principalmente). O falar no âmbito da sociedade é a possibilidade da troca constante de pensamentos, saberes, informações. No entanto, na era da comunicação de massa parece-me que ficamos resumidos ao “faço das suas palavras as minhas” e assim seguimos repetindo modelos. Então, no cyberespaço a escrita assume o papel oral do compartilhamento de universos individuais? Escrita essa que no mundo real é tão “autoritária” quanto a voz dos meios de comunicação de massa”? É genial e sensacional!
    Se a cultura está ligada à individualização, na relação indivíduo e sociedade, penso que podemos dizer que a cybercultura está ligada à individuação, na interação cidadão – comunidade mundial.
    Por fim, prossigo aqui cheia de dúvidas e questionamentos, desejando ampliar essas idéias. Pena que não estarei presente na aula de 04.08, pois o meu trabalho me convocou em tempo atual, mas estarei realmente presente aqui no virtual.

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  19. Mesmo tendo acompanhado as discussões propostas em sala de aula e executado a leitura de alguns dos textos disponíveis, não me sinto apta para tratar de questões referentes ao ciberespaço e a cibercultura.
    Concordo com Kelly em sua citação “...a troca de informações entre os humanos faz com que nos tornamos cidadões, nos organizando em sociedade”. E essa troca de mensagens pode ocorrer de variadas maneiras. Entretanto, falando sobre nossos objetos de estudo, acredito que a questão das novas tecnologias encontra-se além da simples comunicação entre pessoas. O tema vai para a política, a economia, a religião.

    Lembro, agora, os conceitos já discutidos amplamente. Real é o fato e virtual é a prática. Em termos básicos, é uma boa definição. Mas reflito, também, sobre um tema não totalmente efetivado para mim: A fantasia. Ela seria o momento onde o ser humano não consegue fazer distinção entre fato e prática? Ou a fantasia pode ser considerada o momento no qual o ser humano faz o caminho inverso. Sim, pois muitos entram em processo de dependência da máquina, enquanto elo entre real e virtual. Repentinamente, as pessoas pautam suas vidas a partir dos acontecimentos resididos na realidade virtual. Ou seja, é um processo de vício.

    Os limites territoriais vão sendo esquecidos. Mudou-se a noção de oralidade. Não se percebe o mundo e também não se aprende como em tempos passados. As transformações são diversas e em vários níveis de organização e pensamento, torna-se difícil acompanhar. Vejo também as previsões referentes à invasão do virtual na vida cotidiana da maioria da população. É comum escutar “Daqui a uns dias vamos ter um chip no braço como RG...” ou “Em dez anos vamos pagar as contas com a impressão digital...” Certo, são frases caricaturais e por vezes somente piadas. Entretanto, é válido ressaltar o não acompanhamento da humanidade em relação aos avanços. Como afirma SILVA, a tecnologia propõe mudanças, mas é a sociedade que vai fazer uso dessas tecnologias, logo, não se deve ter uma expectativa demasiado elevada quanto à mudança porque a velocidade da mudança social é substancialmente mais lenta que a mudança tecnológica. Considero esse fragmento relevante ao extremo, pois resume algumas questões de nossos debates. Afinal, o homem cria tanto e não desenvolve mecanismos para disponibilizar a tecnologia para todas as camadas da população. E, ainda, a humanidade possui realmente preconceito ao deparar-se com o novo e o imprevisível.

    OBS1: Henrique, onde encontro material de Arturo Escobar? O tio Google não forneceu boas respostas.
    OBS2: SILVA é a autora Lídia Oliveira Silva do texto "A Internet - A geração de um novo espaço antropológico". Este frangmento encontra-se na página 168.

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  20. Ana Lívia..
    O autor cita quatro níveis de comunicaçao: o oral, a forma falada de se expressar, onde todos poderiam dar sua contribuição, sendo que a maneira que essa menssagem fosse passada a diante ela poderia ser modificada retirando assim a sua idéia central. Outra forma seria a escrita, uma maneira de poder registrar o que foi dito ou pensado, só que poucos eram os que sabiam ler e escrever, dificultando assim o acesso à informação e por sua vez a discussão sobre o assunto, para podermos constatar se era mesmo uma verdade e a partir daí chegarmos a uma verdade. Como exemplifica o autor mostrando o caso de Freud, que um de seus temas foi questionado somente vários anos após a publicação.
    Outro nível estabelecido são os meios de comunicação de massa, onde esse meio conseguiu transmitir para um maior número de pessoas e em tempo real, tendo como referência o radio e a televisão. Só que desta forma as informações eram estabelecidas como verdades inquestionáveis o que faziam delas um tanto questionáveis. E o último nível a rede de informações, que nos fornece a internet, que nos dá acesso ao mundo de informações, conhecimento, culturas e a partir daí começamos a interagir com esse espaço virtual que ao mesmo tempo é real, pois nele a velocidade das informações são muito grandes, fazendo com que as idéias, opiniões evoluam ou mudem de rumo, direção e estas influênciam o mundo atual como afirma Lévy, onde a virtualização já interferem na comunicação, tranporte, medicina, economia, política, entre outros setores essenciais a sociedade.

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  21. A convergência das novas mídias faz que com que vejamos que é preciso repensar os conceitos de experiências que o homem tem com o espaço e tempo. As várias possibilidades de produção social no ciberespaço mostram o rizomatismo (Guattari e Deleuze, 1982), ou seja, essa desterritorialização geográfica causada por essas tecnologias permitindo a transposição e criação de novas culturas no ciberepaço. Há uma cultura se firmando fora dos espaços materiais. A idéia de territorialismo que temos no mundo “real” tende a ser ultrapassada, pois o virtual é uma extensão do real visto que, a virtualização é resultado da interação da subjetividade humana com a tecnologia. Isso faz com que a relação do homem com mundo seja alterada, porque a noção de tempo não é mais a mesma, a dinâmica é bem mais acelerada e imediatista. Segundo a análise de Deleuze (1966) da obra de Bergson sobre atual e virtual, a diferença entre ambos encontra-se na linha tênue do ser provocada pelo processo de individuação dessas experiências no ciberepaço. Podemos compreender melhor o conceito de cibercultura através de Levy (1966), quando ele fala que o virtual nada mais é do que uma nova maneira de ser. Isso não significa dizer que a realidade não esteja presente no virtual, nem que sua duração deva ser condizente com a do mundo real, cujas referências foram alteradas. Referindo-se ainda sobre a espaço-temporalização contemporânea, Levy diz:
    "(...) vivemos hoje em dia uma destas épocas limítrofes na qual toda a antiga ordem das representações e dos saberes oscila para dar lugar a imaginários, modos de conhecimento e estilos de regulação social ainda pouco estabilizados" (Levy, 1995: 17)
    Essa abordagem nos leva a uma percepção que contraria algumas formas de sociabilidade defendidas pela escola de Frankfurt, através da cultura de massa que coloca o indivíduo como vítima de um meio, sem poder de decisão, e que agora vemos que a pirâmide foi/é invertida na produção dos produtos culturais no ciberespaço, pois, ao mesmo tempo que o ser virtual consome, ele também produz, havendo assim, uma democratização do conhecimento cultural. De acordo com Levy (1996), o ciberespaço é um meio onde será possível se consolidar a tecnodemocracia, ou seja, uma nova formação política onde a tecnologia da eletrônica tornará viável o desenvolvimento de comunidades inteligentes capazes de se autogerir.

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  22. Ludigardo Oliveira

    “O fim das certezas absolutas, o fim dos territórios demarcados, agora, tudo se resume ao espaço.” As novas tecnologias surgem então para satisfazer os caprichos do Bicho Homem. Tomando como base a tecnologia que usada na construção do Second Life (SL), nota-se que o homem sempre buscou – e continua buscando – a facilidade em sua vida. No programa, há a possibilidade de voar e até de se teletransportar. Então nos lembramos do já muito famoso Star Wars onde esse desejo já era exposto. Embora o homem sempre esteja em busca do MAIS, o NOVO sempre o assusta. E como não falar de novo, em um sistema que se atualiza a cada segundo?
    A verdade é que a internet vem desestruturar a nossa concepção de estruturado. Ela vem por em duvida nossas certezas acima de tudo, romper nossas fronteiras com o resto do mundo.
    Conforme Guatarri (1993), os meios de comunicação de massa passam a inserir conceitos infundados onde o consumo é sagrado e o raciocínio ilógico. É assim quando vemos jovens totalmente equivocadas em busca de uma camisa que custa mais de 30 salários mínimos, só porque elas acham que aquilo é imprescindível para suas existências. O sentimento que tem surgido na juventude é o de rejeição e que para serem aceitos, precisam consumir.
    O que torna essas meias-verdades ainda mais fortes é que não é aberto na mídia espaços para opiniões contrárias. Então o que ela diz é algo ditado e tido como verdade absoluta.

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  23. A virtualização não é nenhuma novidade da tecnologia, sempre existiu. E no meio de tantos avanços tecnológicos e inovações a virtualidade dar-se de formas diferentes mais presentes e mais acessíveis a nós.
    O ciberespaço nos oferece uma gama de facilidades, oportunidades e descobertas. Podemos nos comunicar com pessoas em lugares distantes, resolvemos certos problemas sem sair de casa, assistimos aula on line – a tecnologia a favor da comunicação - como também podemos ter uma vida virtual.
    É possível termos outra identidade no espaço virtual, mesmo que haja isolamento da vida social, no mundo virtual estaremos conectados a outras pessoas e realizando atividades reais.
    A pessoa que procura o espaço cibernético é aquela que está sempre à procura de novidades, de descobertas, de se relacionar com novas pessoas. Trocar informações, cooperar com assuntos de seu conhecimento e interesse, e confrontar pensamentos geram conhecimentos, idéias. Isso é o que Pierre Lévy descreve como a Inteligência Coletiva, possível num espaço cibernético.
    No ciberespaço acontece a liberdade de informação, todos nós somos livres para transmitir informações seja em blogs, twitter, Orkut.. entre outros.
    Como diz André Lemos em Ciber – Cultura – Remix, a cibercultura se caracteriza por três leis: “a liberação do pólo de emissão, o princípio de conexão em rede e a reconfiguração de formatos midiáticos e práticas sociais”.
    Ou seja, “pode tudo na internet”, não somos somente receptores, mas também podemos emitir nosso próprio conteúdo. “O computador é a rede”, basta termos acesso à internet e estamos conectados a qualquer lugar, pessoa e máquinas. Por último, a reconfiguração não se trata de substituição das mídias e sim de reconfigurar, aprimorar o que já existe de acordo com as modificações das estruturas sociais e das práticas comunicacionais.
    A globalização pede modernidades, novos progressos tecnológicos e isso vêm acontecendo de forma cada vez mais rápida. Daí a sensação de que o tempo passa voando, de que vivemos num ritmo acelerado. É natural que queiramos acompanhar esses avanços.
    E como hoje tudo está muito “High tech” é fundamental que nessas tecnologias haja posturas humanas sensitivas – “High touch”. De modo que a tecnologia seja sociável e humanizada, para que não percamos nosso caráter humano e nossa privacidade, no espaço virtual, e que não acabe com a coabitação no espaço real, social.
    “ É reconhecer que, no que tem de melhor, a tecnologia dá apoio à vida humana e a faz prosperar; no que tem de pior, ela aliena, isola, distorce e destrói”. (O que é high tech . high touch? de John Naisbitt)

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  24. Este comentário foi removido pelo autor.

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  25. O homem é um ser social que necessita se comunicar, isto é um fato, a cibercultura nada mais é que a “concretização” ainda que no ciberespaço dos esforços que o homem vem desenvolvendo par se comunicar (expressar).
    A comunicação humana passou por grandes transformações, desde a conquista da escrita que elevou o nivel da comunicação, como a autora diz “Os escritos se separam do tempo e do espaço, criando uma noção de historicidade que não existia na oralidade.” “elitizando e mumificando o conhecimento.”
    Já os meios de comunicação de massa, ainda que alcancem um tempo e numero de indivíduos maior que a escrita também contem limitações e dificuldades, segundo a autora: “Além disso, como externalizações das percepções humanas (televisão como um olho coletivo e o rádio como um ouvido coletivo), propagam interpretações parciais sustentadas em interesses bem definidos como se fossem verdades absolutas.”
    Chegando ao meio digital (ciberespaço) um grande salto para a comunicação que agrega escrita, imagem e som, que ao contrario da escrita e dos meios de massa seu conteúdo pode ser questionável, mudado, e alcança um numero muito maior de indivíduos em um tempo menor.
    Mas a grande questão é, o modo de comunicação no estado virtual é real?
    Eu diria que sim, só que vivido de modo diferente, o grande erro é querer comparar os dos mundo ( virtual e o atual) mesmo não sendo presencial, nem tendo um espaço e tempo determinado, a virtualidade ainda exprime sentimentos, emoções e reações bem reais ou atuais da sociedade, citando a autora “Virtualizar significa dissolver algo que se apresenta como atualização em um universo de diferenças. É sair da presença, é abandonar o território.”

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  26. É bem verdade que o novo muitas vezes nos deixa um pouco com medo. No mundo atual, viver apto as constantes mudanças telecnologicas já virou lei. Ao ressaltar tudo que foi falado e entendido sobre tecnologia é valido dizer que a tecnologia é também um suporte para a educação propriamente dita, ou seja, o ensino aprendizagem,.em que surgem novas tecnologias como base colaborativa no ensino,onde o professor e o educador tecnólogo pode mediar os seus educados construindo novas idéias com o auxilio de ferramentas,contribuindo com novas práticas no processo educativo. Penso, que as formas de comunicação citada pela autora, seja ela oral, escrita e assim como exemplifica o mesmo mostrando o caso de Freud, que um de seus temas foi questionado somente vários anos após a publicação, o surgimento e o desenvolvimento cada vez mais rápido e intensa das novas tecnologias de informação,com seus recursos,suas habilidades e suas funções cada vez maiores e diferentes em nosso mundo fazem com que a vida de pessoas estejam totalmente envolvidas por criarem crescentes relações de dependência.

    As novas tecnologias estão entrando na vida das pessoas interferindo e influenciando diretamente de forma a envolve-los,transformando o seu modo de conhecer,de pensar,agir e está no mundo.Por isso todos nós devemos está preparados para mediar e facilitar essa nova arma de comunicação não deixando de observar até que ponto o avanço tecnológico pode influenciar com o bem ou mal dentro da vida das pessoas.

    Vale ressaltar também os valores e normas de comportamentos das pessoas sobre o tema, pois são questões que necessariamente devem ser debatidos e pesquisado.Ainda mais num pais como o nosso.
    Cito como exemplo no avanço da tecnologia da educação o fenômeno ciberbullyng, a violência escolar.
    O educando encontra as mais diversas e variadas formas de interação tanto entre seres humanos como entre seres humanos e máquinas.
    Portanto o ciberespaço,num contexto de globalização,podes ser visto como uma possibilidade de acesso virtual a informações mundiais,o ser humano indo e vindo pelo mundo sem sair do lugar.
    É o que Segmund Papert aborda no texto quando ressalta que o estudante interagem com o mundo ou o micromundo,o meio ambiente e para isso é necessário um mecanismo mediador para falar a linguagem programada,permitindo ao estudante o seu comportamento sobre aquele mundo que está sendo simulado.

    Portanto, vale pensar: Seria o cyberespaço um mero e polivalente meio comunicativo ou um novo espaço, não somente de comunicação virtual, mas de projeção do conhecimento, saberes e anseios humanos? Qual é o impacto dos computadores nas relações interpessoais e na formação de redes sociais? Até que ponto a expansão da rede tem contribuído para a constituição de uma nova realidade – imaterial, desterritorializada e de alcance universal – que parece querer abarcar as mais variadas dimensões da experiência humana?

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  27. As vezes fico um pouco em dúvida sobre uma indagação: cyberespaco um espaço ou somente um meio? Não é muito fácil de responder essa pregunta, pois através do cyberespaço as pessoas se comunicam, e nisso ele pouco se difere dos outros meios de comunicação. A autora do texto acima nos faz refletir sobre um tema que cosntantimente entra em nossas vidas, contudo o cyberespaço não respeita estritamente o modelo de comunicação emissor-destinatário. Digo isso, porque penso que o modelo, sem dúvida básico, pode ser verificado, pois há de fato uma pessoa que é o emissor, e outra que é o receptor. Mas, por outro lado penso ainda que há também uma transmissão e retransmissão de informações, de idéias e de mensagens que dão a possibilidade de um retorno da mensagem muito maior que outras médias. Mas, mais que outras formas de comunicação, no cyberspaço a expressão simbólica está temporalmente sempre presente: mensagens, sons, imagens, informação, não há limites de tempo e espaço para a sua existência e a interação é sempre possível. Por essas razões, o cyberspaço está mais para espaço que para um mero meio.
    Os meios de comunicação de massa, protogaonizado pela televisão, faz uma revolução na vida das pessoas. A expansão da rede de computadores proporcionou a formação de comunidades que freqüentam as mesmas páginas, de grupos que conversam nas mesmas salas, da formação de listas que discutem um determinado assunto entre si. Isto acabou contribuindo para formar uma espécie de opinião pública dinâmica. A tecnologia está no nosso meio, e isso é inegável, a cada dia, podemos nos deparar com mais instrumentos inventados. “Na verdade, não tem sentido o homem querer desviar-se das máquinas já que, elas nada mais são do que formas hiperdesenvolvidas e hiperconcentradas de certos aspectos de sua própria subjetividade.” (GUATTARI, 1988, p87). A cibercomunicação multiplica e aumenta os desvios - as interpretações - de tal forma que se distanciam do significado original e criam áreas de sentido com seus significados próprios. Inteiros subsistemas culturais emergem. A informação ganha vida própria, dando lugar a um imaginário social diferente do tradicional e habitualnormal. Ela representa a energia primária do sistema, e aparece aqui como um terceiro
    estado dos fenômenos, ao lado de matéria e energia. (STONIER, 1990, p. 48).

    De tal forma, podemos pensar que o As novas tecnologias ditam sim a direção do ciberespaço e apontam para uma nova era cujas implicações na subjetividade humana, mas acima de tudo traz uma nova forma de ver a vida.

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  28. Com relação à superiorização de autores que sejam reconhecidos pela academia no universo atual, cuja aceitação de determinadas respostas só sejam válidas se estiverem dentro de uma linha de raciocínio já reconhecida pelos considerados gênios ou mesmo mestres do conhecimento no mundo atual, quando levada esta questão para o mundo virtual, mas especificamente para a Web 2.0, estes paradigmas são derrubados.
    Dentro do universo virtual, os indivíduos, sejam eles próprios, ou seus pseudônimos, podem gerar conteúdos sobre infinitos assuntos, relacionando-os da forma que bem entenderem, de acordo com sua visão sobre estes assuntos e disponibilizar para que toda a rede possa ter acesso sem que haja a necessidade de reconhecimento e podem ser vistas como considerações válidas, mesmo que sejam baseadas em outros autores, ou mesmo que já tenha sido dito por outros usuários.
    Utilizando como referencia meu projeto de pesquisa que se baseia na intertextualidade na propaganda, coloco a seguinte frase: “O homem sempre lança mão do que já foi feito em seu processo de produção simbólica.” Ou mesmo uma popularmente conhecida: “Nada se cria, tudo se transforma.” Com o objetivo de relembrar que nada é novo, sempre vai haver algo que já foi dito por alguém em algum determinado espaço-tempo, mesmo que isto não tenha sido registrado ou mesmo reconhecido.
    O propósito da Web 2.0 é exatamente este, de que qualquer pessoa pode deter do poder de produção no universo virtual, Blogs, Wikipédia, entre outros, são espaços onde o usuário detém o controle de criação de conteúdo, que podem ser aceitos e dados como válidos sem que precisem de todo um reconhecimento acadêmico, como acontece no mundo atual. Claro que ainda assim, existe certo controle por parte dos criadores destes espaços, como é o caso do Wikipédia, que se o usuário colocar qualquer besteira, que não tenha relação nenhuma com aquilo em que ele se propõe em criar, ela não é aceita, mas se forem válidas as considerações ou mesmo copiadas de outro site, como ocorre muito, não existe impedimento algum da publicação.
    Ou seja, esta barreira, que é tão fortemente constituída no mundo atual pela academia, onde o trabalho acadêmico pessoal só é reconhecido quando a pessoa já está em um patamar elevado, é completamente destruída, quando levada ao universo virtual, onde todo e qualquer usuário pode produzir o conteúdo, só necessitando ter o acesso a rede e nada mais além disto.

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  29. Para falar sobre tempo em um ciberespaço, devemos primeiramente tentar nos desprender de conceitos que temos, sejam complexos, sejam simplórios. Podemos pensar em tempo como absoluto e imotável, é aí mesmo que vemos nossa limitação intelectual, é este conceito que devemos mudar. Conciderando que o ciber espaço é um outro e´paço, não esse em ue vivemos, o tempo não precisamente tem as mesmas definições, sendo assim o tempo em um ciberespaço não é contabilizado em minutos,horas, dias ou semanas, lá há apenas vida, e a idade passa de acordo com seu desejo e pode até não passar, os relacionamentos não são construidos através de tempo de qualidade, mas de disponibilidade. Sim, é muito diferente da realidade que vivemos fora das telinhas. O ciberspaço é uma oportunidade do novo, a inovação ao alcance de quem tiver "sede" de novas experiencias, de sair da comodidade do circulo em que vive, do espaço em que vive, para ousar. Participar de um ciberespaço é uma experiencia que todos deveriamos ter, hoje pode ser ainda visto por muitos com preconceitos, como isolamento de um espaço pré difinido como real, mas a cada dia que passa tem se tronado mais útil e se podemos dizer assim verdadeiro, nele há conteúdo, conhecimento, cultura, fim de verdades absolutas, uma sociedade onde todos podem ser participativos e transformar uma cultura, agentes transformadores, como diz o texto. Já se tratande de meio de comunicação, esse espaço se torna perfeito para comunicação em massa, que atinge um número impressionante de pessoas, sem formar um perfil estereótipado de verdade absoluta, a chamada subjetividade.

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  30. (post acima)
    Meu nome é Maria Fernanda F.T. Fonseca

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  31. Joelma Linhares em seu texto, Ciberespaço, Espaço Cibernético, Espaço Virtual, Espaço Sideral, Desiderium, Desejo, nos leva a refletir como a noção de tempo e espaço mudou nos últimos tempos, as coisas acontecem em um ritmo vertiginoso, literalmente. O dia continua tendo 24 horas, mas parece que essa vida acelerada que a sociedade contemporânea leva, tem se a sensação de que o dia tem menos horas e mais tarefas para executarmos.
    È necessário correr contra o tempo, para darmos conta de todas as atividades tidas como obrigatórias no dia a dia. Além das atividades atuais, temos que dar conta de checar emails, conferir comentários no blog, ler o site de notícias, e como se não bastasse, ainda temos que, responder os recados no Orkut e postar mensagens no Twitter.
    Para discutirmos essas noções de tempo, espaço e identidade no ciberespaço, é necessário que recorramos a Pierre Lévy, como bem citou Lidia Silva em seu texto, A Internet, a geração de um novo espaço Antropológico, Pierre Lévy defende que as redes e serviços telemáticos permitem gerar uma nova era, um novo espaço que designa por Espaço do saber , baseado na convergênciadas inteligências, o que permitirá segundo o autor gerar uma inteligência coletiva.
    Não se pode negar que Lidia está certa quando diz que “A tecnologia propõe mudanças, mas é a sociedade que vai fazer uso dessas tecnologias, logo, não se deve ter uma expectativa demasiado elevada quanto à mudança porque a velocidade da mudança social é substancialmente mais lenta que a mudança tecnológica.
    A mudança social não acontece, constrói-se.”

    Todas essas mudanças tecnológicas, fazem parte da evolução humana, nos dias de hoje, nessa sociedade capitalista, onde as pessoas tem que ganhar tempo para produzir mais para, ter mais dinheiro para obter bens de consumo, a tecnologia se faz necessária, mas como disse a autora é a sociedade é que decide como vai fazer o uso dessa tecnologia.
    Não se deve encarar as novas tecnologias, como ferramentas de formação de massa passiva, acrítica e alienada. Não se deve encarar o virtual como não real, mas sim como uma nova realidade.
    Deve se concordar com Joelma Linhares quando ela diz “- O virtual, como escreve Lévy, não se presta como contraponto ao real, de onde se conclui que o virtual não significa fora da realidade, como muitos apregoam.”
    Ou seja, essa sensação de que somos atropelados pela velocidade da informação, vem acompanhando a evolução de sociedade desde sempre, não é um acontecimento que surgiu com o advento da internet, ela vem de muito tempo, que o diga Roberto e Erasmo Carlos quando escreveram a música, 120... 150... 200 Km Por Hora que diz:
    “As coisas estão passando mais depressa
    O tempo diminui
    A vida passa
    O tempo passa
    Eu vou
    Sem saber pra onde
    Nem quando vou parar
    Não, não deixo marcas no caminho
    Pra não saber voltar
    Às vezes, sinto que o mundo
    Se esqueceu de mim
    Não, não sei por quanto tempo ainda
    Eu vou viver assim”.

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  32. Não poderia iniciar de outra forma esse comentário sem falar que mesmo o acesso a internet em casa ainda ser uma questão de status, o número de internautas brasileiros ativos atingiu 24,8 milhões em fevereiro, aumento de 12,5% em relação ao mesmo mês de 2008, segundo dados do Ibope Nielsen Online. E ainda vale lembrar que o Brasil já foi o país que mais tempo passava na web, hoje é o quarto com 22hrs e 10 min. por dia. É claro que não está incluído lan houses que aumentaria e muito esse dado, já que esses estabelecimentos dão oportunidade a muitos brasileiros terem acesso ao mundo através da web.
    Bom, e isso reflete bastante a comunicação gerada pelos meios tecnológicos, o celular que já é uma obrigação na vida do brasileiro cada vez mais recebe funções e é mais usado por todos. A TV nem de longe é esquecida apesar de muitos a deixarem de lado para navegar na web, o rádio passou a ser mais um meio musical, mas ainda tem os fieis que não desgrudam dele.
    A evolução está ai passando por nossos olhos e a nova geração de crianças devora cada vez mais rápido cada uma delas, isso prova que o futuro será altamente promissor e tecnológico como todas as gerações imaginavam.
    No início com a criação do alfabeto o homem organizou sua forma de se comunicar, foi aperfeiçoando e tornando essa comunicação mais abrangente. Em seguida vieram todos esses meios já citados sem esquecer a mídia impressa, a chamada globalização apareceu na vida do homem e só tem a aumentar.
    Então vem a questão: será que o dia está diminuindo? Ou será que surge a cada hora mais coisas para se fazer, para se conhecer, experimentar, enfim viver.

    Adailton (Tom Britto)

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  33. Ao ler o texto de Joelma Linhares e alguns dos comentários de meus colegas a primeira coisa que me veio á mente foi que hoje em dia o conceito do "new" (novo) devia ser substituído, ou melhor, atualizado, pelo "now" (agora). Até mesmo o meu comentário que posto agora já poderá ser considerado obsoleto em comparação á outros que poderão surgir com observações melhores ou mais bem colocadas. Seja em nossos meios de comunicação, na moda, na literatura somos constantemente forçados a nos atualizar para que o mundo não nos deixe para trás, e creio que é justamente o medo de ser considerado obsoleto que pode tornar a visão passada pelo texto sobre virtualidade um tanto assustadora. Qual é o estudante de nossa turma, seja jornalista ou publicitário que não teme ser deixado de lado no mercado de trabalho por que o outro candidato tem mais cursos disso ou sabe mais sobre aquilo?
    A virtualização é, portanto, um processo característico do movimento de autocriação que fez surgir a espécie humana, que a acompanha ao longo de sua história e que constitui a essência da acelerada transição cultural que vivemos hoje. O próprio Lévy cria várias denominações para definir virtualidade: complexo problemático, nó de tendências ou de forças que acompanha uma situação, um acontecimento, um objeto ou uma entidade qualquer. Achei isso um bom exemplo de que nem mesmo alguem como Levy está sujeito á contantes atualizações, mesmo que etejam na mesma obra.
    Em nossas aulas já debatemos muito sobre o que é real e o que é virtual, e em muitos desses debates utilizamos o "Second Life" como exemplo a sr estudado, utilizado e analisado. Muitos definiram que real é tudo aquilo que se pode tocar, aquilo que existe de facto, que tem existência física, palpável e o virtual como aquilo que existe potencialmente e não em ação. Mas e quando navegamos pela internet, ou até mesmo pelo Second Life e conhecemos uma pessoa nova? O tempo passa a relação entre as duas pessoas fica cada vez maior e dali, daquele espaço virtual, nasce uma grande amizade, ou até mesmo amor, como dizer que essa relção não existe ou é somente "potencial"? Presencial e virtual são, ambos, atuais, não é verdade? Estão acontecendo agora, nesse exato momento em que digitamos. Um não invalida o outro, ao contrário.A diferença entre o possível e o real está no plano da lógica, consistindo em um mero quantificador existencial. O virtual, portanto, não pode ser compreendido como o possível, pois ele já está determinado, mas sim como um "complexo problemático", como diria Levy, que dialoga e interaje com o atual, transformando-se de acordo com o contexto. A virtualização é a dinâmica do mundo comum, é aquilo através do qual compartilhamos uma realidade.

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  34. Ludigardo,
    Acho bastante interessante sua abordagem, mas como você mesmo cita que essa presença/desejo da virtualização já existia, é preciso também, repensar - a meu ver - até onde podemos aplicar certos conceitos ao ciberespaço, principalmente os que falam do consumo na contemporaneidade, visto que estes foram elaborados em/para realidades específicas. Hoje a sociedade tem uma dinâmica diferente de outras décadas. Conseqüentemente, as maneiras de socialização são outras e valores também. Não concordo quando você cita: “(...) quando vemos jovens totalmente equivocadas em busca de uma camisa que custa mais de 30 salários mínimos, só porque elas acham que aquilo é imprescindível para suas existências”, pois vejo que cada realidade tem sua particularidade. Não estou fazendo juízo de valor. Só quero dizer que esse processo de consumismo não é uma ação passiva do homem. Aí, é onde retorno para a teoria do engessamento de Adorno e Horkheimer, estudiosos da Escola de Frankfurt, que coloca o homem sendo manipulado pela indústria cultural sob uma visão “pessimista” do advento dessas novas tecnologias. E isso vai de encontro ao que chamamos de racionalismo que diferencia o homem dos outros animais. Quanto ao ciberespaço enquanto difusor da comunicação, acredito que ele está sim aberto para novas opiniões, que é um espaço democrático visto a quantidade de conteúdos que são disponibilizados pra contribuição coletiva (ex: Wikipédia). Concordo com Levy (1996) que essa é uma nova maneira de ser, de (re)inventar os espaços, as relações sociais, de interagir com o mundo. É preciso a analisar o objeto sob várias perspectivas, sob várias “verdades”.

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  35. Aluna: Bruna Vieira Gondim

    Começo com uma citação de André Lemos:
    "A cibercultura resgata manifestações culturais baseadas em trocas e influências mútuas, o que no contexto informático ele irá chamar de cultura copyleft".

    Eu digo que foi-se o tempo de que "os Meios de Comunicação" era verdade absoluta, hoje é sim hipotético, pois estamos em outros tempos, tempos da Nova era, conhecida também como Subjetividade Virtualizada.

    Segundo a autora Joelma Linhares, "a subjetividade virtualizada se desprende da identidade". Então estamos em constante interatividade no Virtual.

    A subjetividade se torna anti-monótona em nossas vidas, pois interferem nossas mesmices, causando o desejo da participação nas contantes mudanças que ocorrem na Virtualização.

    Não sofremos mais com a limitação de espaço e tempo, as novas tecnologias nos proporcionam uma nova relação com o mundo, agora o "longe" é "aqui", e o "aqui" é o "agora", vivemos a aproximação de novas culturas, novos conhecimentos.

    Nós saímos da presença e passamos a estar em vários lugares ao mesmo tempo, o lugar físico(espaço) passa a não ter tanta importância, e o que passa a ser importante são as novas formas de comunicações.

    O ciberespaço desperta o desejo do movimento, do agora, e de aquilo que provoca, optando pelo diferente, pela descoberta principalmente de novas tecnologias, informações...

    Para se socializar não basta só participar e interagir numa sociedade, e sim participar da Interatividade da Globalização.
    Eu concordo que para viver em sociedade e ter uma relação com o mundo não basta só viver, e sim interagir pra fazer acontecer.

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  36. Correção:

    Se é ação, logo inexiste passividade. Portanto, quando falei de "ação passiva", fiz uma colocação errônea, quis dizer que o homem não é passivo ao meio.

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  37. 1 Pescando a idéia do Flávio Silveira, penso que a internet, como a televisão, não é mais um meio, pois já se tornou um espaço com vida própria. Certas criações virtuais, assim como alguns poemas concretos não podem ser vocalizados, já não encontram seu igual no mundo físico. Pensar na rede como um ambiente, e não como um canal é primordial para entendê-la.
    2 E,assim como a televisão tem seus meta-programas, isso é, programas de tv que falam sobre tv, a internet também é redundante:pesquisando em sites como o Hitwise, descobrimos que o conteúdo mais frequente é sobre tecnologia e comunicação. Por mais vozes que existam na rede, parece haver hiatos, assuntos sobre os quais pouco se comenta.Esse silêncio também deve ser considerado, no que diz respeito a pesquisas em cibercultura.
    3 E aqui entramos no comentário da Tabatta, que afirma que a comunicação cibernética afetárá todo o sistema - econômico, de transportes etc, e não apenas as relações humanas. É importante, especialmente para estudantes de jornalismo, saber que existem regras por trás da rede. Os usuários dirigem o carro, mas são entidades como o W3C, o NIC.br e o ICANN que constroem a estrada. E isso tem enormes impacto em nossa nova cibervida.

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  38. Muita coisa pra ler... Bom, para suavizar a leitura,vou comentar por blocos de três postagens.
    Comecemos, então, com Monalisa. Gostei muito de sua analogia DESTERRITORIALIZAÇÃO e PERDA DE DEMOCRACIA, e nos faz pensar se isso não seria, a priori, uma contradição. A virtualidade, tal qual a conhecemos, hoje, manifestada na tecnologia, traria a possibilidade de retorno à democracia original. Cabe-nos, então, a necessidade de sermos cidadãos virtuais conscientes, para não cairmos no mesmo processo citado pelo Evandro(duas postagens abaixo da sua).

    Luciana, concordo com vc quando diz que a tecnologia nos faz aprender muito, mas tb acredito que APREENDEMOS menos. Seu último ponto é de fundamental relevância: precisamos conhecerm mais sobre o cibercrime e desenvolver essa área do Direito. Atente só para as sua colocações em "espaço real" (ou atual?) e "vivemos como se fosse real" (ou atual?). Veja que vc defende a ideia da
    autora, porém ainda usa os termos inadequadamente... Se é difícil atualizarmo-nos linguisticamente, imagine conceitual e comportamentalmente.

    Evandro, vc faz uma problematização bem pertinente e retoma a questão elaborada por Monalisa. Muito boas suas construções sobre: (1)escrita >> historicidade >> fragmentação social; e (2)comunicação pelos meios de comunicação de massa, como via uni ou biderecional. Parabéns!

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  39. Liam, seu texto exemplifica perfis de usuários, tomando como base contextos sócio-econômicos (países desenvolvidos) e educacionais (alfabetização digital), porém não transcende a exemplificação, ou seja, não discute essas (ou apenas uma) questões. Vo pode rever isso!

    Lucan, as relações interpessoais não estão perdendo o valor, apenas mudando de contexto - avatares são "personae" que se relacionam no ciberespaço.
    Qto a sua colocação, repetindo o que já coloquei em sala (e tb no comentário de Luciana), se por um lado temos mais POSSIBILIDADE de rapidez e facilidade para APRENDER, APREENDEMOS menos. Isto se dá, no meu ver por algumas variáveis que, didaticamente, agrupo em duas vertentes:(1)a confusão estabelecida entre conhecimento erudito e conhecvimento científico, que afasta a massa do processo de COGNOSCERE (nascer com), ou seja, de construir os conceitos; e (2) a falsa impressão que num mundo imediatista, qualquer pessoa pode, de qualquer maneira, saber de tudo a qualquer hora, sem esforço nenhum. Veja a postagem de Marcus logo abaixo da sua, vejo esta direção em seu texto.

    Marcus, bom comentário. Preciso e pontual. Vc abre a discussão para o questionamento levantado por Lucan, ao mesmo tempo que retoma o conceito de "inteligência coletiva". Vale a pena ler a indicação de Cleigiane no ESPAÇO ABERTO.

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  40. 1 Sobre essa questão da aprendizagem, citada por Liam, é preciso não confundir a oralidade/canal com a contação de histórias. Não foi com Gutemberg, nem com Marconi ou Bill Gates que a contação de histórias deixou de existir. Também é perigoso colocar a primazia na ferramenta. Nossa ferramenta primordial para criar é o cérebro - que o diga Stephen Hawking.
    2 De outro lado, autores como Daniel Goleman afirmam que pessoas criativas desenvolvem os 5 sentidos - visão, tato, olfato etc. E daí vem o questionamento:o ciberespaço não afeta apenas a forma de comunicação,ou a percepção que o homem tem de si mesmo. O ciberespaço afetará a natureza humana de uma forma que ainda não se pode prever.
    3 Penso que deveríamos analisar as identidades no ciberespaço tentando encontrar padrões de comportamento. Independente de ser um alter ego ou a representação de si mesmo na rede, são estórias que estão sendo contadas, reais ou fictícias, individuais ou coletivas,originais ou mixadas. Estou lendo um livro sobre perfis em jornalismo que cita Propov, com sua teoria do conto, e Joseph Campbell, com seus estudos de psicologia e mitologia. No ciberespaço também existem existem pesquisas desse tipo. Seria interessante discutí-las.

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  41. Manu, o fim das certezas absolutas não vem com a virtualização tecnológica (cf. Popper, Morin, et alli). Ótima concepção de espaço! Sobre a era da comunicação de massa, já postei comentários para Evandro e outros (ver acima). VIBREI ao ler sua colocação sobre INDIVIDUAÇÃO!! Muito feliz eu fico ao ver essas associações sendo feitas!

    Isabel... o ciberespaço é um local de ATU-aliz-AÇÃO, assim, podemos nos dar ao direito de ampliar a informação no sentido de promover, cada vez mais, o enaltecimento do ser humano em todas as dimensões (atenho-me, aqui, à dimensão linguística, no plural da palavra CIDADÃO, já observada no comentário do post original).
    Sim, o tema abrange várias áreas do conhecimento, mas isso não o torna intangível, inexplicável. Ótima pontuação para as velocidades não compatíveis entre mudanças sociais e mudanças tecnológicas, por isso a importância de sermos CIDADÃOS virtuais conscientes (como já defendido nos comentários de Monalisa e Evandro).
    Deparar-se com o novo não pressupõe apenas preconceito... Aliás, dificilmente o é, pq o novo é desconhecido, e assim não pode haver conceito construído sobre o que não se conhece. :\
    Sobre fantasia, tb não tenho condição de aprofundar-me, mas achei esse material interessante para começar uma pesquisa: http://www.toquefeminino.com.br/v2/?s=1&subcat=20&a=114. Trata-se de uma colocação bem simplista e sem fundamentações, mas feitas por um especialista na área, Dr. Cássio dos Reis, psicólogo, psicanalista e sexólogo - por isso eu digo "começo de pesquisa".
    E, finalmente, em relação ao Escobar, a maioria de seus escritos está em inglês, e a pesquisa google só te levará a citações ou releituras, principalmente sua obra de 1994.

    Ana lívia, repito o mesmo comentário feito a Tabatta: ótimo resumo, conciso e pertinente. Claro e pontual, mas faltou mais de vc no texto, mas questionamentos - o que não tira a importância de sua postagem. É um estilo, repito!

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  42. Júlia Dávila


    compartilho da opinião do Robério "O primeiro indício da virtualização é a sensação de desassossego que sentimos frente às constantes mudanças." A velocidade do sistema online torna o tempo para tudo mais estreito. A rapidez com que uma idéia se atualiza e é substituída por outra, parece ser a mesma que faz com que tenhamos que nos reconstruir dia a dia só que com um tempo menor e muita cobrança de bons resultados. Tenho a sensação da tecnologia esta sempre a minha frente por mais informada que eu esteja,por mais vontade que tenha de aprender.
    Fica sempre um vazio,medo de não acompanhar toda essa tecnologia disponivel,medo de não ter acesso a essa tecnologia que não está disponivel para todos. Acredito que esse medo é devido a rapidez de como tudo acontece em nossa volta deve ocorrer com todos,somos cobrados a mostrar resultados bons em curto tempo.

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  43. Alessandra Menezes

    Achei este texto muito complexo, acredito que meu nível de leitura esta altamente insuficiente para o nível de resposta que o senhor merece receber. Porém, de acordo com o que entendi me encontro totalmente excluída da velocidade da virtualização deste texto. Caríssimo Professor Lins, este trecho que foi o mais compreendido por mim tem tudo a ver com a minha pessoa eu sou um “leitor que é incapaz de produzir diferenças através do que lê, fazendo suas as palavras do escritor, ou aquele que é incapaz de enunciar a quem interesse suas críticas, o que acaba tendo o mesmo efeito”. Acredito que o ciberespaço, espaço cibernético, espaço virtual, espaço sideral, desiderium são tipos de procedimentos tecnológicos muito elitizados é algo para quem pode e não para quem quer infelizmente o mundo capitalista faz com que isso aconteça e deixa grande parte da população de fora.

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  44. Observando os texto sobre cibercultura vejo que ela não se constitui em sua espinha dorsal senão em um cenário avançado, ou melhor, dizer high-tech da cultura de massa e da indústria cultural conforme essas foram estudadas por alguns autores, quem examina o fenômeno em superfície observa que suas expressões apenas transplantam aquelas manifestações para o ciberespaço,sem tocar nas estruturas de sentido que ela agencia desde os primórdios do século XX.
    Na verdade, a cibercultura reclica o folclore da era das massas embora também veicule uma alternativa, o maquinário que torna possível tem se desenvolvido cada vez mas de forma a torna cotidiano recursos que antes eram acessíveis apenas em nível mais profissional.

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  46. Minha postagem ficou separada, mais aqui está.

    Bom, diante dos textos lidos e neste caso mais especifico do disposto no blog, de Joelma Chisté Linhares, destaco o contexto em que as tecnologias ditam a direção do ciberespaço e apontam para uma nova era.
    Novas tecnologias?
    Fusão?
    Aperfeiçoamento dos meios existentes?
    Começo questionando o que sejam as novas tecnologias. Bem, pode ser a fusão dos meios de comunicação existentes, que foram aperfeiçoados e fundidos em uma única maquina o computador, o meio da 3ª revolução, que nos permite “viver” em um espaço virtual, marcando um tempo intemporal.
    É estranho perceber a cibercultura como algo somente virtual, pois transmitimos para este meio a nossa realidade, nossa cultura, transmitimos uma forma existente, portanto o virtual é um pedaço do atual. Real ele já é, pois existe. (Só faltava pensar, mas isso deixou-nos, parafraseando a frase de Sócrates). Ainda segundo o Oxford Dictionary of Current English (1993), virtual é o que existe na pratica, embora não estrita e nominalmente e real é o que existe de fato. Ainda no mesmo contexto Lévy (1996) declara que o virtual não se presta como contraponto ao real, assim nos esclarece que um faz parte do outro como destaquei acima, virtual é parte do atual.
    A fusão das mídias possibilitou um grande desenvolvimento para a comunicação que oferece além da informação o entretenimento. A internet e seu ciberespaço criaram como disse Van Der Haack (1999), o Infotenimento que é essa relação entre informação e entretenimento fornecido pelo espaço cibernético. Diante do aceso a tantas possibilidades de uso a internet une ou separa os indivíduos, já que o mesmo convida o usuário a participar, interagindo tanto somente a maquina quanto com seu meio de comunicação, a internet, esse espaço sideral. Mais ainda, possibilita a interação deste usuário com outros, de diferentes lugares, em um único local, o ciberespaço. Mas se este espaço une ou separa os indivíduos é meu segundo comentário.

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  47. Com base no texto de Linhares existe uma desterritorialização ao vivenciar a virtualidade, uma desterritorialização desta sociedade atual, do espaço agora. Passamos a coexistir em uma nova e única “casa eletrônica” como disse Moran (1993). Que enfatiza duas características cruciais a este novo estilo de vida, a centralidade na casa e o individualismo, isso porque se deixa de vivenciar o high touch para interagir no high tec. Este ser sem contato no atual pode ser no virtual? Para Der Kerckhove (1997) “A mensagem do meio ciberespacial é fato, corpo, identidade. Essas são precisamente as três áreas do nosso ser que os críticos pessimistas dizem que estamos perdendo para a tecnologia.”
    Estamos perdendo ou ganhando com a tecnologia e sua utilização?
    Não me atentarei a responder somente por uma via, darei as coordenadas estabelecidas nos textos para ambos os parâmetros ganhar e perder.
    Perde o touch, olho no olho, mas ganha em compensação na forma de informar, de interagir, de acesso, de tempo. Já que o tempo no ciberespaço é estabelecido por quem o utiliza, apesar deste usuário as vezes o comparar com seu tempo atual. O tempo em si já é virtual.
    Retornando a questão unir ou separar, hoje a virtualização tornou real o que já era uma pratica da sociedade atual, o individualismo, o afastamento das comunidades. A frase pode ser redundante, mas hoje temos indivíduos individualistas, que necessitam de si e só. Refiro-me neste contexto de comunidade tradicional ao qual estamos inseridos, mas quando conseguimos entender e ver (somos Tomé) a metamorfose que está acontecendo na forma de comunicação, será então realizado o desejo do espaço virtual, ser real? Não, ser entendido, ele não precisa ser atual em si para ser difundido, apenas realizado. Vivenciado por completo e introduzido no cotidiano da vida atual.
    Concluo aqui com a seguinte afirmação extraída do texto ‘A cultura da Virtualidade real’, “talvez a característica mais importante da multimídia seja que ela capta em seu domínio a maioria das expressões-culturais em toda a sua diversidade. Seu advento é equivalente ao fim da separação e até da distinção entre mídia audiovisual e mídia impressa, cultura popular e cultura erudita, entretenimento e informação, educação e persuasão. Todas as expressões culturais, da pior a melhor, da mais elitista a mais popular, vem juntas nesse universo digital que liga em um supertexto histórico gigantesco, as manifestações passadas, presentes e futuras da mente comunicativa. Com isso elas constroem um novo ambiente simbólico. Fazem da virtualidade nossa realidade.”

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  48. Anne Bezerra

    Vou tentar comentar um pouco do que entendi do texto. O autor do texto relata o surgimento de uma nova forma de comunicação, onde em tempos de outrora, a escrita manual tinha muito da subjetividade e com a evolução industrial surge outro tipo de evolução, a tecnológica, a escrita manual é substituída pela escrita digitalizada e com isso, perde um pouco da subjetividade. Vejo que em vez de sabermos e termos conhecimento com a tecnologia perdemos este conhecimento rapidamente, por exemplo, ao estar na frente de um computador e exposta a trocar informações estou ali como uma reserva de consciência e ao me conectar com outra pessoa deixo de ser reserva de consciência. Então, o espaço real da comunicação está rapidamente perdendo seu espaço para esta nova forma de comunicação, o espaço virtual, o cyberespaço. A virtualização esta seguindo muito rápido e se não a acompanharmos isso vai fazer com que o real desapareça e o virtual, cyberespaço, persista. Assim, compreendo que o nosso conhecimento vai sendo ultrapassado por outras pessoas, que adquiriram o mesmo conhecimento 1 hora depois. Como relata Lévy (1996), “já percebemos a virtualização da sociedade nas novas tecnologias da comunicação, do transporte, da medicina, da economia e da política, repercutindo em uma subjetividade que prima pela mobilidade, que transita pelo diferente”.

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  50. Muito interessante o texto, gostei do modo como ela o conduz na forma de interação de cultura, sociedade e as novas tecnologias. Mostra-nos como a construção do conhecimento se dá de uma forma mais participativa, onde todos constroem e consomem informações. Ela nos dá nitidamente esse pressuposto ao fazer um comparativo entre os quatro níveis de desenvolvimento humano: a oralidade, a escrita, a comunicação de massa e a infovia. Verifica-se como a oralidade tinha um caráter mais democrático enquanto a escrita e, principalmente, a comunicação de massa sugere uma monopolização de conhecimento, da informação ditada por um determinado grupo. Os que têm contato com estas informações ou se tornam passivas às informações ou somente tem suas críticas desprestigiadas, já a infovia coloca-se de uma forma que estejamos passando por um processo de redemocratização da informação, onde todos somos produtores de conhecimento, isto é, está havendo uma relação de desterritorização. Qual a causa disto, a causa do que chamamos de virtual?
    É a velocidade com que as coisas acontecem, a simultaneidade das relações, são as constantes atualizações, onde todos fazem parte desse processo. Estamos realmente no tempo da desterritorização e todos os setores da sociedade estão partindo para isto. Hoje podemos dizer que dinheiro não é mais o dinheiro de trinta anos atrás, a maioria das trocas comerciais da atualidade se dá por forma de crédito virtual onde as pessoas compram com um cartão magnético as vezes sem ao menos ter como sanar o compromisso firmado. Outros exemplos são as tele-aulas e até os julgamentos on-line. As noções de tempo e espaço mudaram.
    A virtualização é um processo contínuo, real e irreversível.

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  51. Achei interessante esse texto e me fez pensar como realmente a velocidade do avanço das descobertas tecnológicas nos fazem muitas vezes nos inserir em ambientes virtuais para não ficarmos por fora das novidades, não ficarmos sem entender as conversar dos amigos quando falam por exemplo em second life, twitter, blog, entre outros. E quando você pensa que já está por dentro de cada novidade, que comprou o melhor celular do mercado, tudo isso já é velho, já baixou de preço, já não tem mais o mesmo valor!
    A virtualidade é uma ferramenta para a tecnologia, mas se não há troca efetiva entre manipuladores não posso falar em virtualidade. Com o mundo virtual temos muitas vantagens como a quebra de limites geográficos(posso conversar on line com um amigo em outro país), temos a velocidade da informação, de forma que no mundo da internet as informações são atualizadas com rapidez, posso ter meus contatos de acordo com os meus interesses, mas também precisamos ter atenção com o excesso de informações se realmente são reais, verdadeiras, as pessoas que confiamos no mundo virtual que muitas já entram na internet pensando em fazer o mal, os hackers que já pensam em obter informações sigilosas, violando os sistemas cibernéticos.
    Para Pierre Lévy, o processo de virtualização-atualização compõe toda a realidade e toda a experiência e, neste sentido, a realidade é constituída no processo interminável de atualizações e virtualizações sucessivas.
    Midianne Borges

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  52. Alessandra Menezes da Silva

    Professor depois de ler diversos artigos e depois e ler e reler o texto postado no seu blog. Achei este artigo no blog: “Do Processo ao produto Comunicação e sociedade, simbiose inócua” O mundo já mudou e continua em contínuo processo de transformação, partimos, hoje, do entendimento de que temos sempre que aprender a lidar com estes processos. Até que ponto essas transformações advindas das evoluções tecnológicas influenciam as nossas vidas e como estas ajudam a construir a realidade que nos cerca? Não seria útil, que nós soubéssemos controlá-las mais do que elas a gente? Ou que pelo menos, tenhamos uma maior aproximação para tentar compreendê-las? Seria, hoje, impossível viver sem os computadores ou sistemas informatizados que utilizamos em nosso cotidiano? O maior problema é que nem nos damos conta que esses sistemas que nos controlam, são controlados por outras pessoas tal como nós, que esses mecanismo de operacionalização da realidade são feitos por pessoas comuns, como a gente. Achei super interessante pelo simples fato de saber que de um jeito ou de outro o cyberespaço sempre fez parte de nossas vidas e sempre ira fazer parte do nosso mundo pena que a velocidade como ela se apresenta faz com que aja exclusões de alguns e faz também com que outros se tornem-se alienados. Por isso faço de minhas palavras as palavras deste autor do blog.

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  53. O virtual diferente do atual é capaz de provocar essa experiência de metaestabilidade, de mudança após a mudança, do novo que se modifica e leva um tempo para se firmar. Surge ai um novo tipo de socialização, É um novo tipo de democratização do saber. Sendo possível interagir e promover mudanças sociais que ocorrem por que o povo é capaz de se mobilizar (como no Irã usando o twitter) na rede, assim o lugar de agente transformador ainda é facultado ao povo. O virtual se diferencia na velocidade de propagação, na quebra de fronteiras, na construção de novos paradigmas, de novas formas de consumo, na escolha do que e em que acreditar ou duvidar, novas formas de aprender (aula virtual, videoconferência). A comunicação é instantânea, não dependemos mais tanto dos media para conseguir a informação, a nós foi possibilitado propagar a nossa informação. Mas a velocidade em que a informação voa na rede às vezes assusta, é coisa demais para apreender, o tempo atual se torna curto para um espaço em que o tempo não funciona da mesma forma. Os territórios deixam de existir e dão lugar a um só lugar, as fronteiras não existem, as barreiras de idiomas são quebradas. No virtual todos podem construir, escrever, todos podem falar para todos, todos podem estar em todos os lugares o tempo todo.

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  54. Colocar em poucas palavras a história da sociedade é realmente um desafio complexo, mas vamos lá. O texto ressalta a evolução da comunicação em sua essência principalmente. Quando tínhamos a oralidade, éramos democráticos, com a imprensa (livros), com a revolução industrial (especialização), rádio/tv (massificação), fomos nos tornando cada vez mais alienados. A forma da discussão como algo individual tornou alguns poucos donos da verdade, e a facilitação da informação por meios massificados, fez as pessoas se acomodarem, aceitando desses mesmos poucos a "verdade", dita assim, absoluta. O pulo do assunto para os meios de comunicação e os exemplos como o seguimento da moda da massificação é apenas uma forma de mostrar a essência de como o homem foi se tornando apenas um receptor de informação ao longo dos tempos. Continuando fala-se sobre a subjetividade do virtual. Pegamos aí a Cibercultura, que em seu sentido mais íntimo, possibilitou as pessoas um retrocesso a democratização da informação que tínhamos na oralidade em todos os seus formatos. Se antigamente tínhamos voz, hoje temos nosso comentários em blogs, fóruns, etc. Se tínhamos que ter informação para a discussão, hoje nós a temos, ao alcanço de um clique, de uma palavra chave. Mesmo o indivíduo alienado da sociedade massificada encontra facilidade de acesso em um terminal com uma interface facilitada e intuitiva. Por fim, é assim ressaltado, uma volta, um retrocesso do modus vivendis da comunicação - informal democrática, massificada individualizada e por fim, virtualizada, informacional e novamente, democrática, ou não. Como André Lemos tão magnificamente resumiu: "... na evolução das vias de comunicação, vemos a passagem do modelo informal da comunicação para o modelo da comunicação de massa e deste para o atual modelo de redes de comunicação informatizadas." O modelo informal é onde a linguagem é o próprio mundo, no modelo massivo ela se autonomiza, ela representa o mundo, e no modelo informatizado, é onde em seu rizoma, as redes digitais, ela se constitui numa estrutura comunicativa de livre circulação de mensagens, agora não mais editada por um centro, mas disseminada de forma transversal e vertical, aleatória e associativa. (Lemos, André, Cibercultura, tecnologia e vida social na cultura contemporânea, 2004, pág 79-80)

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  55. O uso compulsivo (hoje) do computador, o revolucionário progresso e a difusão das “redes”, mais nomeadamente, a Internet, gerou um aumento contínuo disposto a ultrapassar as limitações tradicionais determinadas pelo tempo e consequentemente pelo espaço. Na esfera virtual, esse excesso de liberdade, levou as relações virtuais dar a luz as primeiras comunidades, muitas delas desterritorializadas, resultado da falta do contacto humano directo. Esse disvinculamento com os valores também é um dos motivos pela qual as pessoas sentem-se na necessidade de recriar a sua imagem. E o espaço virtual oferece todas essas ferramentas.
    Esse espaço conhecido como ciberespaço ou mundo virtual, onde a posse e a conquista do território mostra o domínio que os usuários têm. Na ordem da informática, é pelo ciberespaço que as pessoas se comunicam. Mas a pergunta que não quer calar é: ciberespaço é um meio ou um espaço? Como qualquer ferramenta de comunicação, o ciberespaço ele difere de qualquer outro meio de comunicação. É pelo meio que as pessoas podem produzir, receber informações, por outras palavras, é onde todas as transformações e trocas simbólicas se realizam; e quanto ao espaço, cada um faz como se de sua “casa” trata-se.
    O ciberespaço não é apenas um meio, também tem características próprias de uma comunidade, ou memo de grupos.
    A distância entre os “irmãos” não apresenta obstáculo para essas pessoas. Ao menos que, em um novo sentido da palavra "convivência" valorize a capacidade e o desejo de cada um consumir e de produzir signos consoante a seu próprios interesses e sua própria vontade. Vivemos em uma época que a competição individual, o anonimato da sociedade moderna (des)fragmentada, e a reformulação dos vínculos de solidariedade dentro da realidade global que significa também o retorno das solidariedades prímárias tribais, étnicas e religiosas no plano material; proporcionam ingredientes que falatvam para o desenvolvimento da comunidade virtual ou do surgimento da esfera tecnosocial.o que parecia um simples, novo e eficiente meio de comunicação virou uma necessidade de asceder a uma nova dimensão social, onde a possibilidade de superar os limites das relações sociais tradicionais de um ambiente competitivo, hostil e pouco associado pode se superada. o carácter dessa comunicaçao se torna mais interessante a medida que se tem em conta a liberdade que o ciberespaço oferece. As relações intersociais se transformam e os vínculos sociais de classe e origem são rompidos desaparecendo em absoluto na esfera tecnosocial.

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  56. A comunicação envolve todos os mecanismos da vida em sociedade. Desde que nascemos estamos em grupos que interagem entre si, influenciando e compartilhando comportamentos e modos de vida. Toda comunicação se estabelece nas pessoas que ao se relacionarem compartilham experiências, ideias e sentimentos, influenciando-se mutuamente e modificando a realidade onde estão inseridas. Para Pierre Levy, há cinco estágios da comunicação: oralidade, escrita, alfabeto, imprensa e ciberespaço. Atualmente nos encontramos no estágio do ciberespaço, não apenas na questão financeira ou estrutural, mas social e cultural. O termo ciberespaço surgiu como uma nova fronteira econômica e cultural das relações humanas. Segundo Levy, o ciberespaço é o principal canal de comunicação e suporte de memória do século XXI. É um sistema em que o emissor e receptor não se diferem, formam um sistema comum, onde em rede, receptores tornam-se emissores e em alguns instantes, tornam-se os emissores anteriores em receptores. Com isso a chamada cibercultura se instala. Hoje, a produção de informação é o mais importante, e os meios de comunicação se tornaram recurso fundamental nos processos produtivos. O que vemos hoje é que os padrões de vida mudaram e os meios de comunicação estão totalmente presentes na nossa vida. O ciberespaço, onde circula a cibercultura, trouxe novos elementos para o cenário dos meios de comunicação, gerando possibilidades nunca antes imaginadas. Essas interações sociais ligadas às novas tecnologias estão causando alterações nas relações de sociabilidade, mudando não só nossos hábitos, mas também nossa percepção de mundo.
    Vanessa Araújo

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  57. A autora dá inicio ao texto destacando a rapidez com que as coisas acontecem. Acompanhar o tempo está cada vez mais complicado. Coisas são criadas e transformadas a todos os instantes dentro do ciberespaço. O que realmente seria isso? Entre diversas respostas, dizer que ciberespaço é um espaço de encontros, de compartilhamento, de intervenções, formas de interação, liberdade de comunicação e informação, está correto. Mas o que não se deve esquecer, é que o ciberespaço é uma realidade. É um espaço virtual de realidades sem limitações. Um ambiente criado a partir de tecnologias modernas, como a internet, um meio que não se deve confundir com ciberespaço, o que acontece freqüentemente. A internet é uma infra-estrutura técnica, apenas um dos meios que segundo a autora “ditam a direção do ciberespaço” (o que de fato é real), e o mesmo pode ser considerado como uma forma de utilizar os meios já existentes e principalmente os novos.
    No texto é destacado os níveis de comunicação, cada qual com a sua fundamental importância. Comunicações capazes de estabelecer trocas de experiências, pensamentos, sentimentos, capazes de modificar as realidades. Entretanto, a troca de mensagens entre receptor e emissor é mais notória e ágil nos meios de comunicação de massa. Nas ultimas décadas claramente percebemos que a sociedade passou para outro estágio, o do ciberespaço, sua entrada não se deu apenas na questão financeira, mas principalmente na cultural, uma nova cultura se formou, e está presente no dia a dia de toda a sociedade.
    Cristine Nádja

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  58. Ja houve alguém que falou algo assim: "O homem que procura uma verdade absoluta é como um pescador que tem mais prazer em pescar do que no peixe que come".
    Desde sempre que o homem tenta encontrar verdades absolutas para os variadíssimos aspectos que compõem a existência humana. Tais verdades provêm de teorias formuladas por algumas pessoas consideradas sábia pelo seu grau de escolaridade ou por uma teoria outrora bem aceite pela academia. Antes do surgimento da digitalidade, tudo era impresso, o que realmente fazia dessas obras umas relíquias e definitivamente eram verdades que regiam a sociedade. Tendo em conta que os tempos mudam, as sociedades evoluem, as pessoas evoluem, tais verdades podem nao se aplicar mais em alguns aspectos. Por isso surgem novos sábios cujas verdaes não são mais do que uma contestação ou simplesmente um acrescimeo às verdades anteriormente ditas, e as primeiras, logo, passariam a ser as verdades regentes pelo menos por um tempo específico, e por ai vai, o ciclo sempre se repetindo. Com a chegada do cyberespaço, todos temos a autonomia de criarmos nossas próprias verdades, e nunca paramos que criar verdades e conceitos que para nós são absolutos. Por isso eu posso chegar a conclusçao de que não há verdades absolutas universais, digo sim, que cada um tem a liberdade de criar suas verdades absolutas particulares, ambora isso ainda nao seja aceite, e nem vai ser tão cedo, por todos. Por isso volto à frase de inico, "o homem que procura verdades absoltuas é como um pescador, prefere o ato de pescar ao peixe em si", o homem da era digital prefere procurar verdades do que achá-las. A "graça da coisa" está em nunca se dar por vencido, sempre criticar, opinar, ir contra, acrescentar, apagar, excluir. A era digital é um eterno formar de conhecimento e nunca uma conclusçao de raciocínio e muito menos ainda uma certeza de achar a verdade, pois o que é verdade pra mim nunca será verdade para os que lêm este post, mesmo tenho certeza que haverão muitos que possivelmente discordarão de mim, ou que não entenderão, mas como um bom cybernauta "pra mim tanto faz" pois as verdades são minhas, pode criticar e acrescentar, mas aí a verdade já será sua a não mais minha e muito menos de todos. Isso é algo que só essa era "CYBER" nos possibilita, todos somos sábios e burros ao mesmo tempo.

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  59. No mundo atual, onde o desenvolvimento tecnológico vem crescendo e avançando a cada ano, grandes mudanças vem ocorrendo devido as grandes tecnologias, o hi-tech que a cada dia vem mudando os hábitos dos homens, hoje é praticamente impossível viver sem essas tecnologias, que vem facilitando a vida dos homens, e fazem com que empresas invistam em novas tecnologias, e devido a essa grande mudança, as empresas vem se adaptando a esse novo mercado, e mudando seu jeito de fazer negocio, mas em meio a essas grandes mudanças, um cargo não perdeu sua importância, e sim, se tornou mais importante do que antes, ele é o vendedor.
    O vendedor, é aquele que conhece a empresa, ele é o perfil da empresa, pois é ele que vai transmitir ao cliente o produto que a empresa oferece, mas também, não só o produto, mas também o caráter e o conceito da empresa. Ele também, conhece o serviço que a empresa oferece, e ele é a ponte de segurança em que seu cliente pode confiar, sem ele, o cliente pode desistir de ter o produto ou serviço que a empresa oferece, por insegurança ou falta de informação. Apenas o vendedor conhece tão bem seu cliente, seu perfil suas necessidades e características, por isso, que o vendedor se torna tão importante em empresas, pois esse contato, o hi-touch, que só o vendedor tem com seu cliente faz toda uma diferença, vendedores que estão se transformando em consultores. Alem disso, o vendedor sempre conhece a concorrência, ele estar sempre preparado para qualquer situação que possa tirar vantagem,ou se defender de alguma desvantagem. E somente ele, é capaz de fazer uma apresentação de seu serviço, pois só ele tem o conhecimento de seu serviço e de seu cliente.
    Essa relação ser humano com ser humano, o hi-touch, é uma coisa que dificilmente as grandes tecnologias irão substituir, pois o vendedor é uma ponte que liga empresa e cliente, e esse pode ser o grande diferencial de grandes empresas, que reconhece o papel importantíssimo do vendedor.
    Philipe Vidal-07100178

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  60. Uma coisa que tenho achado muito intrigante na hora de se pensar internet é o que dizem sobre a popularização, desterritorialização do conhecimento.
    Hoje, a internet é um meio de muito difícil acesso para grande parte da população brasileira e mundial. Apenas 20% dos brasileiros tem acesso a esse meio. Talvez seja até cedo para discutir as repercussões da internet, desse mundo cibernético, na nossa vida hoje. Será que a internet realmente conta como fator cultural no Brasil hoje? Acredito que ainda não.
    Contudo, nessa pequena fatia que teve a experiência de "exercer" a cibenética, ela veio como um atropelamento, como um furacão. Esse furacão tem dimensões tão absurdas que não pode sequer ser comparado ao baque da televisão. Quando surgiu a tevê, o povo já tinha visto ou ouvido falar de pessoas que não estão ali agora mas se mexem como vivas em uma tela de luz, com o cinema. Quando surgiu a internet, não passava pela cabeça da massa a possibilidade de falar e ser imediatamente respondido - de graça, por vídeo ou carta (eletronic mail, e-mail) - por uma pessoa ou mais, muito mais, que está(ão) a quilômetros de distância.
    Foi só em 1995 que a internet foi acessível para a população comum, que não acadêmicos, no Brasil. Nem 15 anos de história e já vemos casos de casamentos feitos e desfeitos via internet, discutimos relacionamento virtual x atual.
    Eu li alguns posts acima que a internet distancia as pessoas. Eu devo discordar veementemente dessa afirmação. A internet aproxima as pessoas de uma forma que elas ainda não conhecem, não estão familiarizadas e entendo que isso deve assustar. Antes da internet, nossos pais ficavam o dia inteiro trabalhando, ligar para o celular era caríssimo, quando tinha, e não raras vezes, quando eles chegavam, estávamos mortos de brincar de pique-esconde com a nossa avó e dormindo profundamente.
    Hoje, se nossos pais estão trabalhando ou morando longe, podemos manter uma conversa perfeitamente regular pelo MSN, Orkut e a saudade ameniza bastante. Sem contar com as redes sociais que criamos nos diversos sites de relacionamento espalhados por aí. O que acontece é que a forma de nos relacionarmos mudou radicalmente, mas não necessariamente para pior. Os relacionamentos estão mais fortes e mais duradouros, vale pontuar, porque não podermos o contato nunca mais, a não ser que o outro faça esforço para que isso aconteça.
    A internet ainda é um meio de comunicação, sociabilização, estudo, enfim, muito novo, muito recente para termos certeza de qualquer coisa a respeito dela. Neste momento que escrevo, não sabems de algo de fato concreto - mas quem sabe daqui a uma hora ou um dia, esse conceito tenha sido criado, lido e aprovado em diversos estudos que devem estar sendo escritos agora mesmo.

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  61. Cleigiane, sua visão de tecnodemocracia é bem pontual. Boa "chamada de atenção" para o distanciamento das teorias defendidas pela escola de Frankfurt e para atentarmos para o quanto estamos 10atualizados (o Cameron deve ler seu texto!)!!

    Ludigardo, o teletransporte é de Star Treck, antes do Star Wars... rsrsrs... eu diria que a net vem desestruturar a nossa concepção de ESTRUTURA (veja a postagem de Anatália, 4º paragráfo de baixo para cima). Uma última coisa, a visão de guatarri é destruída no ciberespaço (veja a postagem de Gigi, acima!)

    Anatália, não há isolamento da vida social na virtualidade, mas sim novas formas de construir redes sociais (vc mesma afirma isso no penúltimo parágrafo, todo texto merece revisão bem elaborada!

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  62. Raquel, excelente postagem! Vejo que está apta ao 2º tema da disciplina...

    Walney, vc aponta um interesse pela relação tecnologiaXeducação, mas não foi o enfoque do texto analisado, que só fala de educação, sobre a vinculação da escrita ao processo de racionalização. Reveja a instrução da atividade!

    Flávio, bom questionamento! (Retomado por outros colegas adiante). Ciberespaço: meio (por onde) ou espaço (onde)? Boa discussão e respondeu coesa e coerentemente. Ótima referência: STONIER.

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  63. Marcus, vc pontua duas questões básicas: a autoria e a validação, pois estes termos precisam ser reconceituados a partir do ciberespaço, que leva à Inteligência Coletiva, desenvolvida por vc, mas sem nomeá-la.

    Nanda, boa ideia, bem construída logicamente. porém 2 observações: (1) mais atenção com a grafia e digitação (isso pode ser uma barreira no ciberespaço); (2) não ficou claro no final, o q seria a chamada subjetividade - um perfil estereotipado ou o quê?

    Fernanda Souza: Excelente texto! Parabéns! Encanta-me essa "mágica" da intersemiose: vc conseguiu inserir a música de fundo no seu texto... Meu trabalho em procurar um recurso de áudio não foi em vão! Obrigado! Gente, essa música não estava aí por nada. Vcs ouviram-na, ao menos. Letr para se refletir, e ótima interpretação... Vamos valorizar e UTILIZAR o hipertexto, galera!

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  64. Tom, acho q vc precisa rever suas afirmações acerca dos meios de comunicação... Alguns, como o rádio, se tornaram obsoletos em determinadas situações de uso, mas não extintos, concordo. Mas, as novas tecnologias, relegam determinados meios a grupos sociais específicos.
    Não entendi "uma geração de crianças devora cada vez mais rápido cada uma delas" (delas =?)
    Vc finaliza com uma pergunta, como vc a responderia?

    Camilla, brilhante observação sobre a questão terminológica em Levy, e sobre o complexo problemático, que direciona para uma reconstrução do conceito de atual, não como oposto a virtual, mas como temporalizador.

    Bruneka, seu texto está bem pontuado, porém sem discussão:
    1- subjetividade virtualizada X identidade;
    2- tempo-espaço em MOVIMENTO CONSTANTE.

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  65. Julia, veja as postagens anteriores, vc tem um boa referência bibliográfica para discutir mais embasadamente.

    Alessandra, não acredito que vc seja conforme indicado na postagem, afinal vc conseguiu se expressar bem na sua colocação e havia uma audi~encia interessada em te ouvir. Assim, sugiro melhor administração do tempo atual para leituras sobre o virtual.

    Cameron, sinto ter que discordar inteiramente dee vc. O ciberespaço não está naquela dimensão da TV, ele não manipula a informação, a priori, por se tratar de uma mão dupla, ou uma área de várias vias. Confira o exemplo de Cleigiane, bem acima!

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  66. R@f@, vc retoma de forma clara e problematizadora os conceitos de presencial X virtual ==> atual (REAL).
    Texto brilhante! parabéns!

    Anne, perda da subjetividade ou da identidade?? Bom texto, reveja apenas esses conceitos.

    Cícero, Bom texto! Claro e conciso...

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  67. Midiane e Patrício: boa síntese das aulas. Vejo atenção e acompanhamento das novidades!

    Lucas, boa síntese (como dito por vc mesmo)... Pontual e complexo.

    Vivalda - boa discussão. Acredito q já for bastante util

    Vanessa, Boa síntese. Porém faltou mais de "vc" no texto!

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  68. Cristine, boa "chamada de atenção" para o fato de que a internet é apenas um dos recursos do ciberespaço. Já vi erros a esse respeito em outras postagens! Texto claro e objetivo!

    Anderson, vc toca num ponto crucial, ainda não exposto anteriormente: o ciberespaço traz mais o buscar as verdades do que encontrá-las. Aqui está o porque de ser um espaço tecnodemocrático por essência, ao mesmo tempo que tão polêmico. Temos que nos reaproximar da "filosofia" das coisas.

    Philipe, a sua resposta, assim como a do walney, está fora do que foi solicitado na instrução da atividade!

    Ilana, bem fundamentada e objetiva a sua defesa sobre a função social do ciberespaço. É esta função que estamos nos propondo a investigar nesta disciplina!

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  71. Alessandra, obrigado por partilhar o texto! Boa reflexão!

    Henrique, em vez de dizer q a "internet é redundante", pq não falar em metaestabilidade (ou até metaespaço). O que acha?
    E quanto a "analisar as identidades no ciberespaço tentando encontrar padrões de comportamento" É A PROPOSTA DO TRABALHO FINAL DA DISCIPLINA!

    A tod@s, muito obrigado pela contribuição com a discussão sobre ciberespaço, no próprio ciberespaço. Sou-lhes gratos!

    ENCERRA-SE AQUI A AVALIAÇÃO DA PRIMEIRA QUESTÃO DA AP1.

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